Interlúdio

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— Ai, Gina! Por que é que estou sofrendo tudo isso?

— Porque decidiu namorar meus irmãos, automaticamente te torna meu irmão também. — ela aperta um dos elásticos, causando uma careta no mais velho.

— Não me candidatei para ser um boneco!

— Para de ser chorão. Sério, você namora o Fred e o George, vai passar por coisa bem pior do que um penteado. — Harry bufa.

— Eles não fazem nada comigo. Eu ajudo eles com todos os outros.

— É, percebemos no ano novo. Rony ficou realmente irritado com aquela brincadeira. — Harry suspira.

— Gina, posso pedir um conselho sobre seu irmão?

— Claro, apesar de que não sei se vou conseguir responder. Ele tem uma coxa de frango no lugar do cérebro. — o Potter ri antes de ficar sério novamente.

— Antes de falar, quero deixar bem claro que adoro ele.

— Claro que sim, vocês são melhores amigos.

— Sim. Nós conversamos sobre isso no começo do ano, mas aconteceu de novo. Ele se afasta... Toda vez que acontece alguma coisa boa comigo. — Gina suspira.

— Ele é assim desde sempre. Eu acho... Nossos pais se esforçam muito, sabe, mas somos em sete. Bill e Charlie foram diferentes, eles foram únicos por muito tempo, e Percy tem o exemplo deles muito claro. Fred e George... Bem, você os conhece, eles nunca tiveram dificuldade de chamar atenção, e eu nunca precisei, além de caçula sou a única mulher.

— Eu entendo, eu realmente faço, ou pelo menos tento. A questão não é o complexo de insegurança dele, eu só o ajudaria a lidar com isso, a questão é que parece que ele não quer lidar. — os dois encaram a si mesmos no espelho, a ruiva tocando suavemente o penteado que fazia antes.

— É verdade. Eu não sei, Harry. Eu acho que amigos valem a pena, mas toda relação tem que ser recíproca. Independente do que escolher, vou continuar sendo sua amiga. — ela sorri — Rony pode ter te iniciado, mas agora está preso com todos nós. É um Weasley honorário. — os dois riem, quebrando o clima tenso.

— Obrigado, Gina. Vou pensar sobre isso.

— Sempre que precisar. — ela volta a mexer no cabelo do amigo — Você devia deixar crescer.

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— Meninos, preciso de vocês na maleta, agora! — Fred e George saltam de suas camas com o patrono de raposa que aparece e passa a mensagem; eles saem correndo até o dormitório dos quartanistas, encontrando a cama de Harry com as cortinas fechadas.

Apenas a maleta fechada em cima. Eles entram, encontrando Edwiges os esperando no ponto de pouso; ela levanta vôo, guiando a dupla para dentro da casa e até um quarto separado.

Era uma sala esterilizada, onde Wanda, Rowena e Seth faziam seu melhor para ajudar Harry com a pumaruna agonizando sobre alguns cobertores.

— Esmeralda? — ele olha desesperado para os namorados.

— Eu já ajudei Ari e Kettleburn e eu até já acompanhei partos que deram certo, mas nunca fiz um de risco sozinho! — os irmãos arregalam os olhos.

— Ela está em trabalho de parto?!

— Sim! O filhote da frente está virado ao contrário, eu sei como consertar, mas minhas mãos estão tremendo e eu não... Não quero fazer isso sozinho!

— Certo, ei, calma. Você consegue.

— Essa é só uma das muitas coisas em que é incrível, Hazz. Somos seus subordinados, diga o que fazer. — o moreno respira fundo e aperta as mãos, se acalmando.

— Ok. Preciso de tecidos macios e água quente e Wanda, mantenha ela calma. Rowena, Edwiges, fiquem prontas para chamar qualquer um dos outros, e Seth, olho aqui, me avise de qualquer mudança. — todos obedecem, os gêmeos conjurando os objetos pedidos e se aproximando — Ei, Chanel. Tudo bem. Tudo bem, eu sei que dói. Vai ficar tudo bem, por favor, confie em mim com seus filhotes.

A única resposta da felina é um rosnado dolorido, mas suave.

Leva horas para a primeira filhote, Savannah, sair, logo seguida pela irmã, Gaia. O último é King.

— Ei, bebê. Você não é linda? É sim. — Harry ri de seus namorados babando nas filhotes, cada um com uma no colo; ele coloca King perto da mãe antes de se aproximar.

— Elas são lindas, mas precisam ficar com a mãe agora. Deixem-nas com Chanel. — os dois obedecem — Ei, menina, cuide deles. Volto em algumas horas. — a felina adulta assente, indiferente.

O trisal sai da sala, levando também Rowena, Edwiges, Wanda e Seth.

Os quatro saem imediatamente para atualizar as outras criaturas; Harry vai direto para sua banheira, tirando a camiseta enquanto espera que encha.

Fred e George fecham os olhos, só abrindo quando ouvem o namorado afundar; eles se instalam ao lado da banheira, já que foram intimados a não se afastarem.

— Obrigado pela ajuda.

— Você fez tudo sozinho, Esmeralda.

— Além disso, só assistir foi incrível. Feio, sim, mas incrível. — Harry sorri, cansado.

— Eu sei. E agora tem três filhotes, três! Adoro cuidar deles. São tão bonitinhos enquanto dá para pegar no colo!

— Bem, bebês em geral são fofos.

— Sim, claro. Asími, Hades e agora os três... Todos são as coisas mais preciosas ao nascer.

— Bem, podem ser Rony e Gina que nos traumatizaram, mas não gostamos tanto de bebês.

— Ah, não humanos. Credo, esses choram e te fazem trocar fraldas. Mas filhotes... São lindos.

— Faz sentido. Como soube que eles iam nascer?

— Estava lendo quando Edwiges apareceu desesperada, eu e Rowena viemos na mesma hora. Desculpem por chamá-los assim, eu entrei em pânico.

— Não se preocupe, Harry.

— É compreensível, além disso, pode chamar sempre que precisar.

— Ou só quiser. — Fred pisca — Gostamos da sua companhia.

— Que bom, também gosto da de vocês. — os três riem.

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