Pesadelo

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      Luna acordada, ainda mantinha os olhos fechados.
      "Isso foi um pesadelo. Eu não estou no meio do nada. Eu não estou no meio do nada. Quando abrir os olhos estarei em casa, na minha cama." pensou Luna.
      Ela abriu os olhos e fechou-os rapidamente, colocando a mão sobre a cabeça.
      -Isso não pode ser verdade.
      É. Era verdade. Mas o pesadelo ia começar e ela nem imaginava o que estava por vir.
      Não havia tomado banho, trocado de roupa ou escovado os dentes. Simplesmente desceu as escadas e foi caminhando em direção à cozinha.
      Estava com um aspecto horrível. Dormira mal à noite apesar do cansaço da viagem.
      Chegou na cozinha e deparou-se com a figura de um menino.
      Devia ter no máximo 17 anos. Tinha os cabelos negros, junto com os olhos e a pela clara.
      Luna o encarava.
      -Quem é você e o que faz aqui?
      -Eu sou o...
      -Filha, que bom que você acordou. Esse aqui é o Ronald e...
      -Só Rony por favor.
      -Tudo bem só Rony. Luna, ele é filho do dono da casa e veio trazer esses pães fresquinhos que sua mãe acabou de fazer. Ainda está quentinho.
      Luna não parava de encarar Rony. Ele já estava se sentindo constrangido.
      -É. Não gosto desse tipo de pão, mas estou com muita fome. - falou Luna desviando o olhar de Rony.
      Luna sentou-se e partiu a comer sem nenhuma formalidade e apressadamente.
      -Nossa, para quem nao gostava do pão, você até que está comendo com vontade. - falou Rony vendo Luna praticamente devorar o pão.
      -E você para alguém que mora no interior, até que fala tudo certo. - Luna falou meio embolada devido ao pão ainda não engolido.
      -Luna, você devia ser mais educada com a visita. O Rony foi bem cavaleiro em trazer merenda para nós. Estaríamos com fome até conseguirmos encontrar um mercantil para fazermos as compras. Peça desculpas à ele.
      -Claro que não né mãe.
      -Deixa para lá sra. Gina. Não foi nada de mais. - e sorriu.
     Era um sorriso de encantar qualquer garota. Exceto talvez Luna.
      -É, deixa pra lá mesmo. - falou Luna. Dessa vez com a boca vazia pois ja havia acabado de comer o pão.
      A mãe a olhou irritada.
      -Bom, eu já vou indo. Meu pai deve estar precisando de mim em casa.
      -Foi um prazer conhecê-lo Rony. Qualquer dia desses vem almoçar aqui com a gente. Vamos gostar muito da sua companhia. Nao é Luna?
      -Fale por você. Estou muito bem sozinha.
      -Também foi um prazer conhecer-la sra. Gina. Qualquer dia venho sim almoçar com vocês. Muito obrigado. Até depois.
      Rony saiu.
      Gina tinha um olhar fulminante para Luna. Ela já estava acostumada com o jeito da filha, mas não suportava vê-la sendo ignorante com os outros, principalmente visitas. Queria sempre dar uma boa impressão.
      Pouco tempo depois, Gina e Luna foram a um mercantil, não tão próximo, para comprarem comida, água, coisas para higiene pessoal e coisas necessariamente nao úteis (para Gina), como por exemplo: uma lanterna, pilhas e um carregador para celular.
      Algumas horas depois, após o almoço, Gina foi para o trabalho (uma ONG que havia na região) e Luna ficou em casa sozinha.
      Passado algum tempo, com muito tédio, Luna foi revirar a casa  à procura de algo para fazer.
      Foi no quarto da mãe e viu que ela ja havia desfeito todas as malas e arrumado tudo. Não entendia como a mãe podia ser tão certinha.
      Abriu o guarda-roupas. Todas as roupas da mãe estavam lá.
      Foi abrindo as gavetas de uma por uma até que...

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