Contrato Com Sentimentos - Min Yoongi

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                           Yoongi

Já estava na hora de irmos, e avistei Min Hee vindo em minha direção. Parei por um momento; ela estava linda! Vestia um vestido vermelho e sorria para mim. O que está acontecendo comigo? Por que estou assim ultimamente?

— Desculpa o atraso, senhor. — Ela disse, enquanto entrávamos no carro para seguirmos para o nosso destino.

— E a sua amiga, está bem? — perguntei. Sua expressão animada mudou e ela ficou abatida.

— Ela tem apenas dois meses de vida... Mas eu sei que vou conseguir salvá-la, eu tenho certeza. — Ela colocou um sorriso de esperança no rosto. Ela vai acabar se machucando no final.

Chegamos ao destino, desci do carro e Min Hee fez o mesmo logo em seguida. Ela sorria animadamente e acenava para todos.

— Você não é uma celebridade, garota! Para de passar vergonha. — Seu sorriso se desfez.

— Olá, senhor Min Yoongi? Que prazer enorme! — O senhor Kim me cumprimentou e logo seus olhos pararam na garota.

— E ela, quem seria?

— Me chamo Kim Min Hee, senhor. — Ela ergueu a mão para cumprimentá-lo simpaticamente.

— Prazer, senhorita!

Por que ela tem que rir assim para todos? Que garota idiota!

— Agora me diga, o que quer comigo? — Perguntei, impaciente e ríspido.

— Me acompanhe. — Ele nos levou para uma sala reservada. Min Hee, como sempre, parecia uma bobona, agindo como se nunca tivesse ido a um lugar chique.

— É o seguinte: achamos um potencial enorme na sua empresa e queremos que você faça uma parceria com a nossa.

— Só isso? Já estou acostumado. — Respondi de forma debochada.

— Senhor... — A menina sussurrou, me repreendendo.

— Não se intrometa! — respondi alto. Ela precisa se colocar no seu lugar.

— Mas não é de qualquer parceria que se trata! — Você acha que eu me impressionaria...

— Se trabalhar com a minha empresa, vou presenteá-lo com uma empresa na Califórnia! — Engoli seco. A proposta não era tão ruim assim.

— Eu aceito! — Estendi a mão, aceitando o acordo, mas ele logo me interrompeu.

— Quero que a garota participe também! — Olhei para ela com um olhar de "não aceite, garota!", mas ela sorriu e assentiu. Que garota intrometida!

Depois de tudo, ainda ficamos na festa. Min Hee comia como uma condenada.

— Você está me matando de vergonha, sabia?

— Sério? Não me importo, só quero aproveitar essa comida deliciosa.

— Vamos embora. — Seguro seu braço, levando-a para fora dali.

— Me solta!! — Ela se solta e corre, me provocando.

— Tá bom, então você vai ficar aí! Já vou!

— Tá bom, seu chato! — Ela me acompanha com a cara insatisfeita. Era notável o preconceito no olhar das pessoas.

— Por que estão me olhando, hein? Perderam alguma coisa aqui? — A menina grita, fazendo com que mais pessoas olhem para ela. Algumas riram e cochicharam.

Pego no braço dela e a tiro da festa à força.

— Você não se toca, não?

— Para de ser chat... — Interrompo.

— Você é pobre. Não leva jeito no meio de pessoas tão nobres! Se enxergue e se coloque no seu lugar, você me matou de vergonha! Aish! — Ela fita o chão, e lágrimas caem dos seus olhos. Confesso que exagerei.

— Eu me forcei a te entender. Achei que você, no fundo, era uma pessoa boa, mas não. Você é um lixo que despreza os outros, se acha porque teve a sorte de nascer com privilégios. — Ela diz, com raiva. — Eu tentei, tentei mesmo te entender. Você é um idiota, um babaca mimado.

Eu odeio essa garota. Aperto os punhos, controlando a raiva dentro de mim.

— Por acaso eu pedi? Pedi para que me entendesse? — Ela morde os lábios e mexe no cabelo.

— Me deixe em paz. Faça o seu trabalho, e não se confunda, porque não sou seu amigo!

— Babaca, idiota!! Isso é o que você é! Sempre pensando em si próprio.

Ela pega um táxi e sai, me deixando ali sem dizer mais nada. Pessoas como ela devem saber seu lugar. Eu não me importo com ela; se ela acha que eu seria seu amiguinho, está enganada! Quer que eu sinta pena dela? Coitadinha. Estava furioso, a raiva tomava conta de mim. O frio gelado da noite invadia a rua. Entro no carro e sigo em direção à casa do Namjoon.

Min Hee

Chego em casa e vejo as luzes acesas. Entro e So Ah estava assistindo TV, com as pernas para o ar, comendo ramen. Corro para abraçá-la.

— Amiga, você tem que comer coisas saudáveis! — Pego o prato com o ramen. Estava tão cheiroso e era o meu favorito. Provo e está uma delícia, então corro para a cozinha para comer.

— Ei! Pare aí! — Ela corre atrás de mim para salvar o ramen da minha barriga, mas não tem sucesso. Corro para o banheiro e me tranco.

Ela grita do lado de fora, e eu a ignoro, provocando-a.

— Quando você sair, você me paga! Sua... — Hm, está delicioso! — Provoco, mas logo lembro do que Yoongi me disse e começo a chorar. Tento enxugar as lágrimas, mas elas caem na comida sem controle. Coloco o ramen no chão e levo as mãos ao rosto, chorando.

— Eu chamei uma pessoa. — So Ah diz do lado de fora. Não vi seu rosto, mas aposto que ela estava com cara de dengo. Ouço a campainha e sua voz  longe da porta. Dou uma ajeitada no cabelo e deixo o prato vazio do ramen na pia para lavar depois.

Quando saio, quase tenho um treco e logo fecho o rosto, virando o olhar para outro lugar. Era Yoongi e outro homem, cujo rosto parecia familiar.

— Vocês se conhecem? — So Ah pergunta, rindo da situação.

— N...

— Sim. — Yoongi responde sem jeito.

— Vou para o meu quarto!

— Pode voltar! Tenho uma notícia... — Nos sentamos no sofá e eu evito olhar para Yoongi. Aquele idiota! Min Chatonildo!

Eu percebo algo estranho no ar. O outro homem que estava com ele se senta perto dela.

— Esse é o meu namorado...

— O quê? — Eu e Yoongi perguntamos ao mesmo tempo, nos levantando.