Bônus Javier Valdéz

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LEMBRANDO QUE A OBRA ESTÁ REGISTRADA!!

NÃO REVISADO!! FAREI ASSIM QUE PUDER!!

Plagio é crime não caia nessa!

LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.

"Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: Pena - detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa"

                 

Sou apenas a casca de um homem. Sete meses, sete malditos messes sem minha Maya. A saudade queima em meu peito, mas tenho a certeza que deixá-la foi à melhor forma de demonstrar todo meu amor a ela.

Mesmo tendo essa certeza me sinto um completo imbecil. Fui fraco, poderia ter lutado contra as chantagens de Catalina, mas como viveria uma vida em paz com meu anjo?

Tê-la a primeira vez e única vez em minha cama passou do melhor dia da minha vida para o pior, sem duvida alguma.

Lembro-me como se fosse ontem...

Escuto leves batidas na porta de meu quarto, ainda nua Maya dormia em meus braços. –podia vê-la dormir por horas.

Tento me sentar sem acordá-la. –o que não é muito fácil em minha condição. Meu anjo se mexe, mas não acorda.  Arrasto-me para a cadeira de rodas que fica de maneira estratégica próxima a minha cama.

Assim que abro a porta vejo Maria, branca como um fantasma de mãos cruzadas sobre seu seio.

- Menino, dona Catalina está lá fora exige falar com o senhor. –fala nervosa.

- Oras Maria diga que não vou recebê-la. –aciono o botão de ''ré'' da cadeira.

- Mas senhor ela está lá fora a mais de meia hora, disse que não falar com ela vai se arrepender. –paro, um ódio nasce em meu peito.

- Quem essa mulher pensa que é? –balaço repetidas vezes minha cabeça em forma de negação. – Mande ela me esperar no escritório, desço em cinco minutos. Não deixe Maya sair do quarto se ela acordar. –digo.

Já no closet tento refletir o que está diaba poderia querer comigo. Há muito tempo não me procurava e finalmente pensei que estava livre, até ela estragar meu almoço com Maya. Era melhor colocá-la para correr antes que estrague o relacionamento que acabou de iniciar. Visto a primeira peça que vejo pela frente, minutos depois já entrava no escritório.

O perfume doce de Catalina criou náuseas em meu estomago, estava parada em frente às grandes janelas de vidro e de costas para a porta.

- Seja breve senhorita De La Vega. –ela se vira com um olhar curioso na face.

- Senhorita De La Veja? Quantas formalidades Javi. –se aproxima lentamente. – Muito em breve você estará me chamando de meu amor. –fala sínica.

Solto uma gargalhada. – Foi para isso que veio aqui Catalina? Por favor, se retire da minha casa. Quantas malditas vezes eu preciso repetir? Eu não suporto olhar para sua cara, você me da nojo. –sua expressão muda totalmente. Agora me olhava com ódio.

- Vou ser clara como água Javier, o que estou pedindo é muito, mas muito simples. Se livre da gorda, sua diversão com ela já foi longe de mais. –arqueia uma das sobrancelhas. Pego seu pulso com força.

- Nunca mais abra essa sua boca imunda para falar de minha mulher. Saia já daqui Catalina ou eu juro que mato você, e dessa vez eu não estou brincando.

- Você.Está.Me.Machucando.Javier. –diz entre os dentes cerrados. –Me. Solte. Assim que a solto esfrega a pele que apertei. – Sabe Javier todos nós escondemos algo nesta vida, algumas pessoas escondem coisas mais graves que outras. –ela caminha pelo escritório.

- Aonde quer chegar com essa história? Estou sem paciência. –falo.

- Veja meu caso eu escondi, menti quando dizia estar grávida. –meu sangue ferve. – Como todos nós escondemos algo, sua gorducha não seria diferente de mim. Tenho bons amigos meu amor, não foi difícil descobrir os pobres de sua namoradinha.

- Catalina seu veneno não me atinge mais, eu sei de tudo sobre a vida de Maya. –ela gargalha.

- Garanto que você não sabe nem a metade, me deixe ver ela te contou a triste historia da menina órfã criada pela avó doente? Sabe nessa parte até eu tenho peninha dela, acreditou em toda esta baboseira. Talvez por isso seja gorda, comeu de tanta tristeza. –ri.

- Calhe a boca! –grito. – Você não sabe o que está falando!

- Os pais dela estão vivos meu amor. V I V O S! –repete pausadamente.

- É serio que chegou a esse ponto Catalina? Minha mãe fez questão de contratar um detetive particular, ele confirmou toda história. Tenho fotos até de suas sepulturas, não que isso te importe.

- Digamos que sou amiga bem intima. –sorri. – de um famoso deputado, se é que você me entende. Quem descobriu a vidinha obscura de sua namoradinha foi um membro do serviço secreto de nosso rei. Os pais da gorducha se envolveram com pessoas perigosas meu amor, pessoas muito perigosas. As mortes foram forjadas queridos, mentiram para proteger a filhinha amada. Um telefonema para pessoa certa e bum! Todos morrem, vão adorar saber que o senhor e senhora Balvanera estão vivos. Imagino que a divida de seus queridos sogrinhos está bem alta, depois de tantos anos imagine só juros e mais juros.

- Você é ridícula, se ponha fora de minha casa agora!

- Não acredita em mim?

- Não. –falo com desdém.

- Tenho provas, vou trazer e você vai se casar comigo. –pega sua bolsa e sai.

Meus dias se arrastaram como um borrão, a maldita historia que Catalina contou foi confirmada no dia de meu aniversario. Realmente a diaba tinha provas, fotos, identidades, documentos.

As fotos batiam com a foto da sepultura. Para todos os efeitos meus sogros agora se chamavam Bartolomeu e Antonella Casteline, dois ''italianos'' que viviam em uma pequena colônia na Itália, produzindo vinhos. 

Depois da vergonha que fiz o amor da minha vida passar, procurei outro membro da força real que por uma boa quantia em dinheiro jurou segredo. Suas investigações diziam o mesmo, eu fiz a escolha mais sensata.

Viver sabendo que ela estava morta seria meu fim, preferia um milhão de vezes sofrer sem ter seu amor, do que viver sabendo que a ''matei''.

Meu casamento foi um tremendo circo, Catalina fez questão que toda mídia fosse chamada. Deu inúmeras entrevistas como era compreensiva e quanto me amava, mesmo estando em uma cadeira de rodas.

Não me envolvi em nada, não sei o quanto foi gasto, não quis saber de nada, só estava lá no dia e hora marcado. Só fiz questão de continuar morando em minha casa, o que ela não se mostrou contra. Cancelei minha fisioterapia, andar já não significava nada para mim.

Minha mãe soube de tudo, fiz questão de contar a verdade. Ela ficou desolada, mas sabe que fiz o que era certo. Sofria junto comigo, me isentiva a fazer faculdade de historia, já que era meu sonho. Disse que Maya ficaria feliz, talvez ela tenha razão.

Passo meus dias no quarto que era dela, seu cheiro foi sumindo com o tempo, mas só de saber que ela já esteve ali, me mostra o que vivemos foi real, que poucos dias a seu lado valeram a pena.

Meu medo constante era se Catalina fizesse algo contra ela. Como nosso casamento não existia contato físico, ela poderia muito bem procurar os agiotas e mostrar que meus ex-sogros estavam vivos.

Contratei uma equipe de segurança particular, eles me mostram tudo que Maya faz. Desde quando ela se mudou para Barcelona tem se relacionado com um professor, ela seguiu sua vida em frente, mas eu jamais seguiria a minha sem ela. 

DOCE DESTINOOnde histórias criam vida. Descubra agora