Izana: Eu quero distância do Manjiro e daquela garota, meu amor. — Me esforcei em vão para não corar com suas palavras, e seu sorriso só aumentou. — Não fique muito próxima dele, meu amor; posso ser possessivo quando se trata de disputar sua atenção.
Seu sorriso vitorioso era sua maior arma naquele momento. Seus olhos acompanhavam cada mínimo movimento meu.
Sn: Não acha que está sendo muito precipitado, senhor Kurokawa? — Falei, recuperando minha calma, e, quando ele ia me responder, o garçom se aproximou. A expressão emburrada do rapaz ao me ver fez com que um pequeno riso escapasse de meus lábios.
Garçom: Boa noite, jovem casal. O que gostariam de comer e beber? — Sua calma me surpreendeu, e, quando olhei para ele, o garçom sorriu gentilmente.
Izana fez uma careta e resmungou algo inaudível. Fizemos nossos pedidos, e o garçom se retirou.
Izana: Como foi seu primeiro dia de aula, querida? — Seu modo gentil havia retornado, o que me fez soltar um riso baixinho.
Sn: Foi um dia comum, com muitas pessoas, mas nada de tão anormal assim… exceto talvez pela Yumi e metade da escola.
De uma expressão calma e serena, ele mudou para uma sombria e ameaçadora em um piscar de olhos… Às vezes, ele me assusta com sua bipolaridade.
Izana: Ela está incomodando você?
Sn: Sim, mas nada que eu não possa resolver em pouco tempo… — Sorri de maneira um tanto diabólica, o que fez ele esboçar um belo sorriso iluminado.
Decidi retomar minha vida, cansei de ficar em meus devaneios. Nos últimos dias, ando me sentindo como a típica protagonista frágil que precisa de defensores o tempo todo. E se tem uma coisa que eu não sou, é frágil e indefesa. Se a Yumi quer jogar, ótimo, vamos jogar… uma pena para ela.
Izana: Por que sinto que você vai aprontar alguma coisa?
Sn: Não irei aprontar nada… — Nesse momento, acho que ninguém no mundo é mais cínico do que eu.
Sua expressão cética arrancou um riso suave de meus lábios. Esperei por sua resposta, mas ela foi interrompida pela chegada de nossos pedidos.
O resto da noite foi tranquilo, e a conversa fluía naturalmente. Quando terminamos, Izana pagou a conta e me levou para casa. Antes de entrarmos no carro, percebi que, ao longe, duas pessoas nos observavam. Pelas silhuetas, supus que fossem o doce irmão de Izana, Shin, e Wakasa.
Sn: Você já sabia que eles estavam nos observando?
Izana: Finja que não os viu… eles estão nos seguindo desde antes de chegarmos ao restaurante. — Sua raiva e ironia me fizeram rir, e ele, entediado, rapidamente esboçou um sorriso travesso. — Só não me odeie, por favor.
Antes que eu pudesse questioná-lo, ele me puxou pela cintura e tomou meus lábios em um beijo calmo. Não tive como resistir e, quando me dei conta, já estava entregue a ele em um beijo intenso. Seus lábios eram tão convidativos que cedi sem hesitar quando ele pediu passagem com a língua.
Nos separamos pela maldita falta de ar. Não vou ser hipócrita, queria mais de seus beijos, e dessa vez farei questão de tê-los.
Sn: Pode ter certeza que não vou te odiar por isso…
Izana: Então, isso significa que posso beijar você quando quiser? — Seu típico sorriso surgiu, mas, quando ele ia me beijar de novo, coloquei a mão em sua boca para impedi-lo.
Sn: Também não exagere. — Senti minhas bochechas ruborizarem ao ouvir seu riso abafado.
Izana se afastou lentamente com um belo sorriso.
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Neve e Sangue
FanfictionUma leitora vivendo um dark romance na vida real? É realmente possível? Sim, e Sn mostrara as cartas ditadas nesse romance. Essa história é dedicada a minha amiga @GabrielaSilvadeAraj6 como presente de aniversário 🤍