10

3.9K 368 140
                                    

Desesperada, fecho a porta atrás de mim, permitindo soltar minha respiração e agradecendo a Deus por ter acertado de primeira a porta do banheiro

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Desesperada, fecho a porta atrás de mim, permitindo soltar minha respiração e agradecendo a Deus por ter acertado de primeira a porta do banheiro. Me encolho, podendo sentir o olhar de Apollo queimar em meu corpo. Seus olhos transbordavam em luxúria, fazendo meu corpo inteiro reagir em meio ao aumento da minha temperatura. De repente, senti uma agitação estranha e um enorme calor, principalmente entre minhas pernas.

Me perguntava se eram essas as sensações de ficar excitada.

Me apresso em tirar a peça minúscula do meu corpo, deixando-a sobre o mármore da pia, e sigo em direção ao chuveiro, praticamente corri, fugida do meu marido, para pelo menos tomar um banho rápido antes de... termos um envolvimento.

Não escondi minha surpresa ao ver que nos votos de Apollo ele incluiu respeito a mim. Dentro da máfia, o homem não precisa jurar ou prometer fidelidade, o que, na minha visão, era injusto. Contudo, me senti intrigada por qual razão Apollo faria isso.

E, de repente, tudo que falam dele é uma incógnita. Eu me perguntava onde estava o homem cruel e impiedoso, porque com certeza não era o que havia se lembrado do meu aniversário e me presenteado com meu bolo favorito.

Mas uma surpresa: Apollo! Não esperava que ele fosse se lembrar do meu aniversário, quando ele poderia simplesmente fingir ter esquecido ou simplesmente não se importar.

Sentia uma vontade meio louca de conhecê-lo, saber dos seus segredos ou a razão por ter tanto sofrimento em seus olhos. Tudo em relação a Apollo era curioso, e a minha parte curiosa gritava por respostas.

Não compreendia toda essa curiosidade por um desconhecido; contudo, era o que eu sentia.

Fechei meus olhos, sentindo a água gelada se chocar contra meu corpo. Me recordo do contato dos lábios de Apollo nos meus. A princípio, fiquei nervosa, já que esse era meu primeiro beijo.

Tá, que teve aquela vez que surpreendi minha paixão com um selinho, mas isso não conta. Tive meu primeiro beijo de verdade, com língua e tudo. Fiquei meio perdida no começo; Apollo me conduziu e percebi que ele se continha um pouco. Era como se ele se esforçasse para não me engolir.

Seu beijo foi surpreendentemente bom. Apollo sabia o que estava fazendo; não era algo forçado, até parecia um ato muito desejado.

Desligo o registro do chuveiro, pego uma toalha e me seco, sabendo que teria que voltar para o quarto e consumar meu casamento. Perguntava-me como em um dia vivi tantas emoções, a começar pelo meu aniversário, que era no mesmo dia do meu casamento por aliança. Tive meu primeiro beijo com o homem a quem fui prometida, com direito a mãos firmes envolvendo meu corpo, um ato que me fazia estremecer de uma maneira desconhecida. E, por último, teria meu primeiro contato sexual.

O que mais poderia acontecer?

Volto a vestir a peça que tia Antonella havia me dado. No momento, não tinha outra, então teria que repetir a mesma. Junto toda a minha coragem e saio do banheiro usando somente a peça que consistia em ter apenas a parte de baixo. A porta de vidro, antes aberta, agora está fechada, com as cortinas puxadas. Mordo meu lábio nervosa, cerro meu punho, cravando as unhas em minha pele. Sabia que não teria volta, mas, cedo ou tarde, isso aconteceria. Então, preferia me adiantar enquanto ainda tinha um pouco de coragem.

Feita para o mafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora