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Na manhã seguinte, abri os olhos, vendo logo o rosto de Douglas, observando-me e fazendo festas no meu cabelo:

- Bom dia.

- Bom dia, querida. Sabias que dormes a sorrir? – Dando-me um beijo na ponta do nariz.

- Acho que só faço isso, desde que comecei a dormir contigo e depois da noite que tivemos, acho que seja o mais natural.

- A sério? Eu estive bem?

- Hum, não sei...

- Diz lá.

- Ok, foste o melhor que já tive, mas é normal, já que eu te amo, deve ser por causa disso que soube tão bem.

- Eu também te amo, minha Iza.

- Tua?

- Sim, depois de ontem, para mim é como se fosse um casamento entre os nossos corpos.

- Estás a pedir-me em casamento?

- Porquê? Se o fizesse, tu aceitarias?

- Não sei, tinha de pensar, mas era bem provável.

- Hum... - Parece ter ficado um pouco desiludido.

- Olha é melhor irmos trabalharmos, vemo-nos logo.

Passei o resto do dia com tarefas, falei com a Princesa e a Edith, despedindo-me delas, sem que se apercebam disso, eu ia ter saudades delas, já que foram as únicas amigas que fiz em muito tempo. Para o final do dia, estava a ir a cozinha, quando sou agarrada pelo Henry, comecei a pensar o que ele queria desta vez, será que tinha descoberto o meu plano e do Douglas?

- Então soube por umas criadas, que tu e o Douglas andaram a faze-lo, ontem à noite, é verdade?

- E se for, não tens nada a ver com isso.

- Não me desafies, Iza. – Disse cuspindo com raiva.

- Já te disse que não tenho medo de ti.

- Então é verdade, o que me chegou aos meus ouvidos.

- Quem te contou? Ou mandaste alguém me seguir?

- Não, é que como tu e o teu querido Douglas são o casal sensação no castelo, as criadas ouviram vocês a gemerem no quarto, então essa indiscrição anda a percorrer por todo lado.

- E daí, eu gosto do Douglas e ele de mim, aliás nós nos amamos. Era o querias ouvir? Agora deixa-me em paz! Não tens uma noiva para te preocupares? – Comecei a andar, afastando-me dali.

- Isto não fica assim, Iza! – Dando um murro na parede de pedra.

Depois de ter feito mais um dia de trabalho normal, volto ao quarto, o Douglas já me esperava com um sorriso nos lábios como eu:

- Olha, posso vestir a minha roupa normal, da minha época?

- Acho que sim.

- Ainda bem, é que estou farta desta roupa.

- Mas esta fica-te bem.

Visto a minha roupa, do dia em que vim para esta época, mesmo a frente do Douglas, já não me importo, devido ao nosso nível de intimidade.

- Afinal tudo te fica bem. Mas essa tua roupa é muito atrevida. – Olhando-me com desejo.

- Tem calma, agora temos de ir embora, lembraste?

- Ah ok. Vamos.

Pegamos nas coisas todas, já que ele não tem muita coisa, por isso leva os mantimentos, saímos do castelo, vamos até a floresta e numa árvore, estão atados os dois cavalos, um preto e outro castanho que é o meu, pomos as coisas nos cavalos e desatamos as cordas que os prendem, o Douglas ajuda-me a subir para o cavalo, depois ele também monta o seu e cavalgámos lado a lado.

605 Years Before or AfterOnde histórias criam vida. Descubra agora