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- Realmente, sentes isso por mim? – Diz sentindo-se ainda inseguro que o deixava mais adorável do que nunca, e eu nunca tinha tido tais pensamentos em relação a quem quer que seja, não pensei que pudessem ser assim.

- Douglas, nunca fiquei assim com ninguém, além de ti... Agora não sei é se tu queres alguma coisa comigo, já que eu não sou.

- Claro que quero, se não tinha contado. – Diz sorrindo.

- Eu adoro-te.

- Eu também. Agora não sei se vais ter paciência comigo?

- Claro que sim, desde que permitas eu fazer outras coisas... Eu não me importo de esperar. – E eu, normalmente, não gosto de esperar, mas ele estava a mudar-me para melhor, ele torna-me mais gentil.

- Quando quiseres. Bem quanto ao esperar, espero não ser muito mais, porque pareço uma rapariga com essas coisas.

- Não apresses nada por causa de mim, ok?

- Ok.

- Só quando, realmente, quiseres.

- Anda cá. – Puxando-me para ele.

- Não te esqueças que ainda não estás curado. Lá ia eu imaginar isto, ainda por cima, da maneira que és atrevido.

- É o meu disfarce, olha, não contes a ninguém.

- Claro que não, agora faço parte do teu disfarce. – Sorrindo para ele e beijando-o.

Acabamos por adormecer nos braços, um do outro, aos beijos, foi um momento delicioso, espero nunca me esquecer disto, nunca me senti assim, estava nas nuvens, como muita gente diz. De manhã, acordei com ele a mexer no meu cabelo, dormi relaxada, ele me deu um beijo na testa. Vesti-me com ele a observar-me de alto a baixo, enquanto ele disse-me que ia tentar andar um pouco pelo castelo, porque pensava já estar melhor, eu disse-lhe para ter cuidado e eu fui ter com Edith, que me deu tudo o que precisava para receber a princesa Catherine de Valois, inclusive um vestido mais elegante nos tons de azul, fui para entrada do castelo, onde estava a família real com alguns servos e algumas pessoas da corte, o Henry passa por mim:

- Então, estás melhor do teu ataque mental de ontem?

- O quê? Não tive nada disso.

- Quando disseste que preferias o Douglas a mim.

- Ah isso, eu estava mais lúcida do que alguma vez tive ao teu lado e vou continuar com essa decisão.

- Tu ainda vais mudar de ideias.

- Olha e se parasses com isso e te preocupasses com a tua futura esposa que está prestes a chegar.

- Ah ela só serve para ter vantagens financeiras e de território. É a ti que quero.

- E já pensaste no que eu quero?

- Não, porque não tens andando a pensar bem sobre as coisas.

- Henry pára com isso! Eu quero o Douglas! E se puder, voltar para casa, de preferência com ele! – Grito baixo por estar irritada com aquela conversa.

- Ok, ok, eu por agora vou deixar para lá este assunto, mas não vou desistir. Já agora estás linda. – Nesse momento começasse a ver a carruagem com adornos dourados como se tivesse a desfilar o dinheiro que tem até que pára mesmo ao pé de nós, a porta é aberta pelo cocheiro, de lá saem duas raparigas de idades semelhantes a minha e com vestidos parecidos ao meu, por isso calculei que sejam as duas outras damas de companhia e com ajuda da mão do cocheiro, saí uma rapariga de vestido dourado, todo pomposo, cabelo loiro mais natural do que o meu, descendo os degraus da carruagem com elegância, esforçando-se para não cair, assim que toca o pé no chão, dirige o seu olhar ao Henry, confirmando que era a tão esperada princesa Catherine de Valois, deu um sorriso doce a todos que a observavam atentamente, andou até que parou, fazendo um vénia com toda pompa e circunstância, levantou-se sem deixar pose de realeza. – Seja bem-vinda, Princesa Valois.

- Muito obrigado, Príncipe Henry, é um prazer, finalmente, conhece-lo.

- Sinto o mesmo, será ainda um maior prazer, quando nos conhecermos ainda melhor. – Diz fingindo-se de simpático, pois eu sabia que aquilo era só obrigação, no entanto ela sorri genuinamente em resposta.

- Esta linda moça será a minha nova dama de companhia? – Apontando para mim com a cabeça, eu virei-me logo.

- Sim, infelizmente, foi o que conseguimos arranjar, mas se não tiver conforme a sua satisfação, avise que nós mudamos. – Fala o Henry, tentando ser indiferente a mim.

- Veremos. Como te chamas?

- Isabella Thompson, Alteza, mas pode-me tratar por Iza. – Digo enquanto faço uma reverência.

- Cá entre nós, podes-me chamar de Cat. – Sorrindo deforma gentil, o me faz fazer exatamente o mesmo, ela parecia ser simpática ouserá que era daquelas que se finge ser boazinha só a frente da querido futuroesposo e depois quando estamos sozinhas, é uma estúpida de primeira, bem comoela disse, veremos.

605 Years Before or AfterOnde histórias criam vida. Descubra agora