Harry abre os olhos devagar, estranhando o conforto do lugar onde estava deitado. Ele pisca para a luz antes de se sentar lentamente, fazendo uma manta de tricô escorregar até sua cintura.
O menino a agarra e levanta do sofá, andando devagar até a porta mais próxima.
Era uma cozinha, com um cheiro divino para o garoto faminto. Uma criatura parecida com um galho gesticula de cima da pia, fazendo a mulher alta e grisalha no fogão se virar.
Ela desliga o fogo antes de se aproximar e se abaixar para falar com a criança.
— Olá, pequeno. Qual o seu nome?
— Harry Potter. — mesmo o sussurro sai rouco.
— Que indelicadeza a minha, desculpe. — ela puxa um copo de água da mesa e o estende, dando para o menino que bebe avidamente — O café da manhã está quase pronto.
— Obrigado.
— De nada. — ela pega o copo e devolve para a mesa — Então, qual o seu nome?
— Harry, Harry Potter. — a mulher arregala os olhos levemente, mas logo se recompõe.
— Sou Ariadne Scamander. Quantos anos você tem, Harry?
— Sete.
— Entendo. E por que correu para aquela floresta?
— Tinha um animal... Era muito bonitinho. Achei que podia querer ser meu amigo.
— E seus cuidadores? Não te impediram de correr? — o menino abaixa o olhar.
— Eles não gostam de mim. Meu primo estava vendo TV, mas eu tive que limpar o jardim.
— Entendi. E você não tinha nenhum amigo para brincar?
— Não.
— Harry, você está com fome?
— Muita. Quase não como desde terça feira.
— Entendo. Sente-se, o café está quase pronto.
— Obrigado, senhora.
— Pode me chamar de Ariadne, querido.
— Certo, obrigado, senhora Ariadne. — ela sorri e termina o que fazia.
Eles comem em silêncio. O menino não consegue comer muito, mas isso não surpreende a adulta, que apenas se levanta e o chama.
— Harry, você quer ver aquele animal de novo? — os olhos dele brilham.
— Ele é seu? Sim, por favor! — Ariadne sorri.
— Venha comigo. — eles andam até uma sala isolada, completamente acolchoada e cheia das criaturas desconhecidas.
A mesma pequena malhada corre até o garoto, saltando e escalando seu ombro, o que faz ele rir e a mulher sorrir.
— Ela realmente gostou de você. O nome dela é Rowena.
— É um nome muito bonito. — Harry acaricia os pelos bem cuidados — O que eles são?
A mulher se abaixa para pegar um outro que corre até seus braços, o acariciando como se fosse um bebê humano.
— Pelúcios. São criaturinhas travessas, Harry, nunca use nada brilhante perto de um.
— Por que não?
— Por isso. — a senhora pisca divertida antes de lançar uma moeda no ar; leva poucos segundos para um mar de pelúcios se engalfinharem pelo tesouro — Não se preocupe, não vão se machucar.
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Scamander's son
FanfictionEnquanto limpava o jardim de seus tios, o pequeno Harry encontra uma criatura misteriosa. A pequena e muito simpática bolinha de pêlos o conquista, mas foge para a floresta da praça próxima. Harry a segue, encontrando uma mulher misteriosa que muda...