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Ver toda a animação e felicidade nos rostos da família de Violetta me deixava um pouco deslocado

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Ver toda a animação e felicidade nos rostos da família de Violetta me deixava um pouco deslocado. A maneira como o don da Ndrangheta sorria por tudo que sua esposa Amélia dizia era algo semelhante ao que eu sentia por Violetta, e o modo protetor de Fellipp com sua esposa grávida era até divertido de presenciar. Contudo, faria o mesmo pela minha esposa; a protegeria de tudo.

Todos riam, e a conversa soava de maneira divertida e aleatória. O sorriso de Violetta se tornava imenso ao olhar para seus pais, e se ela estava feliz, eu também estava.

Percebi o quanto eles eram unidos, algo que só tenho com Sebastian, Adônis, Jason e Filomena, que era como uma figura materna para nós. Eles eram as pessoas em quem mais confiava, incluindo, é claro, minha pequena Violetta.

O clima ficou tenso e pesado quando nos beijamos. Havíamos pegado todos de surpresa. Mattia me olhava como se fosse me matar a qualquer momento; contudo, havia uma incredulidade da parte dele, era como se ele não acreditasse no que estava vendo.

— Pelo visto, você e minha prima estão se dando bem. — Saio dos meus pensamentos com a aproximação de Lorenzo e levo o copo até os lábios, sentindo o gosto forte do uísque.

— Violetta não é uma má companhia. — Dou de ombros, tentando transparecer que não me importo. Lorenzo solta um sorriso nasal e andamos até uma parte aberta da sala que dava vista para o mar e, ao longe, a iluminação da cidade.

— Sabe que não é sobre isso que estou falando. — Lorenzo era um homem esperto, sem contar que ele sabia das minhas visitas para Violetta na Suíça.

— Não sei o que quer que eu diga.

— Você está apaixonado por minha prima? — Encaro Lorenzo e não respondo. — Vou levar seu silêncio como um sim. Deveria contar a Violetta, assim como também deveria contar sobre a Suíça.

— Preciso da sua ajuda, Lorenzo. — Declaro, de repente, mudando o foco do assunto. — Descobri que meu maior inimigo é meu irmão bastardo. — Revelo, vendo a afeição de surpresa de Lorenzo.

— Um irmão? Isso é sério?

— Sim, desconfio que ele esteja dentro da minha máfia — digo, a coisa mais lógica.

— E o que pretende fazer? Quer minha ajuda para descobrir quem é? — Nego com a cabeça, e Lorenzo parece confuso.

— Eu mesmo vou descobrir quem é, mas quero sua ajuda. Quero que me prometa que irá cuidar de Violetta.

— Que pergunta é essa, Apollo? É claro que sim!

— Conforme for a situação, colocarei Violetta em um jatinho e a mandarei para um lugar seguro. Somente você vai saber; não conte a ninguém.

— Conte com a minha ajuda, Violetta, e da família. Sempre protegemos a família — assenti, sentindo confiança na ajuda de Lorenzo, até porque ele também se preocupava com a vida de Violetta.

Feita para o mafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora