Capítulo Um

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LEMBRANDO QUE A OBRA ESTÁ REGISTRADA

Plagio é crime não caia nessa!

LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.

"Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: Pena - detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa"

Às vezes ás pessoas não têm noção das promessas que estão fazendo no momento em que as fazem. John Green -A culpa é das estrelas.

Os últimos dias tem sido uma gostosa rotina. Sei que ela logo se acabará, mas estou vivendo cada segundo sem pesar no próximo.

Hoje o dia seria um pouco diferente, como prometido a vovó eu faria a prova para a bolsa de estudos.

O celular desperta as sete em ponto. Não dormi bem a noite, minha preocupação era ficar longe de dona Rosaria. Morava em Cercedilla e meu destino era Madrid, o caminho era relativamente perto, minha querida cidadezinha fica a 56KM da capital. Mas na situação da vovó ir a pequena venda da esquina de nossa casa era uma tortura, minha medo da hora chegar e eu não estar junto com ela. 

Por sorte tínhamos poucos, mas maravilhosos amigos. Não sei o que seria de nós duas sem Pepe e nossa vizinha Carmenzita.

Esse trio era sem duvida incrível. Ante de tudo acontecer todo final de semana era igual. Eles viravam a noite com um carteado, sangria e Tortilla de patatas.

Estava tudo combinado Carmenzita ficaria com vovó e Pepe me emprestaria seu velho fusca. Claro que Dona Rosaria me deu um belo sermão sobre segurança. -esse quesito não se encaixava no velho ratón. Sim o fusca tinha esse nome. Era todo cinza e segundo seu Pepe era o nome ideal.

Espreguiço levantando devagar meus pés tocam o velho solado de madeira me causando um arrepio. Pego minha toalha atrás da porta e ando em direção ao quarto da frente. Vovó dormia serenamente, fiquei assim de pé na porta velando seu sono por longos minutos.

- Menina olha a hora, você não pode se atrasar. -dou um pulo.

- Carmenzita do céu! -levo minha mão sobre meu peito. - Você me assustou mulher! -ela tinha a chave de nossa casa, se caso uma emergência acontecesse.

- Não quis fazer isso menina, me desculpe. -diz sem jeito. - Agora vá para seu banho, vou preparar seu café.

- Não precisa se preocupar, como alguma coisa no caminho.

- Você está louca criança? Aquele carro é um perigo ambulante pega-lo ainda sem comer... Deus me livre! -dou risada, ela falou de uma maneira engraçada. - Ande corra para o banho, olha à hora não vai se atrasar! - a deixo para trás.

Olho-me para o espelho e faço um analise rápida de meu rosto. Ele estava mais fino, minhas bochechas já não estavam tão gorduchas como antes.

Sempre fui uma criança gordinha criada pela avó -acredito que elas seguem a linha: nunca a comida será o bastante. Não podia reclamar Dona Rosaria tinha mãos de fada... Estava na hora de cortar meu cabelo, os cachos largos já passavam do meio de minhas costas.

Meus olhos eram verdes. -não me lembro do numero de pessoas que diziam ''Que olho mais lindo! Uma pena ser gorda, mas seu rosto é lindo. Já tentou uma dieta? Nunca vai arrumar marido...'' -mas eu estava em um momento que meu peso já não era o mais importante em minha vida. Sou assim e o mais importante me amo sendo assim.

Prendo meus longos fios castanhos em um coque alto, me jogo em baixo da água quente, deixo a tristeza me abater por um momento. Precisava ser forte por ela, mas como seria o tempo todo? A verdade é que eu estava apavorada.

DOCE DESTINOOnde histórias criam vida. Descubra agora