Capítulo 16 - Confronto

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- O que você está fazendo aqui? Como me encontrou? - não tive como conter meu desespero
- Sério que você achou que se esconderia de mim? E que cheiro é esse que você está exalando? - Max franziu a testa e colocou um dedo abaixo das narinas.
- Naftalina, não queria ser encontrada pelo meu cheiro!
- Mas trocar seu nome de Olívia para Lívia não facilitou tanto a sua fuga!

Ele tinha razão, mas fazer o que foi esses os documentos que a minha mãe me deixou.

- Precisamos conversar, vamos sair daqui! - ele segurou meu braço e foi me arrastando para porta.
- Você tá maluco? Tá todo mundo vendo! - eu puxei meu braço me soltando dele - E outra coisa onde está a sua Lua Hanna?

Ele ficou cabisbaixo.
- Me desculpe por isso, mas não me chame de maluco, sou seu alfa.
- Eu não sou mais da sua matilha.
- E você é o que? Um Lican? Um monstro como eles?
- Não me ofenda! Eu nunca nem entrei em contato com eles. - alterei a minha voz de tão aborrecida.
- Calma, vamos sair daqui? Por favor?

Que ridículo, como ele ainda se acha no direito de vir atrás de mim, de me cobrar algo.

Saímos e ao entrar no seu carro eu só podia sentir a droga do seu cheiro muito mais forte, analisando bem ele estava espetacularmente lindo, de repente me vi olhando pra ele e babando.

- Você está linda, me diga como foi encontrar sua loba? - ele estava conversando comigo ignorando toda a merda que eu fiz.
- Foi incrível, ela é incrível, fez eu me ver de uma forma diferente de como eu me sentia.
- Como foi esses meses aqui? Alguém a tocou? - ele perguntou sem nem tirar os olhos da estrada.
-O que? Que merda de pergunta é essa? - puta merda, se ele soubesse do Thomás, Max ia matar ele.
- Estamos nos primeiros dias da temporada de fertilidade e essa é a primeira temporada da sua loba, acho que te encontrei no momento certo - ele tocou na minha coxa eu estremeci, me senti encharcando.
- Que história é essa, por que você não vai botar essa sua mão na sua Hanna? - perguntei enquanto empurrava ele de mim.
- Eu a devolvi ao pai dela dois dias depois de você fugir.
- O que? - o espanto foi incontrolável
- Ela não era a minha Lua, foi a um ano atrás foi meu segundo cio, no primeiro não acasalei e no segundo eu não estava bem, não me concentrava, Aba arranjou um encontro com ela, quando ia embora para casa, o pai dela me exigiu torná-la a minha Lua, eu achei o certo a se fazer, depois de deflora-lá, mas agora nenhum Beta me convence a fazer o que eu não quero e você é o que eu quero.
Eu olhei incrédula, minha boca estava entreaberta, eu não sabia o que falar.
- O que houve? - ele perguntou estranhando meu silêncio.
- Sabe, eu esperei ouvir isso de você por muito tempo mas hoje já não sei se é isso que eu quero, não quero a matilha, não tem nada lá pra mim.
- Tem eu.
- Você sabe do que estou falando, meu irmão me odeia, eu nunca fui o que estou sendo agora, livre, respeitada e amada.
- Amada?
- É! Sem meus pais lá eu não era amada, claro tinha sua mãe e até você, mas não é a mesma coisa.
- Quem ama você aqui? - os punhos estavam pra estourar o volante, ele tava muito nervoso.
Eu disfarçadamente escondi minha aliança. Não podia pôr em risco meu Thomás.
- Minha amiga Sarah, ela está sendo uma pessoa maravilhosa na minha vida.
Max se acalmou e seguimos viagem.

Herdeira proibida - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora