APOLLO AGGELIDIS: um homem com um passado doloroso, é conhecido por ser um monstro cruel que assassinou sua própria família. Ele é temido por toda a Grécia.
Todos o temem.
Muitos especulam.
Contudo, nem sempre é o que parece: Apollo realmente é um h...
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Semanas depois,
estava animada porque reveria minha família. A última vez que os vi foi no Natal. Com toda essa revelação sobre Sebastian, não tinha clima para comemorar o Ano Novo, por isso minha família adiou a visita a Santorini, vindo somente hoje.
A casa estava um poço de tristeza; Filo não tinha ânimo e ficou bastante deprimida ao saber que um dos meninos que ela tanto considerava queria o mal de todos. Meu marido tentava disfarçar sua tristeza; contudo, era evidente que sua amizade com Jason e Adônis estava abalada. Apollo tinha muita dificuldade em confiar nos amigos.
E era compreensível.
Durante essas semanas, Adônis assinou um contrato que selava a parceria com o tal Nicolaou, onde iria se casar com a filha dele.
O casamento logo aconteceria.
Encaro a mesa do café da manhã, tentando decifrar o que me deixava enjoada. Olho as frutas frescas; havia café e bolo. Olhando entre os alimentos, deduzo que a causa do meu enjoo é o cheiro dos ovos mexidos, acompanhado com o aroma do bacon. Afasto o prato, sentindo uma ânsia subir.
— Meu Deus, o que há de errado comigo? — Bebo um gole de água, respirando fundo. Levo a mão à boca, tentando conter meu enjoo.
— Tudo bem, menina? — Encaro os olhos inchados de Filo, que com certeza estava chorando desde a descoberta de que Sebastian é meio-irmão de Apollo e seu inimigo. Filomena se afundou em uma profunda tristeza; ela sempre tentava manter os meninos juntos e agora se lamenta por ter falhado.
— Sim, Filo, é só um mal-estar. — Balanço minha cabeça, convencendo-a de que não é nada. — Você não parece muito bem. — Ela dá um meio sorriso, sem humor.
— Com o tempo, irei ficar bem — diz Filo, pedindo licença. A essa hora, ela cuidava do jardim e, imediatamente, corro até meu quarto. Entro no banheiro com tamanha pressa, inclinando-me sobre a privada. Coloco o pouco que tinha na barriga para fora, sentindo-me mal de repente. Aperto a descarga, fecho a privada, limpo minha boca e me pergunto o que havia de errado.
Seria alguma virose?
Não, meus exames estavam em dia e sempre me cuidei bem, então...
Levo a mão à boca, em choque, abrindo o armário na parede e vendo a embalagem de absorvente intacta. Não, não podia ser; com certeza era uma virose.
Ando em círculos, levando a mão à cabeça, pensando no que fazer.
Merda, como não percebi que minha menstruação estava atrasada?
— Merda, o que eu vou fazer? O que irei dizer a Apollo? — Volto a sentar na privada, com as mãos trêmulas. Meus olhos se enchem de lágrimas e sinto minha visão embaçada pelo choro que se iniciou.
Como vou dizer ao meu marido que provavelmente posso estar grávida, sendo que ele treme somente com a palavra "filho"? Como iria dizer a ele, sendo que o mesmo deixou claro sua insatisfação com relação a futuras gravidezes?