Acordei me sentindo surpreendentemente leve, como se tivesse dormido por uma eternidade. Espreguicei-me, ainda com os olhos semicerrados, e então o vi — Yuuki, sentado ao lado da cama, digitando algo no notebook com uma concentração tão intensa que nem me notou. E, para minha surpresa, estava de óculos. Meu Deus, ele já era sexy sem qualquer esforço, mas aquilo o deixava irresistível. Dei um sorriso meio bobo, sem conseguir disfarçar.
— Bom dia, dorminhoca. — Ele levantou o olhar, com um sorriso divertido. Sorri, espreguiçando-me um pouco mais forte.
Ele largou o notebook e se aninhou em cima de mim, afastando uma mecha de cabelo do meu rosto. Então, deixou um beijo suave em minha testa, como se fôssemos algo muito mais íntimo do que apenas duas pessoas juntas naquela cama. Fechei os olhos, deixando o toque aquecer meu rosto.
Mas ele logo avançou, sua mão deslisando por baixo da coberta, tocando lentamente meu corpo nu, me fazendo estremecer enquanto sua boca caminhava pelo meu queixo, mordiscava meu pescoço e ombro.
— Ei, preciso ao menos fazer a higiene matinal.
— É o cheiro natural que atiça os instintos, não sabia? — ele brincou, tirando os óculos que parecia incomodá-lo em sua tentativa de levar meu corpo novamente a loucura.
— Quero ver você dizer isso cheirando alguém 2 dias sem tomar banho.
Ele fez uma careta dando uma risadinha.
— Que horas são?
— Nove horas. — Ele disse assim que visualizou a tela do computador. Eu gelei.
— Nove?! Merda! — pulei da cama como se tivesse levado um choque. — Estou atrasada! Por que você não me acordou?
— Você estava dormindo tão divinamente que não tive coragem. — Ele respondeu com um sorriso tranquilo.
— Tá brincando? Pensei que você não me deixaria dormir. — Lancei um olhar de leve reprovação, procurando desesperadamente minhas roupas e uma solução.
— Era a ideia, sim. Mas... — ele parou, inclinando-se ligeiramente para o lado e me olhando de cima a baixo. — Achei que você merecia descansar. — Eu tinha certeza de que ele estava se divertindo com a minha aflição.
— Tomas vai me matar com certeza.
Yuuki arqueou uma sobrancelha, intrigado.
— Quem é Tomas?
— Meu supervisor — respondi apressada, descendo as escadas pra ir até a sala. — Pelo amor de Deus, onde estão minhas roupas?
Yuuki me observava com olhar divertido inclinado no parapeito do mezanino, como se meu desespero não fosse nada.
— Vou precisar de uma roupa. — Olhei pra cima. — Uma camisa e uma cueca servem! E rápido!
Entrei no banheiro pra uma ducha rápida e encontrei uma água fria. Dei um gritinho quando senti o gelado no corpo, mas nem me preocupei em ajustar a temperatura, precisava ir em casa... Ou era melhor ir direto pro trabalho? Mas com que roupa?
Ouvi a porta do banheiro se abrir e Yuuki avisar que deixou a roupa em cima da bancada. Enquanto vestia a camisa, seu cheiro inebriante estava impregnado no tecido. Meu coração acelerou ao pensar na noite que passamos juntos. Mas agora, era hora de encarar a realidade. Eu certamente perderia horas do meu banco de horas!
Não consegui conter uma risada ao me olhar no espelho: a camisa dele descia até o meio das minhas coxas e a cueca ficava ridiculamente justa, revelando mais do que cobria.
Quando saí do banheiro, Yuuki estava com uma xícara de café na mão, mas ao me ver, ele parou. Literalmente, ele congelou, me escaneando com seu olhar.
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A Mentira Que Virou Amor
RomanceIMPORTANTE: História em construção, então sinopse, capa e o título são provisórios. Quando a história for finalizada, será publicada na íntegra na Amazon, ficando apenas alguns capítulos de degustação. Historia crua, primeira versão. Sinopse Provisó...