Milena reseolveu fazer uma "festa" para anunciar algo e convidou várias pessoas.
"Você está feliz porque Rafael vai estar lá?"Erick diz tentando parecer tranquilo.Ayla levantou os olhos na direção de Erick, percebendo o tom ligeiramente ácido que ele tentava disfarçar. Ela conhecia aquele jeito dele, sempre tentando esconder suas verdadeiras emoções por trás de piadinhas ou perguntas casuais.
"Erick, você tá mesmo com essa agora?" Ayla respondeu, cruzando os braços e inclinando a cabeça levemente. "Por que você tá preocupado com o Rafael?"
Ele deu de ombros, um sorriso forçado surgindo em seus lábios enquanto mexia no cabelo, um de seus sinais típicos de nervosismo. "Não tô preocupado, só curioso." Ele tentou manter a voz descontraída, mas Ayla notou a tensão sutil em seu maxilar.
"Curioso, né?" Ela se aproximou, desafiando-o com o olhar, como sempre fazia quando sabia que ele estava escondendo algo. "A verdade, Erick."
Ele soltou um suspiro pesado, percebendo que não ia conseguir manter o disfarce por muito tempo. "Ok, talvez eu não curta muito a ideia de você e o Rafael se aproximarem de novo. O cara claramente tá interessado."
Ayla revirou os olhos, mas com um pequeno sorriso no canto da boca. "Você sabe que ele não significa nada pra mim, certo?"
Erick hesitou, tentando ler nas entrelinhas, mas ainda assim o incômodo estava lá. "Eu sei... mas é estranho, tá? Eu só—" Ele parou de falar, as palavras embolando na garganta. Como ele podia explicar? Não era apenas ciúmes. Era o medo constante de que, em algum momento, Ayla pudesse se dar conta de que talvez existisse outra pessoa que poderia fazê-la mais feliz.
Ayla suavizou a expressão, percebendo o que se passava pela cabeça dele. Aproximando-se mais, ela tocou o braço de Erick de leve, forçando-o a encará-la. "Você não tem que se preocupar com o Rafael. A única pessoa que importa aqui é você, e você sabe disso."
Os olhos dele encontraram os dela, e por um breve momento, a tensão pareceu se dissolver. Ele deu um sorriso pequeno, mas sincero, finalmente relaxando os ombros. "Tá. Eu só precisava ouvir isso."
Ela riu baixinho e, com um toque brincalhão, empurrou seu ombro. "Agora, para de drama. Temos uma festa pra ir."
Ele riu também, balançando a cabeça. "Tá bom, sem drama. Só me promete que vai ficar perto de mim o tempo todo."
"Prometo," ela respondeu, piscando para ele antes de se virar para sair do quarto, deixando Erick ali, com um leve alívio no peito, mas ainda um toque de insegurança que ele não podia evitar.
Ayla desceu as escadas, a promessa ainda fresca em seus lábios, mas com uma certeza silenciosa de que as coisas não iriam se desenrolar como Erick imaginava. Ela conhecia aquele padrão dele: no início da festa, ele sempre estava ao lado dela, brincando, fazendo piadas, como se nada pudesse separá-los. Mas conforme a noite avançava e mais pessoas chegavam, inevitavelmente ele acabava se afastando. Uma conversa aqui, um flerte ali, e de repente Erick estava cercado de outras garotas, todas rindo de algo que ele dizia.
Ela não se importava—ou pelo menos era o que dizia a si mesma. Eles sempre tiveram uma amizade cheia de altos e baixos, com provocações e afastamentos temporários. Só que, ultimamente, o afastamento parecia pesar mais.
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O despertar do amor
RomanceDesde a infância, Ayla e Erick mantiveram uma amizade marcada por travessuras e implicâncias. Quando tinham 18 anos, um vínculo especial surgiu entre eles, mas, ocupados com questões pessoais, nunca perceberam a profundidade dos sentimentos que comp...