BÔNUS JUAN ABERNATH

2.9K 257 47
                                    

DEMOREI, mas voltei. Capítulos novos todas as sextas-feiras.





LEMBRANDO QUE A OBRA ESTÁ REGISTRADA

Plagio é crime não caia nessa!

LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.

"Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: Pena - detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa"

SEM REVISÃO :]

                  

Minha infância não foi fácil, hoje sou um medico renomado graças a Beatrice e Leone Capelli –não que esses sejam seus nomes verdadeiros, na verdade isso não faz a menor diferença para mim. Claro que foi difícil assimilar toda á verdade no principio, mas logo tudo ficou claro. Meus pais adotivos mudaram de identidade e país em nome do amor.

Nasci em Washington D.C minha família biológica sempre viveu na miséria, mas éramos unidos e me lembro que meus pais eram muito carinhosos comigo. As coisas melhoram quando meu pai conseguiu um bom emprego, não me lembro exatamente no que, mas nossa situação melhorou muito. Com esforço papai conseguiu comprar um carro. Ele era grande e vermelho, sentia-me um super-herói dentro daquela velha lataria. Vivemos momentos felizes com ele, tinha uma irmã mais velha, ela sempre estava disposta a me ajudar com os meninos mais velhos no colégio que zombavam de mim.

Todos os domingos visitávamos minha bisavó que já era muito velhinha –era a única família que tínhamos. Em uma dessas vistas dominicais nosso carro tombou caindo em uma ribanceira, não me lembro de muita coisa, apenas minha mãe gritando desesperada chamando por nós. Fui o único a sobreviver desse desastre, a partir daquele dia vivíamos apenas bisa Hilary e eu. Nossa vida juntos não durou muito tempo, messes depois também se foi. Eu era apenas um menino de 13 anos sozinho no mundo. A casa que vivíamos foi tomada por alguns traficantes do bairro e acabei fugindo. Passei a viver de esmolas que almas caridosas me davam, passei fome, passei frio vi coisas horríveis nas ruas. Mesmo com dificuldades jamais fiz algo contra a lei ou me deixe corromper por ofertas fáceis.

Era um dia comum, estava sentado próximo a Casa Branca –as esmolas eram boas naquela região. Foi quando vi Beatrice pela primeira vez, ela ficou um tempo me fitando de longe até que se aproximou, parecia um anjo com um lindo sorriso nos lábios. Conversamos muito e ela me levou até Leone que está em um bistrô próximo, após muita conversa ela passou a me visitar todos os dias até que em seu ultimo dia de férias eles perguntaram se poderia me adotar, foi o momento mais feliz de toda minha vida até então. Eles viviam na Itália em uma província chamada Benevento, produziam vinho em pequena escala. Os tramites para a adoção foram difíceis, provar que eu não tinha família não foi fácil, principalmente porque queria me levar para outro país, mas tudo deu certo.

Estudei muito queria dar orgulho para meus pais, os biológicos onde quer que eles estejam e os adotivos também, que me davam tudo de melhor. Levava o colégio a serio quase não fazia coisas de garotos meu foco era outro. Durante a manhã assistia aulas na escola regular, a tarde tinha aulas de italiano e espanhol –Beatrice fazia questão que eu aprendesse a língua, que depois fui saber que era de seu país natal.

Quando já tinha 16 anos meus pais me chamaram para uma conversa seria, pensei que minha mãe poderia estar doente ou alguma coisa parecida então veio à surpresa: Eles tinham identidades falsas, seus verdadeiros nomes eram Rúbia e Ávila Balvanera, que deviam para a máfia e foram jurados de morte. Que na Espanha residia sua filha Maya, fora ela a única família que os dois tinham eram minha ''avó'' materna Rosaria.  Senti um misto de ciúme e surpresa eu não queria dividir meus pais com uma irmã. Confesso que fiquei feliz em saber que para minha família espanhola meus pais estavam mortos. Todos os anos no aniversario de minha ''irmã'' mamãe ficava chateada e ligava para ela, não falava uma palavra sequer, mas ficava feliz em ouvir a voz da pequena criança. Os anos passaram e fui adquirindo maturidade e peguei apreso pelas duas espanholinhas, considerava as duas partes de minha família também. A vinícola dos '' Capelli'' foram crescendo com os anos, o vinho é maravilhoso, mas papai sempre quis se resguardar, não queria levantar suspeitas tinha medo descobrirem sua identidade verdadeira e por em risco nossa família novamente.

Quando chegou a decisão de escolher uma profissão não tive duvidas eu queria ser medico, poder salvar vidas, meus pais sempre contavam historias de quando os dois eram advogados e como a profissão era gratificante, mas nada tirou o meu foco. Papai teve a ideia para que eu tentasse alguma universidade estadunidense para ele seria bom voltar as minhas origens. Ele estava certo cursar Harvard foi indescritível! Lá conheci minha Amber Thompson nos apaixonamos perdidamente a primeira vista, ela também cursava medicina e seu sonho era ser pediatra, poucos messes depois já estávamos dividindo meu apartamento. Mamãe ficou meio receosa, a principio achava que era cedo de mais para me envolver com alguém, mas sua duvidas foram para o espaço assim que passamos o primeiro natal juntos aos meus pais, eles amaram ela logo de cara. Amber assim como eu também era órfã, foi criada por sua tia que amava e a protegia. Quando estávamos no terceiro ano de universidade a pedi em casamento, foi maravilhoso e lindo! Durante uma viagem fomos para o Havaí com o pessoal de Harvard e durante um luau fiz o pedido, Amber aceitou e tive a noticia mais especial de minha vida. Poucos meses depois começaram alguns sangramentos, febre ela viva cansada e nunca queria procurar um pronto socorro, até o dia que desmaiou durante a apresentação de uma tese que estávamos trabalhando há algum tempo. Amber acordou na enfermaria reclamando que havia desmaia devido ao estresse dos últimos dias. Foi então que me encarreguei de dar a pior noticia de minha vida, Amber estava com leucemia linfocítica crônica [LLC] minha noiva lutou bravamente, mas a doença venceu. Foram momentos terríveis, parte de mim havia morrido junto a ela, minha vida estava destruída. Meus pais e a tia de a Amber foram essenciais para minha força voltar e eu havia me decidido me especializaria em oncologia, eu queria curar pessoas e livra-las dessa doença maldita que me matou por dentro.

Foi difícil terminar minha especialização, mas eu consegui assim que voltei para a Itália, trabalhei em Roma alguns anos, a casa 15 dias voltava para casa para ficar com meus pais. Eu não me considerava uma pessoa feliz, mas gostava da vida que eu levava. Fazia de tudo para honrar a memoria de minha doce Amber. Minha mãe Beatrice sempre tinha informações de minha família espanhola através de um detetive que havia contratado a anos certo dia minha mãe me liga em prantos e concidentemente minha avó Rosaria estava com a mesma doença que me devastou a anos atrás. Decidi que eu mesmo iria para Espanha e curaria minha avó eu tinha que fazer isso pela minha mãe.

Não foi fácil conseguir um emprego na mesma cidade que elas, mas com alguns contatos e alguns favores que alguns amigos me deviam finalmente deu certo. A cidade ficava próxima a Madrid e era agradável, conhecia as duas por fotos, mas quando as vi pessoalmente algo dentro de mim mudou. Maya era incrivelmente linda, seus olhos haviam medo e compaixão e senti meu coração disparar, eu não havia estado com outra mulher após a morte de Amber, mas pela primeira vez tive vontade de tê-las em meus braços. O sentimento foi crescendo com o tempo e me vi obrigado a contar para meus pais, eles foram relutantes eu poderia colocar tudo a perder se ficasse com ela, mas por outro lado não podiam estar mais felizes. As sessões de quimioterapia não foram eficazes e minha avó estava morrendo aos poucos e por incompetência minha ela se foi.  Para meus pais a culpa não foi minha, mas nada mudava esse sentimento dentro do meu peito. Decidi que não procuraria Maya após a morte de Rosaria, eu não merecia estar com alguém que fiz mal, agora ela estava sozinha no mundo.

Não queria voltar para Itália, a Espanha me cativou com seu jeito, seu ritmo caloroso e aceitei a proposta para ser professor em uma universidade em Barcelona. Maya estaria bem longe de mim em Madrid cursando direito que segundo ela era seu sonho –me confidenciou durante uma visita quando Rosaria estava internada. 

Por obra do destino Maya quis ser medica e veio parar diretamente onde eu estava dando aulas, pouco ético da minha parte a convidei para ser minha assistente e começamos a namorar, havia um cara que havia feito mal a ela, mas eu a faria esquecer.

Em sua formatura a pedi em casamento e nos mudamos para Madrid, foi então que coloquei tudo a perder quando menti para ela.Vou contar toda a verdade e reconquistar meu amor, a verdade em partes ela jamais saberá que seus pais estão vivos. Não posso colocar a segurança de todos em risco.

DOCE DESTINOOnde histórias criam vida. Descubra agora