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Abro minhas pálpebras preguiçosas e me recordo da conversa que tive com meu marido no banheiro em relação a filhos e sexo sem proteção

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Abro minhas pálpebras preguiçosas e me recordo da conversa que tive com meu marido no banheiro em relação a filhos e sexo sem proteção. Ali percebi que Apollo tinha realmente medo de ser pai; também não era para menos, já que seu pai foi um monstro. Apollo não teve uma boa referência de pai, e eu entendia isso.

Mas se isso interferisse nos planos futuros de ter filhos, teríamos um grande problema.

Apollo não teve uma boa criação com o pai, o mesmo não era uma pessoa boa e ainda foi capaz de matar sua filha a sangue frio. Mas isso não significava que meu marido seria um pai ruim.

Amélia, por exemplo, não teve uma mãe boa e sempre fez mal à filha, e ainda teve a capacidade de matar seu marido por inveja da mesma. Amélia teve maus exemplos por parte da mãe; contudo, se tornou uma grande mãe para Breno e Kian.

E eu acreditava que Apollo seria um bom pai porque ele não iria repetir os mesmos erros que o pai dele cometeu com ele e com a família dele; pelo menos, era isso em que eu acreditava.

Só bastava ele querer.

Contudo, só em mencionar a palavra "filho", meu marido se arrepiava e ficava todo tenso.

Sento-me na cama, vendo sobre a cômoda um bilhete acompanhado por um copo de água e uma pílula. Pego o pequeno papel que contém a escrita do meu marido, me lembrando de tomar o remédio. Apollo realmente é maníaco com essa história de futura gravidez.

Bebo a água, tomando a pílula de anticoncepcionais, e sigo em direção ao banheiro para dar início ao meu dia, porém com este assunto na cabeça.

A maneira grossa e arrogante com que Apollo falou me deixou decepcionada. Acho que essa foi a primeira vez que ele levantou a voz para mim. Apollo fugiu do assunto e agora entendia o motivo dele sempre dizer que usa proteção.

Ele tinha medo de futuros filhos.

E esperava verdadeiramente que esse medo fosse passageiro.

***

Deslizo a mão no corrimão da escada conforme desço os degraus e sigo até a sala de estar, ouvindo vozes soar no cômodo. Chegando lá, avisto Amélia e Cordélia tomando café da manhã juntamente com Cicila.

Me sento, cumprimentando a todos, e me apresso em tomar café da manhã.

— Seu café, Vilu, está do jeitinho que você gosta — Frederica coloca a xícara em minha frente, e eu lhe retribuo com um sorriso e logo digo "obrigada".

— Hum, parece estar perfeito, Frederica. Confesso que estava com saudades — a senhora sorri carinhosamente. Frederica já está há muitos anos trabalhando com a nossa família, tanto que cuidou de mim e dos meus primos quando éramos crianças.

— Como está a vida de casada, Violetta? — Direciono o olhar à ruiva que perguntou, curiosa. — Todos ficamos surpresos em ver que vocês estão se dando bem.

Feita para o mafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora