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Quando cheguei ao quarto, o Douglas pousou logo o olhar em mim, comemos, ele estava faminto, conversamos, falei-lhe do meu tempo, apesar de ele não perceber muita coisa, acho que ele nem ouvia maior parte, pois estava com olhar penetrado em mim, quando falou queixou-se de ter que estar tanto tempo deitado, mas eu o ameacei-o caso ele se levantasse, tratava-lhe da saúde e ele obedeceu. Mais tarde, voltei para o trabalho apesar de o Douglas não querer, tivemos a preparar tudo para a chegada da princesa Catherine de Valois, foi quando informei a Edith que ia ser uma dama de companhia, ela deu-me os parabéns, mas ficou triste, porque já não me ia estar tanto por perto, eu tentei-a animar, resultou um pouco, já que lhe prometi que ia visita-la todos os dias se conseguisse. Quando finalmente, acabamos, cheguei ao quarto, estafada, exaustada, ele estava a dormir, quando me deitei na cama, ele sentiu e chegou-se mais para ao pé de mim, abraçando-me, ficando com cara no seu peito, aquecendo-me:

- Estás bem? – Perguntou ele.

- Agora sim.

- Ainda bem que pensas assim. Olha, mais cedo queria-te perguntar mas esqueci-me, tu não sabes como voltar para o teu tempo?

- Eu não sabia que íamos parar aqui, eu queria ir para o noroeste de Inglaterra, onde fica a cidade onde moro no meu tempo, Liverpool. O Henry tinha dito que íamos, mas pelos vistos nada feito.

- Não fiques assim, hei-de descobrir uma maneira de te levar até lá, mesmo que signifique ficar sem ti.

- Não sei o que faria sem ti, és querido e gentil comigo, como pude pensar tudo aquilo de ti quando nos conhecemos. – Ri-me a lembrar-me, pois parecia ter acontecido há muito tempo.

- É normal, não me conhecias realmente e admito que eu também não tinha uma grande primeira impressão de ti.

- É o que dá tirar conclusões precipitadas... - Aproximando-me da sua cara.

- Pois é... - Ele também diminuiu o espaço que havia entre nós, fazendo festas nos meus cabelos. A nossa respiração ficava cada vez mais pesada, trocamos olhares entre as nossas bocas, desceu a sua mão até a minha bochecha, formigando a minha pele com o seu toque, tinha a minha pulsação 100 km à hora, parecia que tinham me injetado adrenalina, só ansiava que os seus lábios me tocassem, mas ele estava a demorar séculos a fazê-lo, no entanto não sei porquê não o queria apressa-lo, esta espera parecia estar a excitar como os seus olhos cor de lama vidrados em mim, se calhar ele nem sabe que o desejo, mesmo depois de tudo com o Henry, pelo menos eu acho que merecia alguém como o Douglas. – Acho melhor irmos dormir... - Diz com uma voz que pouco se ouve.

- Eu acho que não... - Mordendo o lábio, assim que ele vê isso, cola os seus lábios aos meus que parecia resultar numa explosão, a minha língua prova a sua boca, que é doce, ele passou o braço por baixo de mim, pela cintura, juntando-me mais a ele, sentindo-o volume entre as suas pernas, logo a seguir pára de repente.

- É melhor pararmos. – Diz recuperando o folego.

- Porquê? Fiz algo de errado? O que aconteceu? – Falei de forma nervosa, parecia a minha primeira vez, até pior, porque na altura não estive tão ansiosa como agora.

- Não, não... Tu não fizeste nada de mal... Sou eu, ainda não estou curado e estava a doer-me o braço. – Fazendo festas na minha bochecha e desviando o olhar de mim como se escondesse algo.

- Tens a certeza que é só isso? Podes-me contar o quer que seja...

- Ah... - Tirou a mão de mim e passou-a pelo cabelo.

- Douglas, conta-me e eu sei que não é o braço porque ainda o tens debaixo de mim.

- Desculpa...

- Quer dizer mentes mal, mas não tens de pedir desculpas. Conta. – Digo agarrando o seu rosto nas minhas mãos.

- Ah, é bocado difícil... Vais-te rir.

- Não vou nada, prometo.

- É que eu sou... - Ele parecia estar com vergonha, nunca o tinha visto assim.

- És o quê? Estás a assustar-me.

- Tem calma, é que não se para ti é importante ou não e vai fazer-te mudar de ideias em relação a mim.

- O quê?

- Iza, depois de contar então pelo menos promete que ficamos amigos.

- Tu já és um dos meus melhores amigos, acho que nada irá mudar isso.

- Ok, agora não te rias.

- Já prometi, não foi? – Dando-lhe um beijo na bochecha para o acalmar.

- Eu sou... Virgem. – Quando o diz, ainda pensei que fosse horóscopo, eu sei que minha ideia é estúpida, mas foi primeira coisa que me lembrei e automaticamente, sem saber abri a boca, admirada. – Diz alguma coisa...

- Ah, tu és mesmo virgem... Quer dizer, tu sabes o que é ser virgem?

- Sim, Iza, tenho a certeza.

- Mas tu fizeste aquilo na floresta comigo...

- Posso ser virgem, mas não quer dizer que seja um santo. – Diz de maneira séria que me faz rir. – Então disseste que não te rias...

- Desculpa, foi como disseste a frase, então tu és só virgem naquela parte?

- Sim. – Fala envergonhado, mas da maneira mais fofa que alguma vez tinha agido, ele é tão querido, nunca me tinha dado com um virgem, pelo menos que eu saiba, logo ele que me faz ficar nervosa como nenhum outro.

- Oh, Douglas, não tens de ter vergonha, não é nada de mal.

- Sim, mas agora que sabes, não vais querer nada comigo já que tu não és. Eu não tenho experiência.

- Não me importa, tens experiência noutras áreas comofizeste na floresta. Tu és o único que me faz sentir realmente algo profundo enão quero saber de mais ninguém. – Ao ouvir, abre um sorriso enorme parecendouma criança e dando-me um beijo intenso.

605 Years Before or AfterOnde histórias criam vida. Descubra agora