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Nos dias seguintes, eu parecia daqueles desenhos animados sempre alegres, a Edith e a Princesa, até estranharam o meu comportamento, então andavam-me a encher de perguntas:

- Iza, o que se passa para que a minha dama de companhia esteja tão contente? Não é que eu tenha algo contra, até muito pelo contrário, gosto de estar rodeada de gente feliz.

- Ah nada, é só o Douglas.

- Oh lá lá. Só o Douglas, pois... Deixa que te diga, que arranjaste um cavalheiro não só giro, como tu dizes, mas também muito simpático e parece muito apaixonado por ti, assim como tu pareces estar por ele.

- Eu sei... - Lembrando-me do Douglas.

- Bem, tu só faltas flutuar no ar, da maneira como estás. Fico feliz por ti. Gostaria que o Henry fosse para mim como o Douglas é para ti. – Diz fazendo desaparecer o seu sorriso.

- Princesa Cat, eu gostaria de lhe agradecer muito esta oportunidade que me deu para ser a sua dama de companhia, é realmente um prazer como nunca esperei ter antes. Muito obrigado.

- Ora, ora, Iza, não tens de quê, e tu já me agradeceste antes, não tens de andar sempre a fazê-lo, eu sei que esta oportunidade não aparece para toda a gente e que nem todos podem nascer em berço de ouro como eu, por isso eu fico feliz de puder ajudar, querida.

- Mesmo assim, obrigado. Quanto ao Príncipe, tem de se aproximar mais dele e seduzi-lo, de modo a que só tenha olhos para si.

- Foi o que fizeste ao Douglas?

- Não sei, talvez... - Digo sorrindo.

A Princesa Catherine assim fez como eu disse, andava a melhorar as suas artes de cortejo, claro que não podia ser muito atrevida, mas estava a ir muito bem, o Henry já se entretinha muito com ela, acho que estava a começar a dar-lhe valor, o que fez com que desviasse a sua atenção de mim, durante alguns momentos nas festas, de modo a estar mais a vontade com Douglas, no entanto andava muito atarefado com o plano de fugirmos juntos, por isso não tinha quase tempo para estar comigo, então entretinha-me a passar tempo com Edith, tinha sempre indiscrições para me contar sobre aqueles que frequentavam a corte real, ela é tipo a minha revista pessoal sobre as fofocas dos famosos, eu ri-me da maior parte, já que era quase tudo disparates, mas também tem tempo e dinheiro para isso.

Mais tarde depois de mais uma festa, fui até ao quarto do Douglas, pois é, apesar de ter sido nomeada dama de companhia da Princesa, fiz questão de continuar com Douglas e eu vi qual seria o meu quarto, se deixasse o meu "namorado", e é muito melhor, mas não me importa, porque sem ele, não seria a mesma coisa, cada vez ando mais lamechas ou será romântica? Não sei, também nunca experimentei esta faceta antes. Quando entrei no quarto, o Douglas agarra-me, fecha a porta e tapa-me a boca com a sua mão:

- Shhh... Temos de falar muito baixo, para ninguém ouvir os nossos planos.

- Está bem. – Falo num tom quase a sussurrar e nós sentamo-nos na cama.

- Então, ouve com atenção. Já preparei tudo para amanhã à noite, para fugirmos, por isso tens de arrumar tudo que seja teu.

- Ok, é para já. – Digo sorridente.

- Depois de termos tudo arrumado, levamos as coisas, juntamente com mantimentos que arranjei, até aos dois cavalos que escondi, só para nós, como já sabes montar. Então amanhã fazes tudo, normalmente, sem mostrares sinais do que vamos fazer, depois saímos a cavalgar de madrugada, depois a viagem deve durar uns dois dias, sem imprevistos.

- Muito bem, estou a ver que planeaste tudo. Este é o meu amor. – Atirando-me para cima dele e abraçando-o.

- Não foi nada demais.

- Ainda por cima, és modesto. És tão fofo. – Digo e beijando pelo pescoço dele em seguida, desde da sua orelha até ao seu peito.

- Iza...

- Que foi? Não estás a gostar? – Saindo de cima dele e olhando nos seus olhos cheios de desejo.

- Não...

- Não?!

- Espera, eu quero dizer que sim, estou a gostar muito, eu ia a dizer primeiro para continuares e para não parares. Anda cá. – Diz puxando-me para cima dele de novo e beijando-me, ferozmente, como um ser insaciável.

- Está bem, está bem... - Sem me deixar dizer mais nada, deita-me na cama, tira a parte de cima da sua roupa, o que faz com que as minhas mãos passassem pelos abdominais pouco definidos, mas lindos na mesma, como se fosse puro magnetismo, ele beija-me no pescoço, enquanto tenta tirar o meu espartilho, eu ajudo-o, já que se mostra atrapalhado, levanto-me da cama, sem largar os lábios do meu querido Douglas, tiro o espartilho, o vestido mais grosso, ficando só com a minha túnica branca, quase transparente, ele com as suas mãos nos meus ombros, vai deslizando a única peça de roupa que ainda tenho, pelos meus braços, escorregando até os meus pés, assim revelando o meu corpo nu, deixando o Douglas paralisado a olhar para mim de alto a baixo, acho que ele não sabe o que fazer ou dizer.

- Tu és... Linda!

- Ah, obrigado. – Deixando-me pela primeira vez, com vergonha e corada.

- É verdade.

- Tu já tinhas visto mais alguém nu como eu estou agora?

- Claro que sim, mas ninguém assim tão bela como tu.

- Já percebi, não te vais despir?

- Ah sim... - Agora foi a vez de ele ficar com vergonha e corado.

- Posso? – Pedindo para o despir e para ver aquilo que não tinha reparado com atenção, quando tomamos banho juntos, tirei os nós dos fios que prendiam as suas calças, descendo-as logo para baixo e revelando o que nunca tinha sentido antes, esta atração tão forte assim por um homem, como sinto pelo Douglas que faz-me ferver, ele pode não ser selvagem como o Henry, pois ele é querido e gentil, mas faz-me sentir muito mais do que com o Príncipe, ou seja, tudo o que sinto agora é verdadeiro, agora sei o que é amor e paixão, confirmando isso, ele pega em mim e deita-me na cama.

- Não te sentes desiludida pelo que vês?

- O quê?! Claro que não. Tens a certeza disto? – Responde-me beijando-me.

605 Years Before or AfterOnde histórias criam vida. Descubra agora