3. Eu (não) posso fazer isso

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O DJ amigo da Laydisay é uma gracinha. Eu conversei com ele? Acho que sim. Ou não. Argh, minha cabeça está uma completa confusão. Ouvi alguém me gritar, mesmo com todo o barulho do DJ gatinho, soltei a mão do cara com quem dançava e me virei, encontrando Blair acenando para mim. Tudo o que conseguia ver era seus cabelos cacheados negros balançando no ar. Empurrei as pessoas que estavam na minha frente e fui encontra-la na nossa mesa.

— O quê? — Perguntei, me sentando ao seu lado.

— Lembra do Vincent? — Ela apontou para o garoto no seu lado.

Apertei os olhos, tentando reconhece-lo.

— VINCENT! — Gritei, caindo na gargalhada logo em seguida. — EU LEMBRO DE VOCÊ!

— Allison, meu Deus. — Uma garota me repreendeu, rindo.

Eu ri junto com ela, mesmo sem entender o motivo.

— Você é amigo do Alike, né? — Falei mais baixo. Ele riu, passando o braço pelos ombros de Blair de um jeito íntimo. Abri um sorriso malicioso para ela.

— Você quis dizer Spike, né? — O garoto não conseguia controlar o riso.

Pisquei, balançando a cabeça em concordância.

— Isso, Alikem.

Eles riram mais. Ouvir alguém dizer "Você disse errado de novo", mas não consegui focar na pessoa.

— Você fica muito engraçada bêbada, Mason. — Outra garota disse. Demorei um tempo para reconhecer Samantha.

Cruzei os braços, indignada.

— Eu não tô bêbada! — Me defendi, ou tentei.

Eu não tinha certeza nem do que falava quando estava sóbria, imagina bêbada.

Mas eu não estava bêbada! Bebi apenas dois copinhos de bebida com o garoto estranho e lindo (Justin). Vincent se abaixou, pegando algo debaixo da mesa. Foi colocando uma, três, seis... Uou! Eram muitas garrafas de bebidas. Ele estendeu uma na minha direção.

— Você disse que não está bêbada.

Neguei com a cabeça, pegando a garrafa sem nem ver o que era, abrindo-a e oferecendo a todos ali.

Afinal, eu era uma bêbada educada. Depois de todos já terem se servido, eu virei a garrafa na boca.

— Não estou bêbada ainda.

Nós rimos. Qual é, alguns ali me conheciam desde o primeiro ano. Eles sabem que não caio fácil assim.

[...]

— Vai, bebe logo!

Peguei a garrafinha plástica da sua mão, a abrindo com dificuldade. Dei dois passos para trás, quase caindo no processo. Ele me segurou a tempo, me puxando de volta para perto dele. Eu sorri, e ainda o encarando, tomei uma longa golada da... Água. Fiz uma careta ao notar o que era o líquido. Ninguém merece.

— Quem é você mesmo? — Perguntei, o encarando.

Seu rosto era muito familiar, mas eu não sabia dizer seu nome.

Ele franziu o cenho, abrindo um sorriso brincalhão. O cara empurrou de novo a garrafa na minha direção, indicando que eu bebesse. Bebi a garrafa toda com o olhar rígido dele sobre mim, quase me dava medo, mas por algum motivo eu sabia que ele não me faria mal. Talvez fosse o seu rosto familiar que me transmitia segurança.

— E se eu não quiser te contar? — Ele rebateu.

Arqueei uma sobrancelha, puxando meu braço que ele segurava e me equilibrando sozinha, o que foi bem difícil, a propósito.

Let Me Love You [JB]Onde histórias criam vida. Descubra agora