Ayla consegue esconder muito bem seus ciúmes e coisas que a deixa chateada.Eu realmente não estava vendo maldade em Emilly,mas depois que voltamos juntos para a sala percebi que ela estava provocando Ayla desde o começo,então a puxei para se sentar no meu colo.
Ayla reclamou quando a puxei para o meu colo, mas logo cedeu. Mesmo assim, eu senti um frio no estômago que não tinha nada a ver com o que estava acontecendo na sala. Foi uma decisão impulsiva, eu sei, mas parecia a única forma de deixar claro que não havia espaço para Emilly aqui. Agora, com ela tão perto, minha confiança parecia desmoronar.
Minhas mãos pararam hesitantes na cintura dela. Eu não sabia se devia segurá-la de um jeito firme ou mais casual. Tudo o que conseguia pensar era no perfume dela me cercando, deixando minha cabeça uma bagunça.
Emilly parou de nos alfinetar e enquanto todos estavam imersos no filme Ayla e eu ficamos conversando baixo para não atrapalhar.
- Não precisava disso, sabia? - ela murmurou, sem me encarar.
- Não precisava... mas funcionou, não funcionou? - tentei soar descontraído, mas minha voz saiu baixa demais, quase como se eu tivesse medo de ser ouvido.
Ela finalmente me olhou. Aqueles olhos verdes me analisaram de um jeito que me fez sentir completamente vulnerável, como se ela soubesse exatamente o que estava passando pela minha cabeça. E aí veio aquele sorriso. Sutil, quase imperceptível, mas cheio de intenções.
- Está nervoso por quê? - ela provocou, o tom de voz suave, mas com aquele toque de malícia que só ela sabia usar contra mim.
- Não estou nervoso - rebati rápido demais. Foi um erro. Ela arqueou uma sobrancelha, claramente se divertindo.
Eu sei que não adianta mentir ou tentar esconder a minha tensão.Ela me conhece bem demais,só que mesmo assim tento convencê-la.
Ayla se inclinou um pouco mais, os cabelos roçando no meu pescoço. Um simples gesto e eu já estava perdendo o controle. Era ridículo o quanto ela me afetava, mesmo agora.
- Claro que não - ela sussurrou, antes de se ajeitar de volta no meu colo. Não precisava olhar para saber que havia um sorriso de vitória no rosto dela.
Respirei fundo, tentando recuperar a compostura. Como ela consegue fazer isso comigo? Mesmo depois de tudo, ainda me deixa sem chão com tanta facilidade.
-O que você quer chips ou pipoca?Indaguei tentando diminuir meu nervosismo.
-Seu coração. Ela disse olhando para a tv e eu sei que foi para me provocar porque essa sempre foi a especialidade dela.
Eu quase engasguei com a própria saliva.
- O q-quê? - balbuciei, sentindo meu rosto esquentar. Ela sequer olhou para mim, os olhos fixos na TV como se tivesse falado algo completamente casual.
- O que foi? Respondi algo difícil? - ela retrucou, finalmente me encarando, um sorrisinho brincando nos lábios.
Eu tentei me recompor, mas parecia impossível. As palavras dela estavam rodando na minha cabeça como um disco riscado. Meu coração? Ayla sabia exatamente o que dizer para me desarmar, e o pior era que fazia parecer fácil.
![](https://img.wattpad.com/cover/364941206-288-k628454.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
O despertar do amor
RomanceDesde a infância, Ayla e Erick mantiveram uma amizade marcada por travessuras e implicâncias. Quando tinham 18 anos, um vínculo especial surgiu entre eles, mas, ocupados com questões pessoais, nunca perceberam a profundidade dos sentimentos que comp...