Primeira vez

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      Luna estava em um lugar estranho, cercado de árvores e matos. Era tudo escuro e só ouvia-se o som da natureza, ou quase isso.
      Luna tentava se soltar de uma pessoa, mas não conseguia ver seu rosto. Ele arrancava suas roupas. Estava completamente nua. Ela gritava e chorava pedindo por socorro.
       Estava sem forças, mas conseguiu distinguir o rosto da pessoa. Não conseguia acreditar nos seus olhos. Não poderia ser ele. Isso estava fora de questão. Ele nunca faria isso à ela. Era Rony.
      -Nãããoo. - Luna acordou. Fora só um pesadelo, mas parecia tão real.
      Gina entrou assustada no quarto.
      -O que aconteceu filha? Teve um pesadelo?
      -Foi horrível mãe. - Luna estava chorando, encharcada de suor, e Gina abraçou-a.
      -Nada foi real filha, foi só um pesadelo. Agora volta a dormir tá. Ainda é madrugada.
      Luna deitou-se na cama e fechou os olhos. Gina deu um beijo em sua testa e retirou-se para o seu quarto.
      Ao ouvir o som da porta fechando-se, Luna abriu os olhos. Não iria conseguir dormir novamente. Fora tudo tão real. Parecia que Rony a maltratara também. Foi horrível.
      Sua barriga roncava de tanta fome. Desceu em direção à cozinha para fazer um lanchinho.
      Pegou um pão, abriu-o e colocou queijo e presunto. Segurou uma jarra e depositou suco de maracujá em um copo. Pegou tudo e levou para seu quarto.
      Saciou sua fome e depois colocou o prato e o copo vazios sobre o criado-mudo.
      Deitou na cama, já de barriga cheia, e tentou adormecer quando ouviu uma batida na porta.
      Não estava afim de falar com a sua mãe. Precisava ficar sozinha.
      Outra batida.
      "Que droga"
      Em seguida viu um papel sendo colocado por baixo da porta.
      "Pqp não acredito que ele está fazendo isso. Não vou abrir."
      Luna estava bastante curiosa para saber o que havia no papel. Mas não queria olhar. E não queria abrir a porta.
      Mas não corria risco em olhar o que ele havia escrito.
      Luna, sou eu...
      Era ele mesmo. Mas preferiu fingir que estava dormindo.
      Pouco tempo depois, nenhuma batida e nenhum outro papel por baixo da porta. Talvez ele tivesse ido embora...
      Uma batida na janela fez Luna assustar-se e olhar.
      Viu um Rony sorrindente acenando para ela, segurando-se com esforço. Como a janela era de vidro, não adiantaria fingir que estava dormindo.
      O que ele queria a essa hora da madrugada?
      Luna teve que abrir a janela para ele entrar. Não entendeu como ele subira até ali, estavam no segundo andar.
      -O que você está fazendo aqui? Como chegou aqui? E por quê?
      -Só queria te perguntar uma coisa. Posso?
      -Acho que sim. O que você quer? - Luna estava assustada e curiosa.
      Rony ajoelhou-se a sua frente, segurou sua mão e falou:
      -Quer namorar comigo?
      -Não. - Luna nem pensou para responder.
      -O que? Como assim? Você não gosta de mim? - Rony se levantou.  -O que está acontecendo?
      -Eu estou com medo e acho melhor sermos somente amigos. Espero que você me entenda.
      -Odeio te ver triste. Se eu pudesse eu mataria aquele cara desgraçado. Fala pra mim o que está acontecendo, ontem ficamos tão bem depois de tudo aquilo. - Rony segurou sua mão. Luna estava triste e olhava para baixo procurando evitar o olhar de Rony.  -Fala pra mim.
      -Eu sonhei com aquela noite de novo, só que foi diferente. - Luna soltou a mão de Rony.
      -Diferente como? Não chora por favor, odeio te ver assim.
      -É que...não era o Harry... Era você. E foi horrível. E eu sei que você nunca faria isso comigo, mas estou com muito medo. Então...eu não quero mais te ver.
      -Você não pode fazer isso. Você prefere que eu me amarre em uma pedra e me atire no rio? Eu...eu te amo. Não vou conseguir viver sem você.
      -Repete.
      -Não vou conseguir viver sem você.
      -Não, a outra parte.
      -Eu te amo!
      Luna sorriu e o beijou. Tirando a sua mãe, o seu pai e Emma, ele fora o único que disse que a amava, e parecia ser verdade.
      -E então, você quer namorar comigo?
      Luna não respondeu.    Simplesmente beijou-o, deixando-o sem fôlego. Ele a segurava pela cintura. Ela passava a mão delicadamente pelo seu pescoço, fazendo-o ficar todo arrepiado.
      Em um momento de descuido, Rony esbarrou no copo em cima do criado mudo e derrubou-o.
      Cacos de vidro voaram por toda parte.
      Ouviram passos.
      -Rony se esconde rápido. É a minha mãe.
      Sem muita opção de lugares ele entrou no guarda-roupas de Luna bem a tempo de Gina chegar.
       -Que barulho foi esse?
       -É que...eu fui na cozinha pegar algo para comer e quando eu terminei vi um rato e me assustei, acabei derrubando o copo. Pode ir se deitar mãe, eu limpo tudo.
      -Tudo bem. Já acordei duas vezes essa noite. Estou precisando dormir.
      Gina saiu do quarto. Luna esperou um pouco.
      -Pronto Rony, pode sair.
      -Ufa! Deu tudo certo. E essa bagunça? O que vamos fazer?
      -Bom, deixa aí. Amanhã eu limpo. Quero fazer outra coisa agora.
      -O que?
      -Eu quero ser sua!
      -Você tem certeza? - Rony ficou assustado de repente com o que ela falou e não queria assustar-la novamente.
      Luna foi em direção à porta e girou a chave na maçaneta. Não queria correr o risco da mãe chegar bem na hora.
      -Absoluta.
      Ele a beijou delicadamente. Essa noite seria muito especial para ela. Uma mão ia na sua cintura, a outra passava pelos seus longos cabelos negros.
      Rony foi tirando a blusa de Luna devagar, deixando-a de sutiã e foi beijando seu pescoço. Depois tirou a própria blusa.
      Ela estava muito nervosa. Dava para perceber através da respiração ofegante e da rapidez com que seu coraçao batia.
      Rony deitou Luna na cama, sempre tentando deixá-la a vontade e continuou beijando-a para ela não sentir vergonha.
      Ele abriu os botões do short de Luna e quando ia tirar-lo, ele não saia. O que provocou risadas dos dois. E isso ajudou bastante, pois ela não estava mais tão nervosa quanto antes. Ele tirou o próprio calção, ficando só de cueca.
      Rony colocou as mãos por baixo dela e abriu seu sutiã. Tirou-o delicadamente e ficou admirando seus seios.
      -Luna, você é linda!
      -Me beija!
      Ele a beijava cada vez com mais vontade, sendo sempre romântico.
      Tirou sua calcinha e aí Luna ficou muito nervosa mesmo, a ponto de não conseguir controlar seu nervosismo e Rony percebeu isso.
      -Se você quiser eu paro. - falou Rony preocupado. Não iria continuar se ela não quisesse.
      -Não, não. Eu quero!
      Rony beijou-a da boca até a barriga, fazendo Luna ficar cada vez mais doida.
      Chegou perto do ouvido de Luna, deu uma mordidinha de leve e falou:
      -Eu te amo.
      Luna sussurou um "também te amo"
      Ele parou uns segundos para colocar a camisinha. A essa altura Luna estava tão nervosa que nem se atreveu a olhar. Poderia perder a coragem.
      Ele subiu em cima dela devagar e continuou beijando-a para ela não se sentir constrangida.
      Ela o apertou com força e pediu para ele ir mais devagar, pois estava sentindo fortes dores. Ele preocupado, fez mais devagar ainda. A cama rangia.
      Até que chegou um momento que ela começou a gemer cada vez mais alto e ele foi aumentando a velocidade. E juntos atingiram o orgasmo.

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