Eu o encarei e pensei na minha resposta para aquela pergunta: "Amigos?". Sério, ele me atropelou isso é meio grave, tipo meu pé direito está quebrado e eu danifiquei minhas costelas. Mas eu tinha que responder pois Bernardo me olhava esperançoso:
-Amigos!
-Que bom, achei que a gente ia ficar na relação: patroa e mordomo. Sabe?!
-Não, eu sou uma pessoa muito boa!-eu respondi
-Bom saber.- Bernardo respondeu
Uma médica bateu na porta e pediu licença para entrar, então Sofia e Bernardo saíram do quarto e me deixaram com ela.
-Menina, tu ficou entre a vida e a morte. Me assustou viu?! Assim como os seus amigos.- ela disse me olhando e encostando na bancada do lado da maca
-Sério?Achei que eu iria sobreviver, tipo com certeza. Não aconteceu muita coisa comigo.- eu respondi me olhando
-Seus amigos não te contaram?-ela perguntou
Eu a olhei confusa e ela entendeu isso como um "não", então começou a me contar:
-Bem você chegou no hospital inconsciente, e eu a examinei rapidamente mas só com uma olhada percebi que você poderia não sobreviver. Te mandei para a cirurgia rapidamente, tinham estilhaços que perfuravam suas costelas e podiam chegar ao seu coração. Mais alguns minutos com você se movendo poderia ter morrido. Mas conseguimos retirar os estilhaços de vidro de sua costela, agora está bem, não é?- perguntou me olhando
-Sim, estou bem mas eu não sabia que havia corrido perigo de vida.
-É correu e muito.
Eu estava assustada, eu corri perigo e agora poderia não estar nessa maca conversando com a médica e também entendi porque minhas a área das minhas costelas estavam enfaixadas mesmo sem eu sentir dor, elas não estavam fraturadas, eu tinha passado por uma cirurgia.
-Seu pé direito está fraturado-ela continuou- como percebeu, então ficará com o gesso por um tempinho mas na área de suas costelas, logo logo poderemos retirar as faixas.
-Okay doutora
-E como já se sente bem, acho que depois de amanhã ou talvez amanhã poderá ter alta, mas continuará de cama, vai ter atestado de dois meses ou um pouquinho menos.
-Tudo isso?- eu falei
-Sim desculpa. E aliás é uma das primeiras que fala isso, muitos ficaram felizes por ter dois meses em casa- ela disse rindo
Eu também ri mas ela não entendia, as minhas provas começariam em duas semanas e eu tinha que fazê-las.
-Bem já terminei o que tinha que fazer aqui, mas amanhã de manhã eu volto para ver se eu te dou alta, certo?!- a doutora disse retirando suas coisas
-Certo, e doutora, muito obrigada por salvar a minha vida.- eu falei
-De nada Manuela. - ela disse abrindo a porta e saindo
Eu estava me sentindo sonolenta por conta do remédio que ela me deu, mas ainda queria ver meus pais e a Sofia.
-Oi, voltei sentiu falta?-Sofia disse
-Sempre né, Sofia. Você sabe se alguém vai passar a noite aqui comigo?
-Sim. Eu vou ficar aqui!- ela respondeu me olhando
-Mas você é menor de idade!Tu pode ficar comigo?
-Claro. Mas sua mãe também vai ficar, ela e seu pai só foram pegar umas coisas na sua casa e já vão voltar.
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Sobrevivendo à Adolescência
Teen FictionEssa é a história de Manuela, uma adolescente de 14 anos, que mesmo com a pouca idade passa por várias mudanças e emoções diferentes. Ela muda de cidade e se sente triste por deixar seus amigos e ter de terminar seu namoro, mas na nova cidade ela p...