LEMBRANDO QUE A OBRA ESTÁ REGISTRADA!!
NÃO REVISADO!!Plagio é crime não caia nessa!
LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.
"Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: Pena - detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa"
O capítulo não está revisado, menor porque é a continuação do anterior.
A vida não pode ser escrita a lápis. Você não pode apagar um erro, e corrigí-lo. Mas pode recomeçar em outra linha. - Autor desconhecido.
Acordo com o barulho estridente do celular. Abro meus olhos devagar, a luz me sega momentaneamente. –resmungo. Há tempos eu não tinha uma noite mal dormida. Definidamente procurar sobre Javier não me fez, no fundo sabia que não faria.
Pulo da cama, me lamentar não me levaria a lugar nenhum. Lavo meu rosto, prendo meus cabelos em um rabo de cavalo alto, escovo meus dentes. Visto um vestido alguns centímetros a cima do joelho florido e uma sandália. Pego minhas coisas e vou em direção a cozinha. Lola já estava preparando nosso café.
- Bom dia! –dou um beijo em sua bochecha.
- Bom dia Balvanera, que cara horrível. Nem parece que vai passar um final de semana com o gostoso do professor Juan.
- Não dormi bem... –respondo enchendo uma xícara de café com leite.
- Que chato. –faz uma careta. –Pegou tudo o que precisa? Não se esqueça do protetor solar, lá o sol é muito forte.
- Peguei sim. –o interfone toca. –Deve ser ele, avise que estou descendo, por favor. –falo.
Lola atende e repete o que acabei de dizer.
- Ele está te esperando na garagem. –se aproxima. – Vê se tenta se divertir minha amiga.
- Prometo que tentarei. –me abraça. – Bom feriado, mande um beijo para seus pais. –termino minha bebida em um gole, levo a xícara até a pia e caminhamos juntos até a porta.
- Tome cuidado e me mande uma mensagem quando chegar.
- Sim senhora! –ela ri. Com outro abraço eu me vou.
Juan estava encostado em seu carro, vestia uma bermuda sarja azul piscina e uma camisa de linho branca. Calçava um par de tênis. Seus cabelos estavam penteados em uma espécie de topete e em sua face óculos Ray Ban estilo aviador. –ele estava diferente.
- Bom dia Maya! Você está hum... Muito bonita. –percebo que fica sem jeito.
- Bom dia Juan, você também está apresentável. –ele ri.
- Está pronta?
- Estou sim, onde posso colocar minha mala? –ele abre a porta do passageiro para que eu possa entrar pegando minha bolsa.
A viagem foi tranquila, conversamos o caminho sobre tudo. Com Juan a conversa fluía de forma diferente, era como se eu pudesse ser eu mesma. Apesar de Lola ser minha melhor amiga, existiam assuntos que eu evitava conversar, não queria perturbá-la com bobagens, ela já me ajudou tanto que não é justo com ela.
Em menos de duas horas já estávamos em Tossa do Mar, eu fiquei maravilhada. –o lugar é deslumbrante. Nosso chalé ficava de frente para o mar, existiam dois quartos separados, cada um de nós ficou em uma suíte diferente. A decoração era rústica e contemporânea ao mesmo tempo, tudo muito simples, mas muito sofisticado.
Vila Vella foi o lugar que conhecemos que mais amei, sentimos a atmosfera diferenciada. Durante o dia o movimento é pequeno, alguns turistas passeando e fotografando tudo. Já a noite vira o piont da cidade, o lugar fica cheio os bares e os restaurantes são ótimos.
Conhecemos tudo que podíamos, fizemos mergulho vimos os peixinhos e corais de perto. A praia Platja Gran é linda geralmente relaxávamos na praia durante a manhã e na parte da tarde visitamos alguns pontos turísticos. As pessoas eram receptivas e carinhosas, fomos muito bem tratados.
Estávamos sentados e duas espreguiçadeiras a beira mar, nós dois líamos livros quando ele quebrou o silêncio.
- Maya?
- Sim? –tiro meus óculos de sol e o fito.
- Está se divertindo?
- Muito! –meus dias foram perfeitos, exceto quando recebi uma mensagem de Lola confirmando o matrimonio de Javier.
- É triste saber que amanhã voltamos para nossa rotina. – Juan faz uma expressão triste e gargalho.
- Quem deveria estar triste era eu e não você. Ser professor é bem mais fácil que ser aluna. –agora ele ri.
- A senhorita que pensa, por favor, só não comente sobre nossa viajem. Existem pessoas que podem ver com maus olhos. –concordo. – Esses dias ajudaram a tirá-lo da cabeça?
- Um pouco. –sou sincera.
- Veja pelo nado bom Maya, ele ainda esta vivo. Você pode lutar por esse amor, diferente de mim.
- É inútil. –sou sincera. –Ele não gosta de mim Juan, fui apenas uma distração. –ele segura minha mão.
- Quem sabe um dia, não encontramos alguém para amar. –ele da os ombros.
- É quem sabe, mas essa não é minha prioridade agora. –Juan me olha de forma terna. – Mas não quero falar de Javier, ele é passado me diga mais sobre você.
- Minha vida não é muito interessante. –fala com desanimo. – Como você sabe minha família a algumas gerações são médicos. Meu pai é americano, conheceu minha mãe em Madrid em uma palestra sobre novas teses da neurocirurgia. Então se apaixonaram perdidamente um pelo outro, minha mãe não queria sair da Espanha então eles se casaram e alguns anos depois eu nasci. Tenho uma irmã mais nova.
- Me deixa adivinhar é médica?
- Na verdade não. –rimos. – Ela é arquiteta.
- Há um pouco mais de um ano meus pais se mudaram para os Estados Unidos, os pais da minha mãe já são falecidos, mas os do meu pai não. Meu avô não anda bem da saúde e se nega a vir para Espanha, então meus pais foram até ele.
- E sua irmã?
- Foi junto com eles, mas amo nosso país não queria deixá-lo. Tenho que confessar que às vezes sinto vontade de me mudar, ficar sozinho é muito ruim.
- Isso é verdade.
- Sabe Maya eu admiro sua garra. Muitos em seu lugar desistiram de tudo depois de passar tudo o que você passou. Isso só me mostra o quanto você é extraordinária.
- Assim você me encabula.
- Só estou falando a verdade. –ele percebe meu desconforto e muda de assunto. – Você ainda fala com os amigos de sua avó? Como é mesmo o nome deles...
- Carmenzita e Pepe.
- Isso mesmo!
- Eles estão bem, adoraram saber que reencontrei com você. Os dois se casaram acredita? Podemos ir visitá-los um dia, se você quiser é claro.
- Claro que sim, podemos ir ao próximo final de semana que quiser Maya.
- Seria perfeito Juan.
Voltamos para nossa rotina, Lola não disse nada sobre o casamento, sequer perguntei se ela foi. Os dias foram se passando e minha tristeza também. A verdade é que todo termino de relacionamento passa por três fazes: a tristeza, a raiva e o esquecimento. E eu me encontro na segunda fase. Tenho ódio de Jair, ódio por tudo o que ele me fez passar, por todo constrangimento, por ter se casado com ela... O que me consola é saber que logo o esquecerei e Jair não passará de uma amarga lembrança.
Tudo na faculdade estava bem, cada dia mais a neurologia me chamava atenção. Meus finais de semana com Juan eram cada vez melhores, juntos começamos a realizar pesquisar sobre as células do sistema nervoso. Talvez em um futuro próximo pacientes que perderam a movimentação de algum membro possam voltar a ter o movimento através dessas células. Claro que é uma questão de tempo, muitas pesquisas terão que ser realizadas. Quem sabe um dia...
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DOCE DESTINO
RomanceEstá é uma obra de ficção. Personagens, nomes, acontecimentos e lugares descritos são produto da imaginação da autora. Qualquer semelhança de acontecimentos reais, não passa de mera coincidência. PLÁGIO É CRIME. Violar direito autoral da pena de...