Jogo Perverso

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Assustei com a porta se abrindo bruscamente, Jack com cara de poucos amigos caminhou decidido parando em minha frente.

– O que pensa que está fazendo transando com aquele cara? – seu punho fechado foi de encontro à mesa socando impaciente.

– Eu não... – tentei falar alguma coisa, mas fui interrompida.

– Não minta pra mim Victória! – seus olhos me fuzilaram descarregando sua ira.

– O que Cindy fazia na sua sala com a maquiagem toda borrada e a roupa torta? – cruzei os braços sem deixar de olhar em seus olhos ferozes e desafiadores.

– Nada de mais, apenas fazendo o que mandava.

– Então, Theodor não fez nada de mais também – dei de ombros me ajeitando na cadeira tentando ignorar os meus batimentos cardíacos acelerados.

Jack passou as mãos pelos cabelos bagunçando-os sem ao menos abandonar o olhar, jurava que tinha visto uma sombra escura passar por seus olhos. Imediatamente estremeci não queria vê-lo irritado, pelo seu comportamento não deveria ser boa coisa confrontá-lo enquanto estivesse com raiva. Dando-me um último olhar Jack virou as costas saindo da sala, o ambiente estava carregado de tensão mesmo após sua partida.

Ainda com o coração acelerado massageei as têmporas tentando relaxar para voltar ao trabalho. Concentrei-me em uma planilha na tela do computador quando fui interrompida novamente, aquele dia estava sendo um saco.

– Acho que eu estou tentando trabalhar – disse ácida ao perceber que Jack estava ali.

– Vamos! – mandou sem se importar com que tinha dito.

– O que? – perguntei sem entender direito o que acabara de ouvir.

– Não me faça ter que carregá-la pelos ombros – disse sério.

– Mas o expediente ainda não acabou e...

– Pega a porra das suas coisas e vem comigo! – fechou a porta atrás de si gritando.

Sem hesitar peguei minhas coisas arrumando de qualquer jeito a mesa e minha bolsa, ele pegou em minha mão quando me aproximei e começou a me puxar pelos corredores do último andar, as pessoas trabalhando nos olhava intrigados, mas nada diziam para impedir ou perguntar algo, com certeza fofocas iria surgir pelo modo em que estávamos tão próximos e ainda de mãos dadas.

Ao passarmos pela recepção percebi que havia somente um segurança na porta e este não era Theodor, foi ai que entendi Jack o havia despedido por ficar sabendo o que tinha acontecido como soube eu estava curiosa para descobrir.

Parei de ser puxada apenas para entrarmos no carro onde seu motorista Matt estava nos esperando dando-nos uma pequena saudação segurando a aba de seu quepe.

– Para onde vamos? – desconfiada perguntei ainda receosa em abrir a boca,

Jack não me respondeu apenas olhou em meus olhos novamente e me ignorou fazendo algumas ligações.

Conforme o tempo ia passando eu via pela janela a cidade ficar para trás, não sabia para onde estava indo e meu consciente dizia que não poderia ser boa coisa. O que afinal ele iria fazer comigo?

– Liga para seus pais e diz que vai passar o fim de semana fora. – ele desligou o celular conversando comigo pela primeira vez desde que saímos do prédio.

– Como é? – fui pega de surpresa pela ordem.

– Você ouviu, liga para eles! – ordenou novamente.

– Mas vão fazer perguntas – tentei argumentar.

– Nunca mentiu? – levantou uma sobrancelha me desafiando.

Atraída por Você Livro I *COMPLETO*Onde histórias criam vida. Descubra agora