Desejo Mortal - Vinnie Hacker

45.

Madelyn Lewis

- Tá, a gente distrai eles. - Avani disse, com aquele sorriso típico de quem já tinha um plano.

- Precisa ser rápida. - Nessa acrescentou, mas seus olhos carregavam um brilho de diversão.

- Eu vou. - Declarei, enquanto ajustava o vestido preto apertado que moldava meu corpo como uma segunda pele. Escolhi um tênis da mesma cor, algo prático para a missão.

Avani riu, meneando a cabeça.

- Você é louca.

- Ele não manda em mim. Se eu disse que vou, é porque vou.

- Tá certa, maravilhosa. - Nessa me aplaudiu com entusiasmo. Nós rimos juntas.

Eu me olhei no espelho uma última vez, ajustando o cabelo. Havia algo de libertador em desafiar Vinnie. Ele podia tentar me controlar, mas ninguém me controlava.

- Tá bom, vão lá. Vou descer pelos fundos.

Elas concordaram, e eu saí. Minhas pernas se moviam com rapidez e precisão, minha respiração estava firme enquanto descia as escadas. Passei pela área da piscina, o reflexo da lua na água reluzia como um espelho prateado. Assim que alcancei a frente da casa, vi o grande carro preto de Vinnie estacionado.

Olhei ao redor. Nenhum segurança à vista... ainda. Me movi em silêncio, fui até o carro e abri o porta-malas. Com um último olhar para garantir que ninguém me via, entrei e fechei a tampa. Meu coração batia acelerado, uma mistura de adrenalina e excitação.

O tempo passou lentamente, mas logo ouvi vozes.

- Jaden e Jordan vão em outro carro. Quero falar a sós com John. - A voz de Vinnie soou firme e autoritária.

- Tá bom, Vinnie. - Jordan respondeu, com um toque de respeito.

Ouvi a porta do carro abrir e fechar, seguida pela voz inconfundível do meu pai.

- Amo esse carro.

- É maravilhoso. - Vinnie respondeu com uma leve risada.

Senti o motor roncar, e o carro começou a se mover. Meu coração batia tão rápido que parecia ecoar no silêncio.

- Então... - Meu pai começou, com um tom casual. - Já transou com a minha filha?

Meus olhos se arregalaram. Quase deixei escapar um suspiro de incredulidade. Ouvi Vinnie tossir, seguido de uma risada desconfortável.

- Sério essa pergunta?

- Sou seu amigo, cacete. Só estou perguntando.

- Você não é meu amigo. É como um pai pra mim. E o pai da garota que eu transo todo dia. - Arregalei mais ainda os olhos com as palavras de Vinnie, eu estava vermelha de vergonha.

- Filho da puta. - Meu pai respondeu, e ouvi o som de um tapa. Vinnie gargalhou alto, e meu pai acabou rindo junto.

- Cuide dela, garoto. Ela ama você, consigo ver isso no olhar dela.