❌Essa história é um dark romance ❌
🚨Se você não leu "Lembre-se De Mim" vai lá ler e depois volta aqui.🚨
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Existe um ditado que diz: "Depois da tempestade, vem a bonança e a calmaria." Mas para Estella e Endrick, essa frase não pode...
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DOMINGO, 31 de maio de 2026, 20:23.
Era o que marcava no notebook. O silêncio da sala era preenchido apenas pelo som suave dos meus dedos tamborilando contra o braço do sofá, mas minha mente estava longe de qualquer tranquilidade. Hoje tivemos jogo. O primeiro da final do Campeonato Paulista contra o Santos, e infelizmente, sofremos um gol. O placar final ficou: Santos 1 x 0 Palmeiras. Injusto, mas não definitivo. Eu sei que podemos virar no segundo jogo. Estella também sabe. Pelo menos, deveria saber.
Mas algo está errado.
Nos últimos três dias, o comportamento dela mudou, e isso tem me deixado inquieto. Não é só a derrota de hoje que me incomoda. Não. Há algo mais. Algo que envolve Estella.
É como se... não fosse ela quem estivesse no controle. "Quem está aí?" Esse pensamento me atormenta enquanto a observo pela câmera do notebook. A tensão em seu rosto, a maneira como ela segura o celular contra a orelha, os movimentos rígidos - tudo parece tão frio, distante. Como se uma versão diferente dela estivesse agora no corpo da mulher que conheço tão bem.
Ela veste uma blusa preta, as mangas dobradas de forma displicente. O cabelo preso num coque frouxo - normalmente algo relaxado - mas, de algum jeito, isso só a faz parecer mais irresistível. Sexy. Eu me forço a desviar o olhar de seu pescoço exposto, um detalhe tão simples, e mesmo assim... Ela sempre me provoca, mesmo sem perceber. "Por que estou pensando nisso agora?" Balanço a cabeça, tentando focar.
- Alô.
A voz dela é firme, ecoando pela sala. Não há doçura, apenas uma autoridade que parece inquebrável.
Eu endireito a postura no sofá, mais alerta. Samuel? Nunca ouvi esse nome antes, mas o tom que ela usa ao mencioná-lo sugere que há uma história ali, algo que não sei.
- Sim, sou eu. - Ela faz uma pausa. - É, estou mais viva que você, Samuel, e pode ter certeza de que demorei para conseguir seu contato.
Viva? Meu estômago revira. Há um peso nas palavras dela, uma tensão, algo que me faz sentir como se eu estivesse presenciando algo que não deveria. Aperto os dentes, rangendo involuntariamente. Minha respiração se torna pesada.
Ela revira os olhos - um gesto tão típico, mas agora diferente, quase impaciente com o mundo ao redor.
- Vou direto ao ponto. Preciso da sua ajuda.
"Ajuda? Com o quê?" Meus olhos se estreitam enquanto tento juntar as peças, mas tudo parece um quebra-cabeça sem solução.
- Não me chame assim! Não é ela. - As palavras saem rápidas, afiadas, carregadas de uma irritação crescente. "Não é ela?" Meu coração acelera, e um suor frio começa a se formar na minha nuca.
"Então quem?"
Minha mente corre, procurando respostas em conversas passadas, gestos, olhares. Mas nada se conecta. "Estella, o que você está escondendo de mim?"
