06 - Galeria

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Após sairem da galeria, Filipe e Talita caminharam pelas ruas do Rio, onde a noite estava quente e cheia de vida. O som distante das ondas se misturava à música das calçadas. Eles andaram lado a lado, trocando olhares e sorrisos silenciosos, sentindo que algo havia mudado entre eles após aquele primeiro beijo.
Filipe a conduziu até o seu carro, e eles dirigiram por um tempo, sem dizer muito. A tensão suave do que poderia acontecer pairava no ar, mas ambos pareciam querer aproveitar a tranquilidade antes de darem o próximo passo. Quando chegaram ao apartamento de Filipe, no Leblon, ele estacionou e a olhou de soslaio, sorrindo levemente.

- Tá com pressa? — ele perguntou, a voz baixa, enquanto desligava o motor.

Talita virou o rosto para ele, com um sorriso provocador nos lábios.
— Depende do que você está sugerindo.

Filipe riu, inclinando-se um pouco mais para perto dela, o rosto a centímetros do dela.
— Por que a gente não descobre? — ele sussurrou.

Talita sentiu o arrepio percorrer sua espinha e, sem mais palavras, ela concordou com um leve aceno de cabeça.
Eles saíram do carro e subiram até o apartamento dele, onde a cidade parecia ainda mais distante. O espaço era moderno, bem iluminado, mas acolhedor, com a brisa do mar entrando pela varanda aberta.
Assim que a porta se fechou, Filipe se aproximou de Talita novamente, seus dedos tocando suavemente a pele dela, como se pedisse permissão para mais.
Talita sentiu o coração acelerar, e quando Filipe inclinou-se para beijá-la de novo, ela cedeu, envolvendo-o com os braços.

O beijo foi mais intenso desta vez, sem a hesitação do primeiro. Suas mãos exploravam o corpo um do outro com curiosidade e desejo, como se tentassem gravar cada sensação, cada toque. Filipe a puxou gentilmente pela cintura, aproximando-os ainda mais. O calor entre eles parecia aumentar a cada segundo, e o ambiente ao redor foi ficando embaçado enquanto o foco de ambos se restringia àquela conexão crescente.
Talita afastou-se por um instante, apenas para respirar, seus olhos fixos nos dele, que pareciam mais escuros à luz suave do apartamento. Sem dizer nada, ela o puxou em direção ao sofá, onde se sentaram. O clima entre eles era de completa entrega e confiança, com cada gesto, cada toque, guiando-os.

Os beijos se tornaram mais longos e as mãos mais firmes, mas ainda havia algo delicado na maneira como Filipe a tocava, como se estivesse saboreando cada segundo. Talita se deixou levar pelo momento, percebendo que, apesar de todo o desejo que sentia, havia também uma profundidade naquela troca — algo mais do que apenas a atração física.
Quando Filipe sussurrou seu nome, baixinho, perto do seu ouvido, Talita sentiu que não havia mais volta. Ela queria explorar aquilo mais a fundo, mas sabia que o momento não precisava de pressa.
Era algo para ser aproveitado aos poucos, com a intensidade certa, e com a sensação de que ambos estavam onde deveriam estar.
O calor dos corpos, o ritmo das respirações e a proximidade continuaram a aumentar, criando uma intimidade inegável. Mas, naquela noite, além do desejo, foi a conexão emocional que se destacou, enquanto Filipe e Talita se perdiam um no outro, imersos na descoberta de algo muito mais forte e inesperado do que aualquer um dos dois imaginava.


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𝑴𝒊𝒏𝒉𝒂 𝑳𝒖𝒛 - 𝑭𝒊𝒍𝒊𝒑𝒆 𝑹𝒆𝒕Onde histórias criam vida. Descubra agora