LEMBRANDO QUE A OBRA ESTÁ REGISTRADA
Plagio é crime não caia nessa!
LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.
"Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: Pena - detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa"
A mais lamentável de todas as perdas é a perda do tempo. - Philip Chesterfield
- Familiares de Rosaria Balvanera? -sou tirada de minhas orações com a voz macia de uma velha enfermeira.
- Somos nós! -respondo em um pulo e ela sorri amigavelmente.
- O Doutor Juan a espera, vamos lá? -Doutor Juan era um anjo. Eu não sei se sem sua ajuda vovó ainda estaria viva. Ele vivia para salvar vidas. -palavras dele.
- Vamos? - viro meu rosto me certificando que Pepe e Carmenzita entrariam comigo.
- Pode ir sozinha criança. Eu e Pepe ficamos aqui, não é velho? -ele só concorda com a cabeça, meu coração fica mais aflito. Sei que eles estão me escondendo algo.
Caminho pelo longo corredor em silencio. Não sei o que pensar, em minha cabeça há uma grande nuvem preta nesse momento.
A enfermeira para em frente a uma porta que após leves batidinhas é aberta. Ele já me aguardava. Nesse momento me lembro de como minha avó era ''apaixonada'' por ele. Juan é um homem muito bonito, ao sair das consultas de rotina começavam os suspiros. -dou um leve riso com a lembrança. Não era somente a beleza que o fazia especial. Juan tratava de pacientes terminais e sabia como fazer cada um se esquecer da doença, nem se fosse por apenas míseros vinte minutos.
- Boa tarde Maya. -seu sorriso é um tanto triste.
- Olá doutor, como ela está?
- Vamos entrar, venha. -ele abre mais a porta me indicando um acento. Momentos depois estamos sentados frente a frente. - Bem. -ele diz mexendo em alguns papeis. - Dona Rosaria teve uma parada cardiorrespiratória. -fico quieta e ele retribui com um sorriso torto. - A parada é normal nesses casos, é uma consequência da debilidade que o corpo se encontra, por causa do câncer.
- Ela se foi? -seguro meu choro.
- Não querida, ainda não. -graças a Deus.
- Mais quanto tempo?
- Pode ser agora, amanhã ou daqui uma semana. Não sabemos ao certo. -ele toca minha mão, levanto meu olhar ao encontro do seu. - Eu sinto muito, nós fizemos de tudo.
- Eu sei doutor.
- Sabe que o hospital está de braços aberto para você. Se precisar de algo sabe onde me procurar. Você não está sozinha. -os pacientes e familiares tinham tratamento com psicólogos para enfrentar a perda.
- Eu... Eu sabia que isso iria acontecer que era só uma questão de tempo. Achei que estaria preparada, mas não estou. -sou sincera.
- Nunca estamos Maya. -em uma das consultas ele contou sua história, sua noiva não resistiu ao câncer. Foi então que ele se especializou na área.
- Posso vê-la?
- Claro que sim.
- Ela está consciente?
- Está. -me levanto.
- Obrigada Juan.
- Vou levá-la até o quarto dela.

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DOCE DESTINO
RomanceEstá é uma obra de ficção. Personagens, nomes, acontecimentos e lugares descritos são produto da imaginação da autora. Qualquer semelhança de acontecimentos reais, não passa de mera coincidência. PLÁGIO É CRIME. Violar direito autoral da pena de...