A manhã do casamento surgiu quente e clara, com um nascer do sol cor-de-rosa cruzando o céu. Acordei cedo demais e não consegui voltar a dormir. Claro. As únicas coisas que havia deixado em meu apartamento eram algumas roupas e outros artigos básicos, a maioria dos quais eu já havia colocado na mala para a misteriosa lua de mel. Eu queria que ela apenas me dissesse para onde iríamos. Todo esse segredo fazia parecer quase que...
romântico. Como se fôssemos um casal de verdade. Certamente, não precisávamos de ajuda para ficarmos confusos quanto a isso. Eu passei todo o dia anterior limpando cada centímetro do meu apartamento, de acordo com a lista de exigências de três páginas que meu senhorio havia enviado. Aparentemente, eu não receberia meu depósito de trezentos dólares do seguro se não entregasse o lugar direitinho.
É claro que eu não ligava mais para o dinheiro, mas eu precisava de algo para ocupar-me. Qualquer coisa para tirar meu pensamento do futuro. Assim, no dia do meu casamento não tinha mais nada para fazer, a não ser sentar e pensar. Sentia um frio na barriga. Fiz uma xícara de chá de menta e sentei-me ao lado da janela, olhando as calçadas vazias enchendo-se lentamente de pessoas. Eu tinha um horário no salão de beleza em algumas horas, onde encontraria a Taylor.
Ela ficará ao lado de lauren como sua madrinha de casamento. Eu não teria nenhuma. Não teria nem mesmo meu pai, para entrar comigo pelo corredor. Mas tudo bem. Eu entraria sozinha mesmo. Tinha dois milhões de dólares esperando por mim no final. Eu precisava parar de deixar-me envolver por um sentimentalismo estúpido e sem sentido. Era um casamento de mentira, pelo amor de Deus. Não havia absolutamente nenhuma razão para ficar emotiva por causa dela. Para início de conversa, está claro que os casamentos são uma farsa. A taxa exorbitante de divórcio comprovava isso. Eu só estava ajudando lauren a tirar vantagem de uma brecha muito conveniente nas leis de imigração dos Estados Unidos, que permitiam casais ficarem juntos, se estivessem dispostos a assinar um pedaço de papel. Era simples assim. As pessoas faziam isso o tempo todo.
Minha determinação, então, endureceu. Fui até o salão de cabeça em pé. Se eu parecesse distante, as pessoas simplesmente pensariam ser por causa do nervoso. Eu não tinha nada com o que me preocupar. Só precisava chegar até o fim do dia e, depois disso, as coisas se acalmariam até uma versão de normalidade que eu ainda não tinha descoberto muito bem como alcançar. Mas eu sabia que conseguiria. De alguma forma. Taylor conversou comigo o tempo todo enquanto eu estava fazendo o cabelo. Eu concordava e sorria, mas não ouvia uma palavra do que ela falava. Nada disso significava coisa alguma. Nada disso importava. Andando pelo arco de mármore da galeria de arte, fiquei novamente impressionada com aquele lugar de tirar o fôlego. Eles haviam providenciado bancos estilo de igreja e um tapete longo e vermelho para eu passar. Vaguei sem rumo pela galeria até Taylor ir atrás de mim, insistindo que era hora de colocar o vestido. Eu havia perdido completamente a noção da hora. Percebi que não tinha visto lauren o dia todo e comentei isso com ela.
"Não se preocupa," ela disse. "Ela está vindo." Como se ela não fosse vir.Fui mantida isolada depois disso – Deus me livre que alguém tivesse visto O VESTIDO – mas Taylor não parava de oferecer-me coisas. Quer água? Champanhe? Comida? Suco? Mais comida? Eu odiava ficar dizendo não a ela, mas eu realmente sentia que se comesse alguma coisa poderia vomitar. Quando ouvi que já tinha começado a tocar música, meu estômago de fato embrulhou. Taylor veio correndo. "Tudo bem, temos cerca de dez minutos até a hora de entrar. Como você está se sentindo?" "Enjoada," falei, sinceramente, olhando meu reflexo no espelho. Tentei mudar a expressão do meu rosto para algo que parecesse um pouco mais com felicidade, já que eu estava casando com uma mulher que amava. Consegui vagamente. "Tenho que ir pro meu lugar," Taylor falou, após alguns minutos.
"Apenas respire fundo. A banda vai trocar a música quando ver você entrando." Sentei ali sozinha, esperando até que o relógio marcasse a próxima hora e então me levantei e andei até o corredor. Meus sapatos faziam barulho pelo chão de mármore enquanto eu me aproximava do tapete e todos se viraram para olhar. Eu estava agarrando meu buquê como um escudo. Forcei-me a olhar direto para frente, na direção do oficiante que estava atrás do púlpito, focando apenas em colocar um pé em frente ao outro. Não ousei olhar para lauren.
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casamento de conveniência
أدب الهواة(Casei com uma bilionária) adaptação = camren vai ser (gp)