16. Sempre vou estar ao seu lado

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Quinta-feira

19 DE OUTUBRO, 2017

― Allison? Já estou indo, ok? Minha mãe não para de ligar. ― Blair avisa, mostrando o celular tocando.

Solto os tecidos em cima da mesa e concordo.

― Obrigada pela ajuda, até amanhã! ― aceno.

Agora, apenas Nathan, Justin e eu ficamos organizando os últimos detalhes. Meu celular apita e o pego, desligando o alarme que coloquei para tocar quando desse meia noite. Elena nasceu às 00:16, então corro para guarda o lixo e os tecidos e sento nas escadas, enviando meu texto para ela e postando fotos nossas em todas as redes sociais.

Um clichê que mantemos de pé desde que me lembro.

Trocamos algumas mensagens sobre eu ser a primeira sempre e ela me agradece. Justin se senta ao meu lado tomando o resto de seu refrigerante e comendo um pedaço de pizza que já deve estar fria.

― Quer? ― oferece, de boca cheia.

Faço uma careta, mas aceito o refri. Tomo algumas goladas antes de bloquear a tela e encostar as costas na parede, ficando de frente para Justin.

― Pode ir para casa se quiser. ― coloco a mão na boca para esconder o bochecho.

Procuro Nathan pelo salão e o vejo do outro lado testando a iluminação.

Você é que devia ir para casa. Não tem mais nada de importante para fazer aqui. Nathan e eu vamos colocar o lixo para fora e já combinamos que nós iremos buscar o bolo e as comidas amanhã, as meninas vão arrumar tudo. Não precisa se preocupar.

― Eu devia vim ajudar você.

― Você vai ajudar se ir no salão com Elena como combinamos. ― Ele me analisa e abre um sorriso brincalhão. ― Não queria dizer nada para não ofender, mas você meio que precisa de um salão o mais rápido possível.

Taco a latinha vazia na sua direção, que passou longe acertá-lo. Ele ri e pega a latinha do chão.

― Você está bem longe de conseguir me ofender. ― Respiro fundo, com as palavras saindo antes que eu consiga me controlar. ― E se der errado? Tem certeza que seu amigo DJ não vai furar?

― Tenho. Ele me deve essa. E não vai dar errado, amiguinha. Relaxa. Vou estar aqui amanhã para coordenar tudo. ― ele encosta nos degraus de cima e sorri.

― Então a chance de alguma coisa dar errada é mais alto do que pensei.

Oush! Eu sou muito competente, viu? E eu devia estar bravo com você depois que abusou da minha boa vontade e me fez carregar todas aquelas caixas.

― Você disse que faria qualquer coisa que eu pedisse. ― O lembro. Sinto uma tonteira de leve por ter levantado rápido demais, procurando apoio na parede.

― Eu devia ter tido quase qualquer coisa.

Paro de andar e encaro Justin, tentando disfarçar o motivo da minha parada bruta. Mesmo assim ele me encara e diz "o quê?".

― Eu... ― Tento procurar uma resposta. ― Preciso de ajuda para fechar tudo.

― Claro. ― ele levanta e descemos as escadas juntos.

Justin também precisa convencer Nathan a parar e nós desligamos tudo e saímos. Justin resolve estender o seu contrato como meu motorista e me faz entrar no carro. Só percebo que dormir quando ele cutuca minha barriga, chamando-me pelo apelido, com uma paciência que só ele tem. Acordo um pouco desorientada e envergonhada. Não tinha percebido que estou tão cansada.

Let Me Love You [JB]Onde histórias criam vida. Descubra agora