Alfredo

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      Decidiram ligar novamente para o tal senhor, mas iriam precisar de um plano, porque simplesmente perguntar seu nome não deu certo.
      Até que...
      -Rony me passa o telefone. Tive uma idéia.
      Luna pegou o telefone e discou o número.
      Tum. Tum.
      -Alô? Quem está falando? - falou o senhor.
      -Alô? Sr Antônio? Só liguei para avisar que o senhor esqueceu
que íamos almoçar hoje. Mas quem sabe na próxima o senhor possa vir.
      -Nao é o sr Antônio quem está falando!
      -Então é o sr Miguel?
      -Não. Aqui é o Alfredo, passar bem.
      E desligou.
      -Então, descobriu algo? - perguntou Rony para Luna, que sorria.
      -Descobri seu nome. Alfredo. Digamos que foi bem fácil.
      -Esse nome não me é estranho. Ah claro, é o nome do dono da pousada. E se for ele? O que fazemos?
      -Mas claro que só pode ser ele, ou seu número não estaria no diário. Precisamos conversar com o sr Alfredo para ele nos oferecer o relatório dos moradores. Isso deve ser secreto, mas precisamos de qualquer jeito.
      -Vai ser bem difícil.
      -Você vai ver que não. - Luna, com o telefone ainda nas mãos, discou para Alfredo novamente.
      -Que diabos. Não posso ter nenhum momento de descanso que essa droga de telefone fica tocando, devia tê-lo jogado fora quando tive oportunidade. Quem está falando?
      -Olá sr Alfredo. Espere, não aconselho desligar, eu sou muito insistente. Eu sei que o senhor era o dono da pousada que foi demolida, e que amava aquele local até ele ser poluído completamente e podemos descobrir o culpado juntos. Sabemos como, mas precisamos da sua ajuda.
      -Eu não posso ajudar em nada, agora me deixem em paz.
      Desligou.
      -Esse cara já está me fazendo perder a paciência. - falou Luna discando novamente o número.
      Tocou, tocou e ele não atendeu.
      -Amanhã agente tenta novamente Luna.
      -Não. Não vou conseguir aguentar até amanhã. Ele tem que atender.
      Ligou mais duas vezes e na terceira ele atendeu.
      -Você não vai me deixar em paz?
      -Não, até você nos ajudar.
      -Me dê um bom motivo.
      -Olha sr Alfredo, eu sei que você gostava muito daquele lugar, que era tudo para você, e eu estou dando a chance de você nos ajudar a desmascarar o culpado e punir-lo.
      -Ninguém nunca conseguiu. Quantos anos você tem mesmo?
      -Eu tenho 15, mas sou bem mais esperta do que qualquer adulto. E eu sei no que estou me metendo.
      -Você ainda é uma garota. Vai brincar por aí de boneca e não me enche. Deixa esse tipo de coisa para gente grande resolver.
      -Justamente por isso. Só porque são adultos, não significa que eles vão conseguir resolver o caso. E pelo visto ninguém conseguiu ainda. E eu sei como. Por favor nos ajuda.
      -O que você quer de mim?
      -É uma coisa bem simples. Precisamos do relatório de todas as pessoas que já moraram na pousada. O senhor ainda tem?
      -Sinto muito, mas isso é sigiloso. Não vou poder ajudar.
      -Você quer ou não ver o crime solucionado? -perguntou Luna.
      -Droga! Crianças. Tudo bem. Me dêem um e-mail e passo tudo para vocês. Só estou fazendo isso porque não aguento ver aquele lugar acabado.
       Luna passou seu e-mail, desligou o telefone e comemorou com Rony.
       -Você conseguiu Luna! Parabéns! É muito esperta!
       Luna entrou em seu e-mail pelo computador de Rony e poucos segundos depois chegou uma mensagem de Alfredo. Luna clicou para imprimir tudo, pois assim não precisaria ir sempre à casa de Rony para olhar a lista.
      Eram várias folhas com vários nomes de pessoas e seria muito complicado examinar uma por uma.

 

***
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