Elementais das Trevas - Os Cavaleiros do Inferno #2

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Selene arquejou e sentiu os ombros de Maze retesar ao lado de si. A suspeita era seu interesse pela chave na qual não a possuísse? Ela não achou nada de errado nisso.

— Não estamos certos sobre esse assunto, Benjamin. – disse Jason – Não é o momento para contar. Afinal, contaremos apenas quando...

— Oh, não é isso, General Walker. – Chronos balançou a mão impacientemente. – O interesse que esta jovem tem é de grande suspeita, não é? Em relatórios dos Exorcistas, principalmente de Hayden, diz que demônios pediam uma chave para a srta. Midnight, além de constatar logo após de uma breve noticia, que há outros Selecionados nos quais também foram questionados por esses demônios.

— O interesse dela é claro, sr. Chronos. – disse Maze. Por um breve instante, Selene sentiu-se aliviada por escutar sua voz, dizendo algo à um homem completamente maluco com argumentos. – Quando se pede algo para alguém e esta não a possui, é evidente que tenhamos interesse. Midnight é uma adolescente e logo lutando com demônios, claro que irá saber para que fim as criaturas querem uma chave que ela mesma não a possui. Adolescentes são curiosos e impulsivos, sr. Chronos. O senhor já fora um, então saberá.

Selene soube que ele estava a defendendo, agradeceu mentalmente por isso, porém notou que ele a chamou de impulsiva. Ela não era tão impulsiva assim, era?

— Isso é verdade, Hayden. – concordou Chronos. – No entanto, ao ser impulsiva, srta. Midnight não refletiu quando ela mesma se arriscou para perguntar ao demônio o que era a chave. Uma vez que é ordenado para relatar exatamente tudo o que ocorreu em uma Caçada, o Exorcista terá que escrever o que aconteceu com ele. O que relatou e pelo o que foi estudado, você mesmo se arriscou para separar a srta. Midnight de um demônio no qual ela perguntava o que era a chave.

— Nós estamos junto aos Selecionados para auxilia-los – concedeu Maze com seriedade – Certamente iria me arriscar para tira-la diante de um demônio. E isto não foi algo que ela me fez convencer.

— Certo. – Chronos olhou para o lado; para o homem ao seu lado. Ele acenou com a cabeça. – Srta. Midnight, em caso descobrisse o que é a chave, a utilizaria para que fim? – Seus olhos metálicos voltaram-se para Selene, olhando para ela calculadamente.

— Para que fim? – Selene indagou a si mesma em voz alta. – Não está claro? A chave que os demônios querem parece ser algo muito importante e se isso envolve a vida de todos, se eu descobrisse, iria evitar que algo aconteça, assim como o término da invocação de um dos Elementais das Trevas.

— Você parece se importar muito com todos, Selene Midnight. – Disse uma mulher esguia do lado à esquerda da mesa. Selene não se surpreendeu pelo o que havia dito e sim pela sua aparência exuberante e natural: a pele como seda negra, lábios carnudos e desenhados, cabelos cacheados presos em um pano colorido, olhos extremamente verdes, trajando roupas estrangeiras. – Não é todos que se importam com o próximo ou com a raça humana em geral.

— Bom, não é todos que merecem minha preocupação, para falar a verdade. – Selene ergueu as sobrancelhas. Ela mesma sabia que não deveria se preocupar com pessoas que a chamavam de monstro, no entanto. – Me importo com aqueles que querem proteger quem amam. Eu tenho poucas pessoas com que eu me preocupo, porém isso cresceu após chegar aqui e conhecer essas outras pessoas. E – Ela acrescentou, olhando disfarçadamente para o lado, para Maze. – acredito que ninguém queira morrer quando se há desejos sendo construídos enquanto estão vivos. E nem quando alcançam o final desses desejos, pois querem desfruta-los. Então, se os demônios querem destruir e precisam dessa chave, eu tenho o direito de querer saber mais sobre ela.

Após isso, a mulher ao lado de Chronos disse algo baixo para ninguém mais ouvir. Selene os observou; o que eram de Chronos? E as outras pessoas presentes ali, afinal? O Presidente havia dito "General Walker" a Jason, então aquilo significava que o restante eram algo parecido com Generais? Muita coisa não foi explicada ali e Selene ficou ainda mais irritada por isso. Tudo naquele lugar era desnecessário; interrogatórios com argumentos sem lógica alguma. Ela imaginou para que fim, de fato, tudo aquilo levaria.