Chegou o grande dia que eu estava esperando ansiosamente.
Como Ayla fez eu revelar o que sentia antes da hora acabei pensando em outra surpresa.
Faz quatro meses que estamos namorando,nossos pais ainda não sabem então eles também ficaram surpresos com a minha ideia.
Eu estava inquieto, mas de um jeito bom. Tudo parecia se encaixar perfeitamente, mesmo que minha ansiedade tentasse atrapalhar. Olhei para o relógio, contando os minutos enquanto imaginava a expressão da Ayla quando tudo fosse revelado.Luna, minha gata, pulou no meu colo, como se quisesse me acalmar. "Calma, pequena. Vai dar tudo certo", murmurei, passando a mão no pelo macio dela. A ideia de incluir nossos pais nisso tudo me deixava um pouco nervoso, mas eu sabia que isso tornaria tudo ainda mais especial.
Os últimos meses tinham sido intensos, cheios de momentos que jamais vou esquecer. Ayla tem essa maneira única de tornar tudo mais leve, mesmo nos dias complicados. Pensar em como ela reagiu quando eu acabei revelando o que sentia, mesmo sem planejar, ainda me faz sorrir.
Olhei para a gaveta onde guardei algo especial e fechei-a novamente, respirando fundo. "Quatro meses e o que sinto por ela só cresce", pensei, enquanto mentalizava cada detalhe da surpresa.
Minha mente insistia em repassar cada detalhe, cada palavra que eu queria dizer, mas sabia que, na hora, tudo poderia se embaralhar. Já podia imaginar minhas mãos suadas, o coração disparado, e talvez eu nem conseguisse falar do jeito que planejei.
Olhei para o espelho, ajustando a camisa como se isso fosse ajudar a me sentir mais no controle. "Você consegue", sussurrei para mim mesmo, tentando ignorar o nó na garganta. Isso era mais do que uma surpresa — era sobre nós, sobre tudo o que construímos e tudo o que ainda quero construir com ela.
Peguei Luna no colo novamente, porque parecia que só ela entendia meu nervosismo naquele momento. "Será que ela vai gostar?" perguntei, mais para mim do que para a gata. Luna apenas me encarou com aquele olhar tranquilo que sempre me fazia rir.
A campainha tocou, trazendo-me de volta à realidade. Era agora ou nunca. Respirei fundo e fui em direção à porta, sabendo que a partir desse momento nada seria como antes.
Coloquei uma venda em seus olhos e disse:—Confia em mim.
O trajeto parecia interminável, mas ao mesmo tempo, eu sabia que cada segundo valia a pena. Ayla estava ao meu lado, vendada, com um sorriso desconfiado no rosto. "Erick, isso já está ficando ridículo. Dá para pelo menos me dizer onde estamos indo?" ela perguntou, com a voz carregada de curiosidade.
"Nem pense nisso, Ayla. É uma surpresa, e você vai esperar até chegarmos lá", respondi, rindo. Milena e Victor, sentados no banco de trás, tentavam abafar as risadas, enquanto nossos pais provavelmente também estavam se divertindo com a situação.
"Eu só espero que não seja nada vergonhoso", Ayla murmurou, cruzando os braços como se estivesse irritada. Mas eu conhecia aquele tom de voz. Ela adorava essas coisas, mesmo que não admitisse.
Milena, sempre pronta para provocar, se inclinou um pouco para frente e disse: "Ayla, você tem tanta sorte de ter o Erick. Eu já estaria arrancando essa venda na força." Ayla apenas resmungou algo inaudível, enquanto Victor revirava os olhos.
Ao longe, as luzes da entrada do Horlando começavam a aparecer. Meu coração acelerou ainda mais. Tudo estava pronto, cada detalhe planejado, mas ainda assim eu não conseguia evitar a ansiedade. Olhei para Ayla, que parecia inquieta, e apertei suavemente sua mão.
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O despertar do amor
RomanceDesde a infância, Ayla e Erick mantiveram uma amizade marcada por travessuras e implicâncias. Quando tinham 18 anos, um vínculo especial surgiu entre eles, mas, ocupados com questões pessoais, nunca perceberam a profundidade dos sentimentos que comp...