APOLLO AGGELIDIS: um homem com um passado doloroso, é conhecido por ser um monstro cruel que assassinou sua própria família. Ele é temido por toda a Grécia.
Todos o temem.
Muitos especulam.
Contudo, nem sempre é o que parece: Apollo realmente é um h...
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Verificava o trabalho dos meus soldados. Normalmente, quem fazia isso era Jason ou Adônis e Sebastian; contudo, pelo visto, eu não podia confiar nas únicas pessoas que menos esperava me trair.
Mesmo que uma parte minha doesse e custasse a acreditar que poderia ser um deles, tudo fazia sentido. Eles eram quem eu mais confiava, os únicos que tinham isso de mim. Agora entendo como facilmente minhas cargas eram roubadas ou sabotadas.
Tudo começava a fazer sentido.
Faziam um grande esforço para não demonstrar minha decepção e acabar com meu plano.
Mas, porra, ver que Violetta corre perigo e que o perigo está dentro da minha própria casa me tirava de todos os eixos.
Pensava em várias teorias à procura de respostas, e tudo me levava a nada. Quando voltasse a Santorini, colocaria meu plano em ação; não poderia esperar até que algo pior acontecesse, pois isso poderia custar a vida da mulher que amo.
As imagens das câmeras não estavam ajudando; era como se meu inimigo soubesse que estava sendo vigiado, o que era surpreendente, já que não havia comentado nada com ninguém.
***
Depois de horas checando tudo, sigo para minha sala, onde Violetta me aguardava. Com certeza, ela deveria estar entediada por tanto esperar.
— Espero que esteja com fome — digo ao passar pela porta, me sentindo um filho da puta ao ver Violetta dormindo no sofá de canto, toda encolhida.
Me curvo em sua frente, alisando seu rosto angelical.
— Pequena, acorda — ela se remexe e, depois de alguns segundos, abre os olhos sonolenta.
— Já podemos ir? Minha barriga implora por comida — sorrio, achando fofa a maneira preguiçosa com que ela falou.
— Sim, vamos. — Ajudei minha esposa a se levantar; ela ajeitou a tentação que era aquele vestido em seu corpo, que deixava meus olhos hipnotizados nela.
Saímos da boate e fui como uma muralha atrás do corpo da minha esposa, escondendo-a de olhos curiosos que cobiçavam seu corpo perfeito.
Não permitiria que olhassem para minha mulher.
O caminho até o restaurante foi silencioso. Violetta olhava tudo com atenção; eu admirava como ela ficava animada com coisas tão simples, e isso a tornava ainda mais perfeita para mim. Tê-la ao meu lado neste momento me deixava mais calmo. Estar em Atenas era como reviver tudo de ruim, já que foi nesta cidade que tudo aconteceu. Eu me sentia enjoado somente por andar nessas ruas, por estar aqui.
Contudo, tinha que encarar meus tormentos. Minha mãe não gostaria que eu ficasse empacado no passado, e estar aqui em Atenas era o primeiro passo.
Desvio minha atenção para Violetta, que murmurou algo. Ela olhava pela janela com uma cara de nojo.
