Epílogo

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Madelyn Lewis
7 anos depois

- Vicent Hacker, cadê você!

- Fudeu. - Ouvi a voz grossa do homem do outro lado da porta do escritório.

Abri a porta rápido, ele estava sentado na sua enorme poltrona que insistiu em gastar milhões nela, alegando que é super confortável. Mas não é.

- Onde você estava? Te liguei o dia inteiro, liguei para os meninos, ninguém me atendeu, aí agora você entra em casa sem dizer nada e já vai se enfiar na porcaria da sua poltrona e no seu computador?

- Gastei muito dinheiro nesse computador e nessa poltrona, não chame de porcaria. - Sua voz saiu séria mas ao mesmo tempo brincalhona.

- Não estou brincando! - Falo irritada.

- Nós estávamos realmente ocupados, amor, a reunião foi complicada, sem contar que a empresa está tendo problemas, não consegui ver o celular, me perdoe amor.

- Ridículo, assim que eu ligar você deve atender, precisa estar com esse celular alto e sempre no seu bolso.

Ele ficou quieto olhando para baixo, mas depois levantou o olhar e sorriu malicioso.

- Está com ciúmes? - Ele pergunta.

- Ciúmes?!

- Está sim haha

- Que ciúmes Hacker? De quem eu teria ciúmes?

- Da Melinda. - Eu odeio quando ele fala esse nome.

- Já disse para não dizer o nome dessa vagabunda.

- Qual é, ela me ajuda muito nas coisas do trabalho. - O sorriso, aquele maldito sorriso malicioso na cara dele, eu com certeza poderia tirar esse sorrisinho na faca.

Me aproximei estressada, e sem pensar duas vezes joguei o computador no chão, lá se foram milhões de reais no ralo.

- Mas que porra! - Ele gritou e se levantou. - Está maluca?!

- Eu que pergunto, está maluco? Está me desafiando? Eu só deixei aquela vagabunda trabalhar com você porque eu vi que ela realmente precisava do trabalho, e eu sou uma boa pessoa, se continuar de gracinha ela não vai só perder o emprego... Vai perder a vida também!

Ele estava bravo, mas quando terminei de falar o maldito sorriso voltou em seu rosto.

- Você fica tão gostosa com ciúmes amor...

Vinnie Hacker

Madelyn estava pegando fogo.
E quando ela pegava fogo… eu já sabia, ou eu morria, ou eu beijava ela até ela esquecer o motivo de estar puta comigo.

O computador no chão era a prova viva disso.

Eu olhei para o aparelho destruído e depois para ela, respirando forte, prestes a tacar outra coisa em mim se eu desse motivo. Era impressionante como minha mulher conseguia me deixar excitado e com medo ao mesmo tempo, uma habilidade rara, digna de respeito.

Desejo Mortal - Vinnie Hacker Onde histórias criam vida. Descubra agora