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𝐌𝐚𝐫𝐚𝐭𝐨𝐧𝐚 𝟏/𝟒

_Micaela_

....Sábado....

— Oi, mãe. Bença? — Falo assim que sou abraçada pela minha mãe quando abro a porta de entrada da minha antiga casa.

— Deus te abençoe — Responde e eu dou um beijo na testa dela, logo sinto um tapa no braço — Isso é para você aprender a não esquecer que tem casa.

— Aí mãe — Resmungo.

— Cadê sua namorada? — Me ignora e pergunta, olhando para trás de mim.

Eu segurava uma mala pequena da Ângela na mão e a outra estava segurando a mão dela firmemente, ela estava nervosa durante o caminho todo e falando que não ia conseguir ficar em pé por muito tempo.

Eu sei o motivo do nervosismo dela e eu não vou deixar nada fazer ela ficar triste.

— Oi, senhora — Ângela fala ficando do meu lado, vejo a surpresa passar pelo rosto da Rosalina, Ângela fica mais tensa.

— Oi, querida. Pode me chamar apenas de Rosalina — Responde minha mãe, me olhando de relance.

Fico observando as duas.

— Eu sou Ângela — Diz, coçando a garganta.

O ar fica pesado depois, Ângela olha para mim e eu olho para minha mãe séria.

— Podem entrar, o jantar está quase pronto e seu pai e o seu irmão estão na sala de jantar — Diz Rosalina, andando para dentro de casa.

Olho para Ângela que estava olhando para as costas da minha mãe, ainda com o corpo tenso.

— Ela não gostou de mim — Diz — Ela viu que sou mais velha que você, Micaela... Isso não vai dar certo, seu pai não vai gostar de mim também e pior, ele pode me demitir — Fala tensa, me olhando com relutância.

— Quem tem que gostar de você é eu, Ângela. Eu te trouxe aqui para eles conhecerem você, apenas apresentar — Digo séria — Eles não tem que gostar de nada aqui e você vai continuar trabalhando — Trago ela para mim e dou um beijo na testa dela, sentindo ela relaxar os ombros um pouco — Eu te amo — Falo baixo perto do rosto dela.

— Está bem — Responde, respira fundo— Também te amo — Me dá um selinho rápido e entra dentro da minha casa.

Vou atrás da Ângela depois de colocar a mala dela no canto, perto da porta, olho cada reação do corpo dela enquanto ela anda graciosamente, mesmo tensa, ela não perde a postura.

Ângela estava bem nervosa e tensa sobre estar aqui por causa do meu pai, ela fica falando sobre o trabalho e da minha família não gostar dela por ela ser mais velha que eu.

Mas uma coisa ela sabe e vocês sabem, perto de mim ela não sai, dela eu não largo.

— Podem sentar, meninas — Rosalina fala e eu me sento de frente para Henrique que nem olha na minha cara.

Ângela senta do meu lado, de frente para Rosalina. Meu pai estava na ponta da mesa, me olhando com a expressão fechada e rigorosa. Sinto Ângela ficar petrificada no lugar olhando para meu pai.

𝐃𝐨𝐦𝐢𝐧𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐌𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐏𝐫𝐨𝐟𝐞𝐬𝐬𝐨𝐫𝐚Onde histórias criam vida. Descubra agora