Capítulo 26 - 2° dia
Ontem à noite foi um purgatório. Trabalhei até o mais tarde possível, apesar do ímpeto que tive durante o dia de por em movimento todas as coisas em relação à Eva; este havia se dissipado com a saída de Garrit.
O que Eva está pensando?
Garrit deve ter-lhe entregue o envelope. Será que ela notou a chave extra no chaveiro? Droga! Talvez eu devesse ter avisado sobre a minha chave na nota... Esse pensamento e muitos outros me mantém acordado. Finalmente, cansado demais para dar sentido às minhas reflexões, caio em uma ciranda de pesadelos, acordando empapado de suor e procurando Eva desesperadamente pelo quarto.
Os pesadelos são inevitáveis. Stanton cumpriu sua palavra, os arquivos sobre Eva com as transcrições do julgamento mais o relatório médico do hospital são um tipo de leitura abominável. O abuso que Eva sofreu foi terrível. E Nathan é um miserável que mostrou não ter nenhum remorso.
Cópias dos acordos de não divulgação estavam lá e aparentemente Nathan está vivo. Stanton tem sido capaz que conter qualquer vazamento de informações para a imprensa. Mesmo o dinheiro que Eva recebeu para compensar seu sofrimento, Stanton o manteve em participações de empresas, não me admira que minha pesquisa de antecedentes não revelasse a fortuna de Eva. Stanton fez bem; ele a está protegendo mais do que ela imagina.
...
De volta ao escritório, eu cancelo meus dois primeiros compromissos. Eu preciso pensar; dar sentido aos meus pensamentos da noite passada.
Eu venho cometendo erro após erro em tudo no que concerne à Eva. Por que isso?
Os pensamentos dela me arranhando as costas, enquanto eu lentamente me afundo dentro dela... fazem tremores reverberarem pelo meu corpo. Eu franzo a testa em consternação, esse desejo de estar com ela, esse desejo sem fim de fazer amor com ela é um sentimento alienígena pra mim. Eu nunca me senti tão atraído por qualquer outra pessoa em minha vida. Isso é amor?
Se for amor, então a palavra é usada levianamente... obcecado, intoxicado, enamorado. A escolha da palavra certa nunca terá fim.
Examinando o primeiro dia de Eva no trabalho, como eu engendrei o encontro no elevador, e como ela ficou aliviada quando viu Cary esperando-a no lobby. No saguão do Crossfire e no elevador, ela estava hesitante, lutando contra a atração sexual que irradiava de nós dois. Mesmo no meu escritório, ela lutou contra essa atração tentando partir, ainda assim eu dei um jeito de persuadi-la a se virar e me beijar. Incontestavelmente, se o intercomunicador não trouxesse de volta o meu bom senso, eu foderia com ela ali mesmo no sofá. Ela estava furiosa, aborrecida e mesmo assim eu consegui dominá-la.
Pra começar, eu estava muito autoconfiante, muito franco, seguido pela frustração. No jantar dos Advogados, ela escapou assim que entramos; ela correu para Cary, incapaz de lidar com a volatilidade do meu humor.
Obviamente, um raio de entendimento me atinge e percebo qual é o nosso problema... Confiança... Ela não confia em mim... Ela deve pensar que eu pegarei tudo o que for possível para em seguida deixá-la. Eu suponho que minha reputação me precede. Foi o que sempre fiz.
Então... ela corre, testando minha determinação, e quando eu ferro com tudo, ela se vai me testando, e aí aguarda que eu vá encontrá-la. Ela provavelmente nem percebe conscientemente o que está fazendo. Isso tem que parar. Porque isso está fodidamente me matando!
A resposta é óbvia; dar-lhe um refúgio para se sentir segura, isso é melhor do que ela se afastar de mim. Um quarto que seja só dela, um lugar onde não irei entrar sem sua permissão. Posso fazer isso. De fato, eu devaneio... As fotos dela em seu quarto; eu irei recriar o quarto dela em meu apartamento... Perfeito.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Reflexões de Gideon -Crossfire - Completo
FanficPOV sobre Gideon Cross o escrito por Sandra Jane; personagem da Série Crossfire escrita por Sylvia Day. Mostra as reflexões do ponto de vista do personagem masculino da história do primeiro livro .