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Sentindo-menum lugar mais espaçoso, diferente do que onde tinha adormecido, pensei tervoltado a casa, só que levantei-me depressa e vi que Douglas não estava ao meulado, mas estava no mesmo quarto, o resto era tudo igual, olhei em redor e nãoo encontrei, mas nesse instante a porta abre-se e aparece quem eu procurava, jávestido:

-Iza, tens de te despachar. Eles já estão quase a servirem o pequeno-almoço.

-Não! Quero dormir, por favor. – Voltei a tapar-me com o cobertor dos pés acabeça.

-Esqueceste que és empregada? – Tira-me o cobertor de cima, que o fez olhar parao meu corpo.

-Então, vira-te para outro lado! – Tentando tapar com as mãos e ele responde aminha ordem, virando-se.

-Desculpa, não sabia que dava para ver tudo com esse traje.

-O que é que vistes?!

-Nada, anda lá.

-Passa-me o vestido. – Ele a manda-me o mesmo, visto-me.

-Já está?

-Aperta aqui, se faz favor. – Dando-lhe as fitas para ele apertar do espartilho.

-Pronto.

-Pelo menos tu sabes como não asfixiar-me.

-Isso foi um elogio?

-Não te acostumes.

-Mais vale que nada. Anda lá, que eu te levo até a cozinha para não te perderes.

Chegandoa cozinha, a Edith vê-me com o Douglas e sorri, ele despede-se, disse quevoltava mais tarde, avança em passo acelerado até mim, com um ar ansioso:

-Bom dia, Iza.

-Bom dia, porque vens assim tão sorridente, o que se passa?

-Ah, estou curiosa para saber como correu a tua noite.

-Hum, normal.

-Não pode ter sido só isso. Conta os pormenores todos, como ele é fisicamente eemocionalmente?

-Bem quem parece gostar dele, és tu.

-Claro que não, ele sempre foi simpático, mas nunca pensei em algo mais, apesarde ser bonito, além disso estou a torcer por ti, porque acho que és a raparigacerta para ele. E eu sou muito curiosa, vais perceber isso quando tiverespassado mais tempo comigo.

-Não preciso, estou a ver que és agora mesmo. Hum, o Douglas é simpático comodisseste, mas atrevido e convencido, fisicamente, não reparei muito. – Disseenquanto arrumava tudo para o pequeno-almoço.

-Como não reparaste? Tomaste banho e dormiste com ele?!

-Tentei não olhar quando tomava banho e quando dormia, estava vestido, prontoposso ter notado que ele tem um porte forte.

-Isso já eu sei. Bem, já que não reparaste, vais ter que faze-lo ao final datarde, onde ele vai estar num combate corpo-a-corpo.

-O quê?! Porquê que ele vai lutar?

-Foi o Príncipe Henry V que o escolheu para lutar, diz que é o melhor.

-Para quê?

-É como um desporto, serve de entretenimento.

-Ah ok, é como boxe. – Disse baixo para mim mesma.

-Tu não és mesmo de cá.

Servimoso pequeno-almoço, onde estava o Henry, mas não o Douglas, o Príncipe olhavaumas vezes, mas não veio falar comigo, o que me deixava fula da vida, pois nãotinha esquecido que queria ir para casa, apesar de o tempo que já estava ali,ter feito esquecer drogas, bebidas alcoólicas, mesmo tendo bebido uma vez e amúsica, que era o lado mau, pois tinha um desejo que poder ter outra vez, maisum momento com a minha guitarra, ouvir o som alto que saia das colunas,produzido pelos dedos que passavam nas cordas, o que me arrepiava num bomsentido, nunca senti nada similar com o quer que fosse. Até a hora do almoço,tive com a Edith arrumar quartos, quando era altura da próxima refeição,voltamos a cozinha, entretanto eu e a minha mais recente melhor amiga, que euestava adorar até agora, tenho pena de não lhe puder contar toda a verdadesobre mim, mas não queria arruinar o que tinha conquistado até agora. Na horade almoço, continuei sem ver o Douglas, quando já tínhamos arrumado tudo, foi aaltura de sermos nós a comer, quando estava entretida na conversa com a Edith,vejo o Douglas a entrar, levantei-me logo e fui falar com ele:

-Muito trabalho? – Disse ele, antes que eu dirigisse-lhe a palavra.

-Mais ou menos. Olha, porquê que vais lutar hoje à tarde?

-Estás preocupada?

-Não, era só para saber se vou ficar com a cama só para mim.

-Que engraçada, mas eu sei que estás a disfarçar, por isso sim, vou lutar, tuvais puder me ver, já que vais servir comida lá.

-Vou torcer para que te dêem uns bons socos por mim, já que ontem não conseguinada com cotovelada.

- Faz como quiseres. – Piscou-me o olho e trincou umamaçã que apanhou em cima da mesa.

605 Years Before or AfterOnde histórias criam vida. Descubra agora