ENLACE DO DESTINO. ATO 41

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As montanhas dos druidas das estrelas se localizavam na costa leste de Keadrina próximo a divisão com Olarina. Em meio a florestas de carvalhos ancestrais, esses druidas intercalavam o modo de vida entre mais reclusos e mais amistosos com visitantes de acordo com algumas épocas do ano ou da situação da região.

Normalmente, eles abriam as portas para qualquer visitante de qualquer lugar no feriado de Jardim Celeste, época do ano que um jardim de flores brancas lunares exclusivas desse monte desabrocham e refletem a luz da lua, fazendo um verdadeiro espetáculo de raios lunares entre os presentes nesse dia.

No entanto, a guerra deixou todos temerosos, os druidas como amantes e protetores da natureza se fechavam e raramente recebiam alguém, estarem ali era um risco. Ayskar e Kevin seguiam floresta a dentro até se aproximar da vila dos druidas, passaram pelos enormes portões de raízes e foram recebidos por uma das curandeiras da região, conhecida da dupla. Não demorou até Ayskar começar a questionar quem era o curandeiro misterioso que poderia o salvar.

- Kevin, não me diga que o curandeiro que pode remover essa maldição é o Meleal, arquedruida desse círculo.

- Não, é uma amiga, já estamos chegando na arvore dela.

- Seja lá quem for, é alguém que não conheço.

- Exatamente. Mais uma coisa Ayskar, peço que se comporte, ela não gosta muito de humanos e mutantes.

- Humanos e mutantes?

Chegaram num carvalho gigantesco ao noroeste da vila, ficava bem mais afastado do restante das barracas de pedras e palhas, tinha um tronco com pouco mais de dez braças de diâmetro, era literalmente uma casa dentro de uma arvore. A dupla se aproximou e Kevin tocou gentilmente numa elevação de madeira que se parecia uma bola, não demorou para receber sua resposta, a arvore inteira tremeu fazendo algumas folhas caírem, um sinal, Kevin sorriu. Ele tocou o ombro do Sorinter e em seguida colocou a outra mão na elevação, nenhum sinal foi dado, mas ambos foram sugados para dentro da arvore.

O interior do enorme carvalho era surpreendentemente semelhante a uma casa normal, moveis de madeira e adornos espalhados, todos esses não feitos por ferramentas de um carpinteiro mas claramente moldados por magia. Um cristal lindo estava preso ao teto alto e emanava uma luz radiante com um tom azulado iluminava bem o local. O cheiro de flores diversas tomavam conta da casa deixando um ambiente agradável. Ramos e tranças de trepadeiras enfeitavam lindamente o local que parecia não se estender tanto do lado de dentro. A surpresa do belo lugar só não foi maior do que o espanto de ver a anfitriã da casa na arvore.

Ela tinha uma altura de uma criança de mais ou menos doze anos, no entanto, não era uma criança muito menos uma anã ou um goblin. Era uma mulher, tinha um corpo com formas e curvas de uma mulher, só que pequena. Ela tinha pele clara, estava vestida num tipo de tecido semelhante a folhas mas de cor azul escuro, usava uma linda tiara com pequenos fragmentos de cristais na testa, orelhas pontudas como um elfo, olhos azuis e cabelos da mesma coloração. Em suas costas duas asas de libélula azul quase transparente batiam na velocidade semelhante de um beija-flor.

- Uma fada? – Questionou Ayskar com espanto visível.

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