APOLLO AGGELIDIS: um homem com um passado doloroso, é conhecido por ser um monstro cruel que assassinou sua própria família. Ele é temido por toda a Grécia.
Todos o temem.
Muitos especulam.
Contudo, nem sempre é o que parece: Apollo realmente é um h...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
14 anos de Apollo
Olho a quantidade de mulheres nuas e seminuas sobre o palco, desvio o olhar fitando o homem que se diz meu pai, com um sorriso divertido no rosto.
— Vai, escolhe uma. — bufo incrédulo, negando com a cabeça. Esse homem nunca soube a palavra limites.
— Eu não quero — disse firme, sem medo. Depois da morte de Ana e mamãe, Apollo me fazia sentir tudo, menos medo. Não era o mesmo garoto ingênuo e medroso.
— Você não tem que querer. Por quê? Nada do que eu faço lhe agrada, meu filho — sorrio cínico, sentindo minhas veias queimarem de ódio.
— Não me chame de filho. — digo entre dentes, controlando a vontade de dar um soco em sua cara.
— Mas é isso que você é.
— Deixei de ser no dia que você matou sua filha. Lembra da minha irmã Anastasia? — Enfrento-o no meio da boate, sem um pingo de vontade de ficar ali.
— Não volte a repetir esse nome. Agora escolha uma mulher que te agrade. Hoje você vai se tornar um homem. — Viro-me, dando-lhe as costas, pronto para sair dali.
— Você não quer que nada aconteça com Filomena, não é? Então sugiro que escolha uma mulher. — Apollo sabia como me chantagear; ele sabia como me prender e fazer todas as suas vontades. Não poderia perder a única pessoa que se importava comigo; não poderia me culpar por mais uma morte.
Cerro meus punhos, contendo minha raiva, e dou meia volta, vendo um sorriso presunçoso em seu lábio.
— Então, quem você escolhe? — Insatisfeito, olho em direção ao palco, sentindo nojo. Não queria fazer aquilo. — Se não escolher, eu escolho por você.
Me perguntava como meu pai se transformou em uma pessoa tão cruel e desprezível. Isso só me fazia ter mais certeza de que nunca seguiria com o sangue podre dele.
Nunca!
Jamais!
Observo uma mulher se aproximar, seu corpo seminu, tampando-se apenas com uma pequena calcinha, deixando seus seios à mostra para qualquer um que quisesse ver.
Menos eu.
Senti meu estômago embrulhar. Nem na minha primeira vez eu teria o direito de decidir. Gritava em pensamento, pedindo algum tipo de socorro. Como iria ficar com uma mulher que eu não queria?
— Esse é meu filho. Quero que cuide dele. — O velho fixou o olhar para a mulher, fazendo a mesma assentir.
— Que rapaz bonito! Você vai ser, baozinho, não é? — Cravei minhas unhas em minha mão, ignorando sua pergunta. A mulher pegou em meu braço para que eu a conduzisse. Me aproximo de Apollo, dizendo: