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- Não vamos parar agora... - Sussurrou ao meu ouvido.

- Henry... - Só que interrompeu-me ao entrar dentro de mim, com investidas fortes e rápidas, sem conseguir respirar, espetei as unhas em seus ombros, ele beijava-me na boca e no pescoço.

- Diz o meu nome, outra vez.

- Não!

- Isabella! – Disse repreendendo-me por não ter feito o que mandou e por estar em êxtase, que me fez parar de mexer. - Continua... - Falou ofegando.

- Não, Henry! Saí de cima de mim! – Empurrando-o, senti culpa de estar naquela situação, quando Henry disse o meu nome, que me fez lembrar do Douglas ferido e sozinho.

- O quê?! – Investindo com mais força e rapidez.

- Não, Henry! – Gemi porque apesar de não quer cheguei ao cúmulo de excitação, ele fez o mesmo, caindo em cima de mim.

- O que tinhas dito? – Disse em cima de mim, olhando-me nos olhos, sorrindo.

- Saí de cima.

- Iza, qual é o problema, parecia que tinhas gostado, porque estás assim?

- Porque eu já não queria e tu insististe.

- Naquele momento não podia parar, além disso tu já não és virgem, por isso não te magoei, pois não? – Saindo de cima de mim, pondo-se ao meu lado, fazendo festas pelo corpo nu com a sua mão, eu encolhi-me um pouco e virei-me para o outro lado.

- Mas eu não queria, Henry. Não percebes isso?

- Iza, eu pensei que estavas só a fazer-te de difícil, não fiques chateada comigo. – Abraçando-me pelas costas.

- O que te importa se fico chateada ou não? Já me usaste, que diferença faz?

- Pode não parecer, mas desde que tu apareceste, eu não fiz sexo com ninguém, só te quis a ti, és única pessoa que ocupa os meus pensamentos.

- Se te querias declarar, porque não o fizeste antes? Sabes que torna tudo isto, menos difícil?

- Sabes, eu não estou habituado a alguém como.

- Pois só estás habituado a prostitutas.

- Iza, desde do primeiro dia, tu pões-me maluco e hoje quando defendeste assim o Douglas, fiquei ciumento e já sentia saudades tuas de estares no meu quarto, e ao saber que dormes no quarto dele, fiquei pior, por isso é que não me importava o que lhe acontecia na luta, e acabei por ver isto como oportunidade. – Larguei-me dele, sentei-me.

- Henry, tu é que puseste nesta posição, eu quis sempre só uma coisa, ir para casa, tu é que me meteste no quarto dele, lá por dormimos na mesma cama, não quer dizer que façamos outras coisas, eu defendi-o porque ele não merecia aquilo, além disso tu é que devias fazer isso, tu é que és amigo dele. Agora pões-me nesta situação vulnerável e espera aí, tu vais-te casar, devias pensar na mulher que vai ser tua esposa, não em mim.

- O que queres és uma bruxa, deves ter-me enfeitiçado.

- Se o fosse, devia ter-te enfeitiçado para me levares a casa.

- Se não o és? És o quê?

- Já te disse sou de outra época, de 605 anos à tua frente.

- Uh, és mais velha do que eu, gosto delas com experiência. Estás bem conservada.

- Ou seja, devias-me respeitar.

- Mas agora a sério, se não és uma bruxa e tens mais 605 anos do que eu, afinal és o quê?

- Bem, tu acreditas em bruxaria, por isso vou-te contar. Só te peço, não me chames de maluca.

- Está bem, diz lá, que agora fiquei curioso. – Sentando-se mais ao pé de mim, com um ar mais sério.

- É assim, eu acho que sou uma viajante no tempo e espaço. – Disse rápido e suspirei quando acabei de falar, com medo do que ele fosse dizer.

- Uau! Quer dizer que podes ir para qualquer época que queiras, até para o futuro além do passado? – Perguntou com uma cara, toda entusiasmada.

- E eu a pensar que ias-te rir de mim. Bem eu não vim para aqui por quis, aconteceu de um momento para o outro, só me lembro de desmaiar e acordar na tua cama no outro Castelo.

- Eu sei que existe mais coisas das quais, nós ainda não compreendemos, por isso não tenho razão para me rir. Mas quando desmaiaste, não tocaste, viste e/ou cheiraste algo que te fizesse viajar?

- Só se tomei algumas drogas bem fortes, que me façam delirar e bastante. O que me surpreende é teres esse pensamento tão avançado para a época que estás.

- Pensas que é só beleza que tenho, eu não sou assim tão burro.

- Mas confessas ser um pouco burro. – Ri-me, o que fez esquecer o que tinha feito com Henry, apesar de vários contras, ele não é mau de todo.

- Olha lá, pensa bem não houve mesmo nada que tivesse causado isto?

- Ah... Talvez... Hum, não me parece...

- O quê? – Disse muito interessado.

605 Years Before or AfterOnde histórias criam vida. Descubra agora