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Jisoo

Olho para o cardápio enquanto Kai espera minha escolha.

— Que tal um latte? Nosso latte é muito bom! — ele sugere, apontando para o cardápio. Sorrio e assinto.

— Mais alguma coisa? — ele pergunta.

— Hmm... Sua amizade! — respondo, brincando. Ele me olha confuso, e eu continuo. — Podemos ser grandes amigos, senhor Kai.

Ergo minha mão, e ele a aperta, assentindo.

— Eu aceito, senhorita Jisoo. — Ele arregala os olhos por um instante, parecendo lembrar de algo. — Na verdade, eu chamei alguém para ir ao cinema comigo, mas essa pessoa recusou... Você gostaria de ir? — ele pergunta, meio sem graça, como se temesse que eu não aceitasse.

— Claro! — respondo, animada. — Ótimo.

— Kai, você vai ficar conversando aí? — uma garçonete o repreende, fazendo-o se apressar.

— Vixe, deixa eu trabalhar, Jisoo. — Ele ri, e eu faço um gesto de desculpas.

— Desculpa, Kai.

— Tudo bem. Poderia me passar seu número para a gente combinar o local? — ele pergunta.

— Sim. — Passo meu número, e ele sorri antes de se afastar para continuar o trabalho.

Min Hee

Eu saio para comprar algo para Yoongi comer, pois ele deve estar faminto, mas, para minha sorte, esbarro na mãe dele.

— Olha por onde anda, você sabe com quem está mexendo? — ela murmura, chamando a atenção de todos.

Solto uma risada sarcástica.

— Você acha que eu tenho medo?

Ela levanta a mão para me dar um tapa, mas eu a seguro.

— Não ouse tocar em mim, sua cobra! — digo, ouvindo o burburinho das pessoas, todas chocadas. — Você acha que sou igual às outras, que vai fazer o que quer? Está enganada! — arqueio a sobrancelha, debochada.

Ela começa a bater palmas lentamente, com um sorriso cínico.

— Parabéns, Kim Min Hee. Parabéns pela morte da sua amiguinha. Fiquei sabendo. Pena que não vou desejar meus sentimentos.

Aquelas palavras são como uma facada, fazendo meu corpo tremer de raiva e ódio. Levanto a mão para acertá-la, mas alguém segura a minha — é Yoongi. Tento me soltar, mas ele segura firme.

— Isso, morta de fome, faz o que você sabe fazer de melhor: mostrar as garras! — ela debocha.

Yoongi se coloca entre nós.

— Vai embora daqui, mulher. Você não é bem-vinda na minha empresa.

— Filho, tudo isso é por causa da Sejeong? — ela fala alto, olhando para as pessoas ao redor. Yoongi aperta os punhos, visivelmente tentando se controlar.

— Seguranças! — ele ordena, e logo os seguranças aparecem e seguram a mulher pelos braços.

— Meu próprio filho... Tenho vergonha de ter te colocado no mundo! — ela diz com desprezo. Eu sabia que aquilo tinha destruído Yoongi por dentro, mesmo ele não demonstrando.

— Tirem essa mulher daqui — ele ordena com firmeza.

As pessoas ao redor murmuram, algumas apoiando a mãe de Yoongi, outras do lado dele. Ele olha para todos com uma expressão dura.

— Todo mundo, voltem ao trabalho ou serão demitidos! — ele ordena, fazendo com que a multidão se disperse rapidamente.

Ele sai furioso em direção ao escritório, e eu o sigo em silêncio, sentindo o peso da situação.

— Senhor, me desculpe... Foi tudo culpa minha. — digo, mas acabo chorando, incapaz de segurar as lágrimas.

— Min Hee, a culpa não é sua! — ele responde com firmeza.

— É minha culpa sim! Eu não pude salvar a So Ah, não pude fazer nada, Yoongi... E a pessoa que eu amo não me ama. — desabafo, sentindo uma inesperada liberdade em falar tudo o que sinto.

Ele se aproxima e coloca a mão em meu ombro, tentando me acalmar.

— A So Ah se foi porque era o tempo dela. Todos nós temos um tempo determinado para partir. Você é a vítima aqui... Você a perdeu porque quis? — ele pergunta, olhando nos meus olhos. Apenas balanço a cabeça, negando.

— Então... — Ele hesita, respira fundo, e olha para o chão antes de me encarar novamente. — E sobre a pessoa que você gosta... Por que não conta a ele seus sentimentos? Talvez ele também te ame.

— Não, ele não me ama... Acho que é melhor eu desistir. — digo, me afastando lentamente. Saio da sala e vou para a minha sala, onde finalmente desabo por completo, deixando as lágrimas fluírem ainda mais.

Yoongi

Aquilo mexe comigo... Min Hee ama alguém... Por que está doendo vê-la assim? Sinto uma angústia crescente no peito enquanto me sento na cadeira, com a mão na cabeça, tentando organizar meus pensamentos. De repente, uma dor intensa me atinge o peito, e sinto uma falta de ar desesperadora. Minha visão começa a ficar embaçada, e então...

— Por que você me deixou morrer, Yoongi? Eu te amava... Por quê? Por quê? — a voz de Sejeong surge de repente, cortante, e eu a vejo parada bem à minha frente, com uma expressão triste e acusadora. — E ainda por cima, está gostando de outra pessoa. Eu te odeio, Min Yoongi!

Essas palavras ecoam na minha cabeça como um pesadelo interminável. Cubro meus ouvidos, mas a voz dela continua martelando, repetindo, "Eu te odeio, Min Yoongi". A culpa e o desespero tomam conta de mim.

— Me perdoa, Sejeong! Me perdoa! — grito, estendendo a mão trêmula para ela, mas a imagem dela está suja de sangue. Olho para minhas mãos e as vejo cobertas de sangue também. Meu corpo começa a tremer incontrolavelmente, e o pânico me domina.

— Não! Não! Não! — grito repetidamente, cada vez mais fraco, até que caio no chão entrando em pânico olhando para minhas mãos ensanguentadas.

Contrato Com Sentimentos - Min Yoongi Onde histórias criam vida. Descubra agora