Meses mais tarde...Os primeiros meses dos gêmeos foram os melhores e os mais engraçados de toda a minha vida.
Tivemos muita sorte deles serem calmos e gostar bastante de dormir, o que chega a ser engraçado sendo filhos do Justin.
Eu agradeço aos céus por isso, tive mais tempo para descançar e mais tempo para o Justin, se é que vocês me entendem.
Minha mãe e Pattie são as avós mais babonas que eu conheço, por ser dois netos para paparicarem, não rola muita briga.
Mas a calmaria acaba quando Malu aparece, ela quer ficar com os gêmeos mas as avós não deixam.
Parece até que vai ter a terceira guerra mundial, eu e Justin aproveitamos para sair ou dormir.
De vez em quando até vou para a gravadora com ele, já que estava de licença maternidade.
Não pensem que somos pais desleixados, longe disso. Amamos nossos filhos, mas era quase impossível conseguirmos um tempo só nosso com as crianças.
Mas chegou um momento em que eu não aguentei mais e explodi com elas.
"Eu estava sentada na varanda lendo um livro, enquanto os meninos jogavam bola dentro da piscina.
Matthew e Jake estavam deitados em cima de uma manta no jardim, minha mãe e Pattie brincavam com eles, enquanto Malu apenas tentava brincar com eles.
— Evelyn diga para elas que eu sou a madrinha e tenho direito de ficar com eles, tanto quanto elas. – disse Malu se aproximando.
— E nós somos as avós, temos muito mais direito que você. – disse Pattie.
— Mas vocês praticamente moram aqui, eu não.
— Não exagere Malu, mal chegamos e você já quer ficar com eles, aprenda a esperar. – disse minha mãe.
E de repente, as três começaram a falar ao mesmo tempo. Vi pela minha visão periférica que os meninos tinham saído da piscina.
Eles se secaram com as toalhas colocaram o roupão e foram ficar com os gêmeos, já que as três ainda discutinham na minha frente.
Minha paciência já estava indo para o espaço, não aguentava mais, toda vez era a mesma coisa, eu já estava cansada disso.
— Já chega! – grito e elas se calam me olhando com os olhos arregalados.
— Filha se acalme.
— Me acalmar? Como posso me acalmar se vocês estão brigando pela atenção dos meus filhos.
— Só estávamos dizendo para Malu que...
— Eu sei muito bem o que vocês queriam dizer Pattie, mas eu como mãe dos dois tenho mais direito que vocês três juntas. Eu que sou mãe passo menos tempo com eles do que vocês, e não é porque eu sou uma pessoa ocupada e sim porque vocês não deixam. Então não venham reclamar de direitos, e é bom vocês entrarem em um consenso, pois senão eu proibirei vocês de ver os meninos.
— Mas Lyn, você não pode fazer isso.
— Posso sim, e vou fazer melhor, se quiserem ver os gêmeos será somente nos finais de semana, e liguem para avisar que estão vindo.
— Isso é um absurdo, agora terei que ter dia certo para visitar meus netos?
— Sim mãe, é isso ou não ver eles, o que preferem? – pergunto e elas se olham.
— Eu concordo amiga, mas eu tenho que vir em um final de semana que elas não estarão aqui.
— Isso vocês resolvam entre si, agora me dêem licença porque eu irei ficar com os meus filhos."
Nos primeiros finais de semana foram difíceis, minha mãe e Pattie não falavam muito comigo, ficaram sentidas.
Mas foi o melhor que eu podia ter feito, e o melhor de tudo foi que Justin concordou comigo e me apoiou.
O namorado de minha mãe até agradeceu por eu ter feito isso, sim minha mãe agora têm um namorado.
George é o nome dele, um senhor nos auge dos seus cinquenta anos, bem afeiçoado e muito gentil, eu gostei dele logo de cara.
Eu fiquei super feliz quando descobri sobre o relacionamento deles.
Minha mãe parecia uma adolescente, ficou toda envergonhada e corava a todo momento.
Eles me contaram que se conheceram no cemitério, George visitava o túmulo de sua esposa e mamãe visitava o túmulo de papai, ambos viúvos.
Não foi tão romântico, mas estamos na vida real não é mesmo?
Mas deste dia em diante eles passaram a sair com bastante frequência e decidiram tentar refazer a vida juntos.
George não teve filhos e é filho único, então ele me considera como se fosse uma filha para ele, sendo assim, Justin passou a ser seu genro e os gêmeos seus netos.
Mas ele é bem ocupado, ele têm uma empresa de advocacia, por isso quando eu tomei a decisão de que Matthew e Jake teriam dias certos para visita, ele me ligou agradecendo.
Para mim foi um alívio enorme, mas também muito chato, já que os gêmeos só sabiam dormir.
Eu conversei sobre isso com a pediatra deles, Dra.Isabel, infelizmente Edgar não podia ser médico deles pois não era sua área, mas ele se tornou um grande amigo e meu ginecologista.
Outra história engraçada, já que Justin morre de ciúmes, mas releva por saber que Edgar é de confiança e também porquê o outro ginecologista disponível também era homem.
Mas voltando a Dra. Isabel, ela disse que era normal os gêmeos trocarem o dia pela noite.
Mas acontece que eles não trocam, eles simplesmente hibernam, só acordam quando sentem fome ou estão com a frauda suja.
Por isso ela me pediu para fazer de tudo para eles não dormirem muito, Justin comprou vários brinquedos de cores chamativas para interagirmos com eles.
Também saímos com eles, vamos ao parque, levamos eles para o zoológico, Matthew gosta muito de ir.
Já Jack prefere ir na gravadora, ele ama ouvir o pai cantar, ouvir o som dos instrumentos musicais.
Depois que passamos a fazer essas atividades com eles, deixaram de ser preguiçosos e dormem só durante a noite e as vezes a tarde.
Matthew têm muito de mim, e Jake é a cópia fiel de Justin, até mesmo em sua personalidade.
E como antes durante a gravidez, os dois continuam ciumentos em relação ao Justin comigo.
Não deixam ele chegar muito perto, principalmente se for para me beijar, eles choram de soluçar até o Justin me largar.
Mas eu não poderia pedir família melhor, tenho Justin que é o homem da minha vida, que é atencioso, carinhoso, e me ama.
Tenho dois filhos lindos e maravilhosos, eles são a melhor escolha que eu fiz na vida.
Posso dizer com toda certeza do mundo que eu tenho a família perfeita, junto dos três homens da minha vida.
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Barriga de Aluguel | JB |
Fanfiction[Concluída] Evelyn Collins, com seus 22 anos de idade cursava Direito, seu maior sonho desde a adolescência, trabalhava em um pequeno e tradicional café no centro de Los Angeles. Ganhava pouco, mas o suficiente para pagar suas contas, que não eram...