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Fecho a porta do quarto, vendo Violetta caminhar até a varanda

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Fecho a porta do quarto, vendo Violetta caminhar até a varanda. Ainda estava surpreso por ela entender meu idioma. Sabia que Violetta havia estudado grego; porém, pensei que, como ela não o colocava em prática, não entenderia.

— Seu quarto é lindo. — ela diz, sentando-se em um sofá de canto.

— Nosso quarto. — caminho até ela, puxando-a para se sentar em meu colo. — Foi preparado para sua chegada. — ajeito seu cabelo, fazendo-a sorrir.

— Eu gostei muito e acho que ficaria ainda melhor se eu pudesse montar meu telescópio. Essa parte aberta do quarto deve ficar linda de noite, com o céu todo estrelado.

— Como já disse, essa agora é sua casa. Faça o que quiser. — puxo-a, fazendo-a deitar em meus braços. — Você está tão linda. — faço um leve carinho em sua bochecha, vendo seu sorriso se alargar.

— Quem é você, Apollo? — Violetta questiona, olhando-me com aqueles olhos lindos que, toda vez, me faziam sentir tremores. Era como se ela pudesse saber tudo somente com a intensidade do olhar.

— Sou um homem ferido, um que não merece alguém tão preciosa como você.

— Não permita que as feridas que você carrega te transformem em uma pessoa que você não é.

— Você acha que eu me escondo atrás das minhas feridas? — Sigo no assunto, querendo saber sua opinião sobre mim.

— Eu acho que você não se parece nada com o que as pessoas dizem... pelo menos comigo. Você tem um olhar machucado e, às vezes, ele expressa uma dor tão profunda que sinto um aperto estranho no peito. — Ouço tudo atentamente, sem deixar de fazer carinho em seu cabelo. — Gosto muito deste Apollo que estou conhecendo.

— Ontem foi o aniversário de morte da minha mãe e minha irmã. — Simplesmente conto isso por me sentir confortável.

— Eu sinto muito. — Violetta se levanta, envolvendo meu corpo em um abraço, retribuo  me sentindo relaxado com seu cheirinho doce. Seu corpo é tão pequeno que tenho medo de apertá-la com força.

Definitivamente, essa mulher tinha sido feita para mim.

— E eu fazendo perguntas sem sentido em um dia tão sensível para você — sei o que ela queria dizer. Violetta se referia quando me perguntou se Anastasia era minha amante. Na hora, não fiquei com raiva, até porque ela tinha jogado uma bomba em cima de mim, revelando que era apaixonada por um homem que, no final, acabou sendo eu. Era hilário pensar que eu queria acabar com minha própria vida. A pergunta de minha esposa, naquele momento, me deixou confuso com sua conclusão sem sentido, que para ela tinha todo sentido.

— Não tinha como você saber. — falo quando ela desfaz nosso abraço. Coloco a mão no meu bolso, sentindo a peça fria entrar em contato com minha pele. — isso foi a única coisa que me restou. — ergo a corrente com o nome da minha irmã.

Feita para o mafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora