– Onde posso deixar esta caixa Senhorita Küster? – o segurança perguntou olhando para o meu corpo pela milésima vez.
– Pode deixar aqui mesmo Theodor, eu arrumo depois – sorri sem parecer rude e comecei a desempacotar minhas coisas.
– Se precisar de qualquer coisa é só chamar Senhorita – Theodor sorriu tentando me seduzir, se eu não estivesse tão ocupada esse dia poderia até dar uma chance a ele. Não que seja feio, ao contrario seu terno ficava perfeito delineando seus músculos, ainda iria perguntar se aquele moreno não saia da academia, pois que corpo era aquele.
– Com certeza o chamarei – pisquei o dispensando. Desde a última conversa com Jack minha vida virou de cabeça para baixo.
Steffan se mudou a contra gosto para o andar de baixo e eu fugia de Müller igual o diabo foge da cruz, depois que ele me deixou sem reação na sua sala não o queria ver nem se tivesse todo o ouro do mundo.
– Pensei que não iria arrumar sua sala essa semana – em falar no diabo...
– Vou demorar um pouco do que o previsto Senhor Müller – continuei a fuçar na caixa não lhe dando atenção.
– Espero que termine logo temos muitas coisas a tratar – se aproximou segurando minha cintura. – Porque está fugindo de mim? – sussurrou.
– Não estou fugindo de você Jack, estou ocupada mudando a minha sala. – menti sentindo meu corpo se derreter com sua aproximação.
– Ao contrario, você está brava comigo por ter te provocado daquele jeito -
– Sim Jack estou puta da vida com você e se me der licença tenho uma sala para arrumar – sai dos seus braços irritada colocando alguns livros na estante.– O que acha de um jantar para me redimir? – tentou novamente me tocar.
– Não poderei ir – o cortei seca.– Victória, Victória você não sabe com quem esta brincando – me advertiu.
– E nem você me conhece o suficiente – encarei seus olhos determinada a arrancá-los fora com mais alguma gracinha da sua parte.
Jack sorriu e se aproximou novamente me encurralando na parede de vidro.
– Não é preciso te conhecer para saber que quando toco aqui... – sua mão foi ao meu rosto deslizando - Você fecha os olhos e se tocar aqui... – agora estava com as mãos em meu colo bem perto dos seios – Sua respiração muda fica mais pesada, cheio de excitação e se continuar a descer você não responde por si. – cada palavra sussurrada, cada gesto feito me denunciava, sim ele sabia mexer comigo.
Quem era eu para deter Jack? Ele conhecia bem o corpo de uma mulher, e como conhecia, de muitas ainda.
– Desculpa Jack, mas tenho coisas a fazer agora se me der licença – desviei de seus braços sentindo falto seu toque, mas não iria ser tão fácil assim.
– Como quiser – ele segurou minha cintura sussurrando para depois deixar minha sala.
Atordoada continuei a arrumar a sala ignorando qualquer um que entrava por aquela porta para falar comigo.
– Você não vai almoçar? – Steff entrou me assustando.
– Vou sim é que me esqueci da hora arrumando tudo por aqui. – deixei um vaso de cactos em cima da mesa já organizada.
– Está tentando ignorar alguém? – perguntou desconfiado.
– A quem quero ignorar não pode ser ignorado. – peguei minha bolsa e sai para comer.
Durante todo o caminho de volta para a Kapa fiquei pensando no que Steffan tinha dito enquanto almoçávamos, será que Cindy está na lista de relação amorosa casuais de Jack? E porque estou com ciúmes a final, não é da minha conta o que aquele babaca faz, empurro esses pensamentos para longe e me concentro na planilha que meu irmão tinha me entregado, as ações da Kapa voltaram a ficar baixas e tínhamos que fazer algo para não ficarmos no vermelho e tinha que ser feito logo.
– Cindy? – chamei atenção da secretária que arrumava os cabelos bagunçados e abaixando a saia ao sair da sala de Jack.
– Sim Senhora Küster – ela parou em minha frente com um sorrisinho presunçoso nos lábios vermelhos inchados.
– Nada esquece! – me irritei entrando em minha sala pronta para atacar aquela cara de quem foi bem comida. – Droga! – joguei minha bolsa no chão espalhando as coisas de dentro dela no tapete. Então iria ser assim, se ele vai jogar baixo eu também iria.
– Cindy, por favor, chame o Theodor – telefonei para a megera pedindo esse favorzinho.
Não demorou muito para o segurança aparecer com aquele corpo escultural naquele terno negro.
– Theodor, por favor, entre! – o chamei sem hesitar. Obedecendo-me ele fechou à porta a trás de si e esperou por minhas ordens.
Mordi os lábios já vendo seus músculos nus sobre minhas mãos, não deu tempo para refletir direito o que iria fazer e no que ia dar apenas o ataquei beijando seus lábios ferozmente, eu pensava que ele iria me recusar por ser tão precipitada daquele jeito, mas não ele correspondeu à altura enlaçando minha cintura com suas mãos fortes explorando meu corpo que estava olhando horas atrás, seu toque era forte e brutal provavelmente se não tomar cuidado me deixaria algumas marcas vermelhas que ficariam difícil de esconder, com muita habilidade desceu o zíper do meu vestido o descartando no chão, seus beijos desceram ao meu peito sugando aquela região sensível e em poucos minutos ele estava completamente nu enlaçado ao meu corpo.
Eu silenciava seus gemidos com minha boca para que ninguém soubesse o que estava acontecendo naquela sala, seria muito difícil explicar o que estaria acontecendo para Jack. Que droga por que estou pensando nele? Às cegas Theodor se sentou no sofá alcançando sua carteira no bolso da calça no chão, rapidamente colocou um preservativo e me chamou sorrindo colocando uma perna em cada lado de seu colo daquele jeito lentamente foi se colocando dentro de mim preenchendo e torturando a minha impaciência me deixando ainda mais cheia de prazer.
– Isso! Agora com calma! – ele mordia o bico dos meus seios rosados os prendendo entre os dentes.
Joguei minha cabeça para traz abafando um gemido sôfrego e comecei a me movimentar em seu colo, rapidamente ele tomou minha cintura ditando o ritmo das suas estocadas contra meu sexo, a sala parecia cada vez mais abafada e quente, eu suava agarrada a ele puxando seus cabelos curtos prestes a ter um orgasmo.
– Oh meu deus! – gemi deixando que me levasse ao êxtase, meu corpo se contorceu em suas mãos e logo ele estava me acompanhando se deleitando do prazer extremo.
– Chefinha o que foi isso? Sempre tive um fetiche com a senhora, mas assim – ele riu – Está querendo matar seu pobre empregado. – ele desenhava em minhas costas enquanto descansava sobre ele deitado no sofá.
Não queria responder, eu acabara de fazer uma burrada e esperava que não desse problema para o emprego dele. Levantei ainda recuperando o fôlego e fui para o banheiro levando meu vestido e minhas peças intimas. No espelho estava refletida uma garota que eu não conhecia uma que estava à beira de uma crise por um homem cafajeste que estava brincando com seu psicológico e que não a merecia.
– O que está acontecendo com você Victória? – perguntei encarando meu reflexo, os cabelos desarrumados e com a maquiagem borrada.
Abri a torneira jogando água gelada para me acalmar durante alguns segundos eu jurava ter visto o reflexo no espelho sorrir para mim, aquela refletida era uma Victória que estava com a vida toda ferrada por causa de um homem.
Quando voltei para a sala Theodor já estava todo arrumado em seu torno como se não tivesse tirado.
– Bom espero que aquilo não seja problema – ele apontou para a lixeira onde tinha descartado o preservativo.
– Não será! – sorri para depois adotar a postura profissional e séria que o momento precisava. – Não quero que isso se espalhe por ai, por isso bico fechado se não seu emprego está ameaçado.
– Sim senhora, mesmo se fosse contar ninguém acreditaria em mim – ele sorriu de lado com os olhos brilhando.
– Assim espero, agora pode ir – o dispensei.
Quando Theodor saiu eu desabei na minha cadeira, o que eu estava fazendo?
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Atraída por Você Livro I *COMPLETO*
Roman d'amourVictoria está voltando a sua amada cidade e a sua antiga vida, agora bem sucedida e dona de si está feliz por reencontrar sua família, velhos amigos e amores esquecidos. Querida por todos Victoria está no auge de sua vida recebendo atenção de to...