APOLLO AGGELIDIS: um homem com um passado doloroso, é conhecido por ser um monstro cruel que assassinou sua própria família. Ele é temido por toda a Grécia.
Todos o temem.
Muitos especulam.
Contudo, nem sempre é o que parece: Apollo realmente é um h...
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Percebi o olhar ansioso de Apollo; ele não conseguia prender o olhar em um ponto fixo. Sua postura tensa denunciava que ele estava nervoso, e isso se devia à chamada que ele recebeu no meio da noite. Acordei assustada e, imediatamente, fomos para a terra firme. Do porto, pegamos um carro direto para a pista. Nem ao menos pegamos as malas que haviam sido arrumadas pelo pessoal do hotel e entregues ao soldado de Apollo.
Com todo o nervosismo do meu marido, fiquei tensa com o clima pesado que ficou durante o voo. O que de tão sério teria acontecido para Apollo voltar às pressas para Santorini? Estava prestes a ficar sem unha de ansiedade; eram tantas perguntas sem resposta. Meu marido apenas anunciou que estávamos voltando para Santorini, nada mais que isso. Preferi respeitar seu espaço.
Fiquei um pouco frustrada; minha lua de mel mal tinha começado e eu estava ansiosa para conhecer Mykonos. Contudo, me animava a ideia de morar em Santorini, que também era uma ilha muito bonita.
Me escoro na poltrona em uma tentativa de relaxar; contudo, lembro de Apollo dizer que Anastasia era irmã dele. Por que ele teria tatuado o nome da irmã se a matou?
Como fui perguntar algo assim? Mas como ia saber que Anastasia era o nome da irmã dele? Definitivamente, não sabia nada sobre Apollo, enquanto ele parecia saber tudo sobre mim.
Presa em meus pensamentos, me convenço de que, quando chegasse em Santorini, iria descobrir algo sobre a vida do meu marido. Sinto meus olhos pesarem quando o cansaço me atinge. Luto contra o sono, tentando ficar acordada; contudo, me entrego ao cansaço e escorei minha cabeça na poltrona, dormindo.
Resmungo quando meu corpo é depositado em uma cama macia, porém gelada. Rolo meu corpo para o outro lado, apalpando a cama à procura de algo ao qual eu possa abraçar. Com dificuldade, pego um travesseiro, abraçando-o. Suspiro quando o cobertor é colocado sobre meu corpo e me deixo levar pelo sono.
***
Abro meus olhos sonolenta, me sentindo disposta. Encaro o cômodo, confusa, me perguntando onde estava e como havia parado aqui.
O quarto era bem arejado, com o mesmo design de cavernas; contudo, esse conseguia ser mais rústico e um pouco tecnológico. Janelas de vidro com vista para o mar. Percebo que estava em Santorini e constato que esse seria o quarto do meu marido.
Deixo o cobertor de lado, me arrastando até a lateral da cama. Sinto o chão gelado entrar em contato com meus pés e ando à procura do banheiro. Continha uma enorme porta de madeira na cor branca. Tento abri-la e levo alguns segundos percebendo que a porta se abre arrastando pelo lado.
Fico chocada vendo o imenso closet que iria compartilhar com meu marido. Algumas das minhas roupas já estavam postas e organizadas, enquanto outras pareciam novas e recém-compradas.
Tinha diversos compartimentos: uns para sapatos, outros para bolsas, cintos e acessórios. Algumas roupas estavam separadas por cor e tamanho; continha mais do que eu usaria.
