Entrei em desespero, isso não pode está acontecendo novamente, não agora que estou sem emprego, por que está tudo dando errado?
Estou aqui a praticamente uma hora e meia e nenhum médico veio dar alguma explicação, dona Mercedes teve que ir embora, mas antes me fez prometer que lhe manteria informada.
Estou com muito medo, alguns anos atrás mamãe teve câncer, mas na época meu pai ainda era vivo e nós tínhamos condições para pagar o tratamento, depois de várias quimioterapias e algumas cirurgias, mamãe conseguiu se livrar do câncer, mas a qualquer momento a doença poderia voltar, e poderia voltar mais forte do que da primeira vez, e era isso que eu temia.
— Evelyn? – Levanto minha cabeça e dou de cara com Malu, sinto meus olhos marejarem ela se senta ao meu lado e me abraça.
— Estou com tanto medo amiga. – Digo entre soluços.
— Shiii, calma, vai dar tudo certo você vai ver, não deve ser nada demais.
— Responsáveis por Ada Collins? – Ouço a voz do médico e me levanto rapidamente.
— Eu sou filha dela doutor, como ela está?
— Bom senhorita Collins, o caso da sua mãe é um pouco grave.
— O que ela tem? – Pergunto em meio ao desespero.
— Sua mãe está com câncer no sistema nervoso central, ela fez os exames neurológicos e alguns exames de imagem como o scanner e ressonância magnética, infelizmente o tumor está muito grande e fazer uma cirurgia seria arriscado.
— Oh meu Deus.– Digo e passo minhas mãos pelos cabelos, sinto as lágrimas descerem novamente.
— E não tem nada que possamos fazer? – Malu pergunta e me abraça mais uma vez.
— Podemos tentar a quimioterapia, mas não sei se ela aguentaria.
— Isso quer dizer que minha mãe tem poucos dias de vida?
— Eu ainda não posso afirmar isso, vamos começar com a quimio para ver como o corpo dela irá reagir, se tudo der certo continuamos com o tratamento, do contrário tentaremos a cirurgia, mas já vou dizendo que é arriscado.
— Isso significa que ela pode ou não sobreviver?
— Infelizmente sim.
— Eu posso vê-la?
— No momento melhor não, deixe para amanhã quando estiver mais calma, tem que passar calma para a paciente.
— Ele tem razão Lyn, amanhã você volta, vamos para casa.– Malu diz e eu assinto.
— Obrigada doutor.- Depois de assinar alguns documentos fui para casa, Malu não pôde me acompanhar.
Assim que desço do ônibus ando mais um pouco para chegar até minha residência.
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Barriga de Aluguel | JB |
Fanfiction[Concluída] Evelyn Collins, com seus 22 anos de idade cursava Direito, seu maior sonho desde a adolescência, trabalhava em um pequeno e tradicional café no centro de Los Angeles. Ganhava pouco, mas o suficiente para pagar suas contas, que não eram...