Em Lights and Secrets, vidas cruzam-se em uma Paris envolta em mistérios e sombras do passado.
Renata Lopes, uma mulher marcada por eventos traumáticos, é jogada em uma espiral de tensão e segredos perigosos enquanto tenta recomeçar.
Sky, assombrad...
Ela está ali, tão perto que posso sentir o calor do corpo dela sem sequer tocá-la. Cada gesto, cada olhar, me instiga mais. Ela se mantém firme, mas eu vejo o quanto está prestes a ceder. Sinto o prazer sombrio de estar no controle, mas sei que, com ela, nada é previsível.
Chego mais perto, cada segundo devagar, aproveitando o momento que parece se arrastar, quase uma tortura. Levanto a mão, roçando seu rosto com os dedos, e ela não recua, vejo seus olhos baixarem, hesitantes. Quero devorá-la, possuí-la, a fazer minha e somente...minha, não há mais paciência em mim, só o desejo de ir até onde ela nunca permitiu que ninguém fosse.
Inclino-me rapidamente sobre ela, a puxando fortemente pela cintura de encontro a mim e quando meus lábios tocam os dela, sinto seu suspiro, seu gosto, seu desejo queimar e renascer como a fênix, o último indício de resistência que eu desfaço assim quando começo a descer o zíper do seu vestido. As mãos dela cedem em volta do meu pescoço, e a cada segundo sinto mais sua entrega. Nada mais importa, só o calor dela junto ao meu.
Viro Sky de costas, e nossos lábios ainda se encontram, ávidos, como se o tempo fosse nosso maior inimigo. Ela me provoca em cada movimento, no jeito que desliza a mão pelo meu rosto enquanto seu vestido cai, finalmente, ao chão. Eu a jogo na cama, e seu corpo se molda aos lençóis, tão perfeito que parece surreal.
Eu a observo, cada detalhe, enquanto desfaço cada botão da minha camisa, como quem saboreia cada segundo de um vinho. Deixo a calça e a camisa de lado, e subo na cama, aproximando-me dela lentamente. A ponta dos meus dedos desliza pelas suas pernas, traçando um caminho de arrepio até seu pescoço. Meus dedos se fecham, firmes como um colar cervical, e ela me olha com aquele sorriso provocante, mordendo o lábio inferior.
Aquele sorriso, o cheiro dela, os olhos que me desafiam. Sky é minha perdição.
— Rodolfo... — uma voz me chama do outro lado da porta, seguida de batidas insistentes que me fazem despertar de um salto. Sento-me rapidamente, piscando contra a luz e lançando o olhar, ainda embaçado, para o relógio ao lado. São 7:30 da manhã.
Minha mente dá um estalo. A festa da Renata é hoje... e, claro, estou atrasado.
— Oi... eu já vou! Só preciso de um banho — respondi, saindo da cama e indo para o banheiro. Mas, ao passar pelo espelho, algo me faz parar e dar dois passos para trás.
— Mas que caralho... — murmuro, com a mão nos cabelos bagunçados, me encarando.
Não que eu esteja insatisfeito com o que vejo, as tatuagens que cobrem meu corpo, o porte que me esforço para manter... mas o que me incomoda é o óbvio volume na cueca. Sim, Sky é culpada. E, hoje, se ela resolver me provocar... não garanto que vou conseguir me controlar.
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— Então, o que acharam do lugar?
Renata pergunta enquanto caminhamos pelas trilhas de folhas secas, rodeados por árvores altas que trazem um ar quase sombrio ao local. Carrego no ombro os pacotes pretos com as fantasias delas, mas meus olhos insistem em se fixar em Sky, que andava ao lado de Renata distraída.
