ESPÓLIOS DE GUERRA. ATO 24

9 0 7
                                    



Ao longo da campina, em meio carvalhos colossais e curtos amieiros carregados tornando a paisagem belíssima com um verde e vermelho no conjunto do entardecer. Um longo e numeroso regimento de soldados trajados em armaduras de latão e bronze, com mantos azuis subiam o caminho na grama baixa. Lanceiros, alabardeiros, arqueiros e um regimentos de infantaria e cavalaria pesada, atravessavam o riacho raso ao lado do campo. Um grupo menor escoltando a marcha de enormes bois fortes e robustos como uma montanha negra, carregavam balistas e catapultas subindo pelo longínquo e esverdeado campo que aos poucos perdia a luz do sol que se escondia atrás das montanhas de Keadrina.




Rapidamente o destacamento foi montado e as tendas brancas com listras azuis se formaram. Punhados de soldados passavam com toras de madeira, lonas e cordas montando mais acampamentos. Um rancho foi rapidamente montado e os soldados e oficiais começavam a se aglomerar para pegar a refeição antes do pernoite.




A lua enorme já subia altiva e iluminava a campina. A relva molhada com os orvalhos noturnos deixava o ar agradável naquela noite. Nas tendas maiores, os comandantes do exército de Aendrina reuniam-se. Na principal delas, estava o marechal de campo Duckan Einsekrag de Aendrina. Famoso comandante conhecido também como demônio da enseada. Pois na batalha de enseada foi quando derrotou o exército imperial a vinte anos num confronto que marcou sua história, enquanto apoiavam mais uma vez o reino de Olarina. Defendiam a pátria irmã como a sua própria. E o até então general lutou com seu enorme montante contra os rubros a beira do rio Pamay. Ganhou uma notória cicatriz na testa, mas também o título de marechal.




Ao lado direito, outras figuras importantes dos leões azuis se destacavam, como os generais Morthon e Bradon Loreos de Aendrina. E os coronéis Diego Testogor e Lenhartu, o "Cabeça de carneiro". Ficou famoso assim por ter matado o general rubro imperial Salin'ahid a beira do Pamay com uma cabeçada com seu elmo com um par de chifre côncavos, no mesmo dia da vitória azul. Do lado esquerdo estava dois generais, o recém condecorado Leon Ednard, e o experiente general Aeadriniano Boreas Nigle, esse responsável pela cavalaria pesada de Aendrina que liderava a guerra.




- Estamos com problemas. – Falou o marechal de campo Duckan.




- Os reforços de Keadrina chegam em dois dias comandante – respondeu rapidamente Boreas Nigle – a infantaria leve e dois regimentos de artilharia com catapultas que alcançariam o outro lado do Pamay e mais cento e cinquenta braças tranquilamente. Também meu rei envia sua frota especial dos caninos de prata.




- Em dois dias. – Repetiu soturnamente o marechal – Nesse meio tempo os rubros já sitiarão Olarina por completo.




- Com todo respeito comandante, - falou finalmente general Loreos após refletir por uns segundos – mas Olarina está perdida. Os imperiais já destruíram parte da cidade, principalmente a capital. Nossos esforços tem que ser concentrados em mantê-los cercados e impedir que reforços rubros cheguem pelo Pamay. Precisamos tomar a ponte Tasvink e então acabar com eles cercados com as forças conjuntas de Keadrina e Aendrina

Enlace do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora